Soja tem alta de dois dígitos em dia de relatório do USDA
O suporte para os preços vem da expectativa de uma expressiva redução nos estoques mundiais da oleaginosa e também da seca na Argentina que compromete a oferta no terceiro maior exportador mundial de soja.
Segundo a previsão do instituto Telvent DTN, a ausência de chuvas deve se manter pelos próximos sete dias em importantes regiões produtoras de milho e soja da Argentina. A previsão aponta também que o Brasil também sente os efeitos da seca. No Rio Grande do Sul, a temperatura será mais alta do que o normal e a incidência de chuvas deverá ficar abaixo de média, o que poderá comprometer a umidade do solo e aumentar as dificuldades das plantas em fase de desenvolvimento.
De acordo com informações da agência Bloomberg, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) pode reduzir sua estimativa para os estoques globais da commodity para 58,78 milhões de toneladas ante o volume de 60,1 milhões de toneladas estimado em dezembro.
"O relatório deve confirmar a tensão nos estoques de soja e milho. Além disso, deve trazer também uma estimativa reduzida para a produção argentina de grãos", informou a consultoria francesa Agritel nesta quarta-feira.