Chuvas na Argentina esfriam negócios em Chicago e soja encerra em queda
"Já faz muito tempo que não chove assim aqui na Argentina", afirmou o produtor de milho e soja de General Villegas, ao norte de Buenos Aires. O local recebeu entre 20 e 40 mm de chuva no fim de semana.
No entanto, é necessário mais chuva para que seja amenizado as perdas na produtividade, que a cada dia se tornam mais expressivas.
A Argentina é um dos principais exportadores de soja e milho, porém, a escassez de chuvas causada pelo fenômeno La Niña tem provocado uma redução nas estimativas de consultorias privadas e do próprio governo para as safras.
Esse corte nas expectativas atrelado ao temor de estoques mundiais bem baixos tem resultado nas significativas altas dos preços vistas nos últimos meses.
Essas condições climáticas registradas no fim de semana na Argentina e tambem previsões de que podem se repetir na próxima semana pressionaram levemente as cotações da soja na Bolsa de Chicago nesta terça-feira.
No entanto, apesar do recuo, os preços operaram próximos da estabilidade encontrando suporte nos bons momentos do milho e do trigo. Além disso, a fraqueza do dólar também ajudou a limitar um pouco as perdas e ameniza a pressão do fator climático.