Grãos fecham semana com forte queda na Bolsa de Chicago
A soja sentiu a pressão dos cancelamentos de compra da oleaginosa norte-americana por parte da China. A notícia do aumento do compulsório bancário pela segunda vez na nação asiática também agiu como fator de pressão nos preços, já que pode ser algo que comprometa a demanda. Ainda referindo-se a procura pela commodity, um possível desvio da demanda dos Estados Unidos para a América do Sul atuou como catalisador para o recuo do mercado.
Além disso, os traders exibiram uma cautela maior frente ao feriado prolongado nos Estados Unidos - na segunda-feira, comemora-se o Dia do Presidente no país. Ao final da sessão, os preços fecharam com perdas de mais de 30 pontos
Milho - Os futuros do milho também encerraram em queda. Segundo alguns analistas, o cereal, assim como a soja, foi pressionado por pela notícia do aumento do compulsório na China.
Entretanto, as perdas foram limitadas pela demanda mundial aquecida e pelos ajustados estoques norte-americanos. Nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), informou a venda de 156 mil toneladas de milho para o México.
De acordo com alguns traders, as cotações precisam alcançar patamares ainda mais elevados para serem capazes de frear a demanda.
Trigo - Seguindo o mau momento da soja e do milho, o trigo também fechou o dia com forte baixa na sessão de hoje. O mercado do grãos realizou lucros depois da alta de ontem e mostrou mais atenção às vésperas do fim de semana prolongado nos Estados Unidos.
Alguns traders afirmam, no entanto, que a demanda para exportação se mantém bastante firme, o que, assim como para o milho, limita o recuo dos preços. O USDA anunciou hoje a venda de 100 mil toneladas de trigo dos EUA para a Turquia.