Grãos fecham com forte queda frente ao recuo do petróleo e mau humor do mercado financeiro
O mercado combinou o expressivo declínio do petróleo, a preocupação com a crise nuclear no Japão e a redução da expectativa de crescimento da economia mundial pelo FMI. Estas informações fizeram com que a percepção aversiva ao risco por parte dos investidores aumentasse, pressionando as cotações.
Paralelamente, declarações do banco Goldman Sachs referentes à preocupação com as posições de curto prazo compradas em commodities, especialmente petróleo, atuaram como catalisadores para as baixas de hoje.
"Com posições lucrativas e o teste de resistências técnicas, os players não comerciais optaram por realizar lucros, o que atingiu mais o milho e o trigo. especificamente", explica o analista de mercado, Ricardo Lorenzet, da XP Investimentos.
O analista explica ainda que a soja sofre mais com o quadro fundamental sinalizando uma demanda desaquecida e a grande safra na América do Sul.
Nesta terça-feira, a consultoria alemã Oil World aumentou suas estimativas para a safra de soja do Brasil para 72 milhões de toneladas e a da Argentina para 49 milhões de toneladas.
"O mercado todo está muito altista, e isto não é bom, ele esticou muito - especialmente o milho, que arrastou todas. Por isso, quando a ordem é liquidar, seja por qual for o motivo, os fundos mostram o poder que tem. O clima é de muita incerteza", completou Lorenzet.
Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento da Bolsa de Chicago: