Chicago: Soja e trigo fecham semana em alta. Milho apresenta recuo
As cotações continuam encontrando suporte no ritmo lento do plantio nos Estados Unidos, que já preocupa os traders pois pode resultar em uma queda de produtividade. A oleaginosa parece estar bastante focada neste mercado climático, uma vez que nem mesmo a queda do milho pressionou os preços.
A corretora RJ O'Brien estima que o plantio deve seguir abaixo da média e ser reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em 65% no próximo relatório de acompanhamento de safra, a ser divulgado na segunda-feira.
O milho, por outro lado, fechou a sexta-feira em queda, registrando um movimento de realização de lucros frente ao aumento da aversão ao risco por partes dos investidores às vésperas do final de semana.
Ainda assim, o cenário é favorável para o cereal, já que as condições climáticas nos Estados Unidos também não são as melhores e podem comprometer as lavouras.
Já o trigo conseguiu manter os ganhos do início da sessão e encerrou o pregão diurno em alta. O que impulsionou os preços hoje foram as especulações de que apesar da Rússia retomar suas exportações do grão, o volume a ser exportado pode ser menor do que o esperado.
"Parece altamente provável que a Rússia adotará tarifas de exportação depois que retomar as vendas externas em 1º de julho", disse Vince Peterson, da US Wheat Associates, um grupo da indústria focado no comércio.
Apesar dessas "boas notícias", a atenção deve continuar. Em uma nota divulgada hoje, a Benson Quinn Commodities informou que "os grãos têm conseguido se desconectar das influências externas nesta semana, mas é preciso cautela, uma vez que a desaceleração do crescimento de empregos nos EUA direciona o fluxo de capital para ativos mais seguros".
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago:
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