Chicago: Milho sobe e puxa recuperação da soja e do trigo
De carona no cereal, o trigo também fechou o dia no azul. Os preços iniciaram o pregão diurno no vermelho, mas, assim como a soja, pegaram o impulso no milho e acabaram o dia com altas de mais de 10 pontos na CBOT.
A alta do milho foi justificada pelas expectativas de um novo corte nas estimativas de estoques finais tanto da safra 2010/11 quanto da safra 2011/12 no relatório mensal de oferta e demanda que deverá ser divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira, dia 9.
Frente a isso, os usuários finais já asseguram suas compras do cereal, principalmente as usinas de etanol, uma vez que temem um aperto ainda mais na oferta e também novas altas nos preços. De acordo com uma pesquisa da Dow Jones, os investidores apostam em uma redução de 11% na estimativa dos estoques de milho da temporada 11/12. Além disso, a demanda bastante aquecida contribui para a disparada das cotações.
A crescente demanda por etanol atuou como importante fator de sustentação para os preços, uma vez que os fabricantes seguem buscando matéria-prima. Na última semana, a produção do biocombustível foi elevada em 0,7% a 915 mil barris por dia.
Entretanto, mesmo diante dessas expectativas, o Barclays Capital informou em uma nota que "os preços dos grãos devem continuar cautelosos antes do relatório de amanhã". Isso porque depois de as cotações do cereal terem atingido máximas recordes em abril por conta da demanda aquecida, os preços, até então, recuaram quase 6%.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago:
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