Chicago: Milho e trigo fecham com forte queda e derrubam soja
Segundo analistas, as cotações são pressionadas, principalmente, pelos movimentos dos mercados externos e novamente pelo mau humor do mercado financeiro. A dívida grega ainda é o principal motivo que gera a desconfiança do mercado e acaba refletindo nas commodities.
Além disso, o weather market (mercado climático) segue atuando, dessa vez de forma desfavorável. A previsão para as próximas semanas é de uma melhora nas condições do clima norte-americano, com temperaturas, quantidade de chuvas e umidade do solo adequadas para o bom desenvolvimento das lavouras de soja e milho. As especulações de uma provável desaceleração da demanda aceleraram o recuo das cotações.
Já no caso do trigo, o fator climático que pressionou os preços foram as chuvas que podem impulsionar a produtividade das safras da Ucrânia, Rússia e outros países produtores da Europa, concorrentes diretos dos Estados Unidos. Paralelamente, o avanço da colheita norte-americana também contribui para essa baixa.
Segundo explica o analista de mercado Pedro Dejneka, da RJO'Brien Corretora, a volatilidade está muito alta nestes últimos dias, refletindo não só o andamento do mercado, mas com as informações que estão por vir. No próximo dia 30, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga o último e muito importante relatório de intenção de plantio nos EUA.
"Muita gente não vai querer entrar vendido nesse relatório, já que a expectativa para o boletim é neutra ou altista. Eu vejo que nessa semana, depois do vencimento de opções na sexta-feira, os nervos vão se acalmar um pouco", diz Dejneka.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago: