Soja opera com forte volatilidade em Chicago. Milho e trigo trabalham no vermelho
Depois iniciar o pregão desta terça-feira em Chicago no vermelho a soja apresenta leve reação e opera no misto. Às 13h12 (horário de Brasília) a oleaginosa operava com 1 ponto de alta no vencimento setembro/11, após registrar alta de dois dígitos na primeira meia hora de pregão. Milho e trigo operavam com 7 e 10 pontos, respectivamente, nos principais vencimentos. Ontem, as valorizações da soja atingiram o preço mais alto desde fevereiro deste ano, chegando aos 23 pontos de alta em contratos como setembro e novembro 2011. Apesar das perdas, o milho segue para 11ª semana de altas.
A volatilidade da soja se explica com as especulações sobre a produção americana. Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou números sobre mais uma redução no somatório das lavouras em condições boas/excelentes. Números recentes divulgados pela Pro Farmer também apontam redução na produção e produtividade de grãos no país americano.
Os preços dos grãos desta segunda-feira se apoiam nas más condições climáticas nos EUA. O Cinturão de Produção do país sofre com a seca, que atrapalha o rendimento das plantas. As chuvas, que atingiram Estados como Iowa, Nebraska, Dakota do Sul, Minnesota e Illinois foram muito concentradas e insuficientes para trazer alivio a produção norte-americana.De acordo com o Instituto Freese-Notis Weather o volume de chuvas para o Cinturão é 80% menor do que o esperado.Com previsão de chuvas abaixo do normal, a estiagem deve ainda persistir e agravar a situação das lavouras.
"O temor é por conta de os estoques estarem se esvaindo muito antes das necessidades da demanda. O calor opressivo prejudicou as lavouras em julho e agora a estiagem está reduzindo drasticamente a produtividade", disse o presidente da U.S. Commodities, Don Roose.
Segundo Vinicius Ito, da New Edge
Consultoria, o mercado está muito comprado e é preciso acompanhá-lo, pois os
fundamentos estão se sustentando mais na redução da oferta, do que no aumento
da demanda.