Grãos têm dia de forte queda com turbulência na economia mundial
A oleaginosa fechou o dia com perdas quase 20 pontos nos principais vencimentos, o milho com pouco mais de 5 pontos e o trigo perdendo mais de 15 pontos. O quadro formado pelas incertezas sobre a economia global, a crise dos países da Zona do Euro e mais a ausência de novidades entre os fundamentos guiou os negócios em Chicago e provocou uma forte pressão nas cotações. No caso da soja, o vencimento novembro encerraram com o menor nível desde o final de novembro do ano passado.
Como nos últimos dias, a aversão ao risco vem crescendo entre as commodities, principalmente as agrícolas, diante de notícias como a de que a Grécia anunciaria um default, deixando de honrar seus compromissos financeiros, entre outras informações sobre a macroeconomia como a queda das bolsas de valores ao redor do mundo.
Com isso, o maior temor é de que essa crise anunciada se consolide e prejudique a demanda global por matérias-primas, fato que seria extremamente prejudicial ao mercado.
Paralelamente, o avanço da colheita norte-americana, tanto da soja quanto do milho, também exerce um peso negativo no complexo de grãos. Além disso, de acordo com alguns analistas, a safra dos Estados Unidos deverá ficar ligeiramente acima das projeções do mercado. Nesta terça-feira, a corretora FCStone aumentou suas estimativas para a produção do país.
>> FCStone aumenta estimativas para safra de soja e milho 11/12 nos EUA
Trigo - O trigo, assim como a soja e o milho, também fecharam o dia no vermelho sentindo a pressão das turbulência do mercado financeiro e da fraqueza da economia global.
Sobre a produção nos EUA, o plantio do grão de inverno no país teve um bom avanço na última semana e essa evolução também pesou no mercado. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo (2), o processo estava concluído em 42% da área estimada ante os 26% da semana passada.
Veja como ficaram as cotações no fechamento da CBOT: