Em Chicago, soja minimiza perdas mas ainda termina no vermelho

Publicado em 18/10/2011 16:22 e atualizado em 18/10/2011 17:00
O mau humor do mercado financeiro voltou a pressionar os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta terça-feira. As perdas, porém, foram bem menores do que as registradas ao longo do dia e que superaram os 20 pontos.

No final da sessão, uma melhora do humor do mercado financeiro com a alta do petróleo e uma inversão da tendência de alta do dólar index aliado uma redução da oferta de soja no mercado físico norte-americano, por parte dos produtores, ajudaram o mercado a minimizar as perdas.

>> Veja a entrevista do analista de mercado Glauco Monte sobre o fechamento desta terça-feira

A crise econômica que assola a Europa, principalmente os países da Zona do Euro, preocupa mais a cada dia mais por conta da falta de resoluções e definições sobre as medidas e planos que serão adotados para auxiliar alguns governos, estancar a expansão da crise e evitar o contágio por ainda mais nações.

Hoje, os agentes tiveram que lidar com o alerta da agência Moody's sobre um possível rebaixamento da nota de crédito da França e com a diminuição efetiva da classificação de 24 bancos e instituições financeiras da Itália pela Standard and Poors, a S&P.

Essa influência negativa do mau momento do mercado financeiro entre as commodities agrícolas se dá por conta do aumento da aversão ao risco por parte de investidores que, diante de tal cenário, tomado por incertezas, optam pela realização de lucros, liquidação de posições e mudança para ativos mais seguros.

Direto de Nova York, o analista da New Edge Corretora, Daniel D'Ávila, explica que a demora dos governos europeus em tomar medidas para conter a crise parece desestabilizar o mercado de commodities. O anúncio de ontem da primeira-ministra da Alemanha, Ângela Merkel, sobre o pessimismo para implementar “nos próximos 20 dias” um pacote de medidas de resgate dos bancos europeus e países em crise foi "um banho de água fria para o mercado", diz o analista.

Ainda entre os fatores externos, o crescimento da China mais lento do que o previsto também assustou o mercado financeiro. A queda dos metais preciosos em NY contribuiu para o tom negativo do dia.

Apesar dessa expressiva influência da macroeconomia no complexo de grãos na CBOT, os fundamentos também exerceram sua pressão negativa.

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu relatório de acompanhamento de safra informando que a colheita no país evoluiu muito e atingiu índices que superaram os da média dos últimos cinco anos para a soja e para o milho. Isso veio como mais um coadjuvante para o movimento de queda da oleaginosa nesta terça-feira em Chicago.

Até 16 de outubro, a área colhida está apontada em 69%. Na semana anterior, o dado era de 51%, contra 81% de igual período do ano passado e 61% de média.

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento da Bolsa de Chicago:

>> SOJA

>> MILHO

>> TRIGO

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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