CBOT: Soja não resiste a cenário externo incerto e fecha no vermelho

Publicado em 25/10/2011 14:38 e atualizado em 25/10/2011 16:45
Mais um dia de baixas para a soja na Bolsa de Chicago. Após abrir a sessão no vermelho, reagir na metade da sessão e passar para o campo positivo, os preços voltaram a recuar e fecharam a terça-feira no vermelho, porém, próxima da estabilidade. Analistas afirmaram que os agentes do mercado optaram por realizarem lucros no final da sessão frente às expectativas incertas sobre o futuro da economia europeia.

Dessa forma, os futuros da oleaginosa acabaram deixando de lado fatores de alta como o avanço do petróleo e dos metais em Nova York e também sinais de uma reaquecimento da demanda chinesa.

O foco acabou sendo, novamente, a movimentação negativa do mercado financeiro. Ao redor do mundo, as bolsas de valores despencaram frente as incertezas sobre a crise da dívida na Zona do Euro.

Além disso, o jornal norte-americano Financial Times noticiou ainda que, segundo diplomatas europeus, a reunião da cúpula da Uniao Europeia que aconteceria nesta quarta-feira (26), teria sido cancelada, adiando ainda mais uma solução para o entrave.

Como explicou o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest,o mercado ainda está bastante confuso com a falta de confirmação para tantas informações. Porém, ainda sim está sensível e acaba sucumbindo a isso, caso da soja na sessão de hoje.

Araújo lembrou ainda de notícias relacionadas especificamente ao mercado da oleaginosa que também pesou sobre os preços. Entre eles, o clima favorável e o bom andamento da safra na Argentina e no Brasil e também o avanço da colheita nos Estados Unidos.

China - Paralelamente ao mercado financeiro e à safra na América dos Sul e nos EUA, há ainda o fator China, o maior importador mundial de soja.
Como explicou o analista, há ainda muitas divergências sobre o tamanho da atual safra chinesa. Enquanto o USDA fala em 14 milhões de toneladas, algumas consultorias privadas apontam para algo em torno de 10 milhões de toneladas, uma significativa quebra.

Caso isso se confirme, a nação asiática deverá voltar às compras com bastante força, o que deverá acontecer entre novembro e janeiro - período caracterizado pela alta dos preços justamente por esse aquecimento da demanda. Para a temporada 2011/12, as importações chinesas de soja estão estimadas em um volume que varia de 58 a 60 milhões de toneladas. "Precisamos estar atentos à economia da China", diz o analsta da Agrinvest.

Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento da Bolsa de Chicago:

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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