Apesar de baixa, soja encerra o dia com o patamar dos US$ 12 por bushel

Publicado em 31/10/2011 15:09 e atualizado em 31/10/2011 16:54
Os grãos negociados na Bolsa de Chicago iniciam essa semana registrando novas baixas. Os futuros do milho tiveram seu maior recuo neste mês e os da soja chegaram aos menores patamares em três semanas.

De acordo com analistas ouvidos pela agência Bloomberg, um rally do dólar acabou frustrando ligeiramente as projeção para as exportações norte-americanas e diminuindo o apetite dos investidores para ativos tão voláteis como as commodities, migrando para ativos mais seguros, como a própria moeda norte-americana.

Hoje, o dólar avança em relação a várias outras moedas e contribui bastante para o recuo das commodities agrícolas no mercado internacional. O motivo da alta é o mau humo do mercado financeiro, que ainda se mantém bastante acentuado por conta das incertezas quanto ao futuro da economia da Zona do Euro.  

Frente a isso, o índice Standard & Poors GSCi, de 24 commodities, recuou 1,6% hoje também por conta desse tom pessimista nas negociações, contaminadas pelas preocupações com a situação da dívida europeia e de como o contágio dessa crise pode ser contido.

"A preocupação com um desaquecimento da demanda está pesando sobre os preços. Além disso, as incertezas com a Europa impulsionou o dólar e levou os participantes do mercado a deixarem ativos de risco, como as commodities", disse Greg Grow, diretor da Archer Financial Services, de Chicago.

Fundos - Além disso, o movimento dos fundos também influencia negativamente no mercado hoje. Como explica o analista de mercado Liones Severo, essa liquidação de posições nada mais é do que um movimento típico dos fundos nos finais de mês, como explica o analista de mercado Liones Severo.

"Os fundos profissionais, que participam de quase todos os mercados,  realizam sistematicamente esse tipo de movimento no final de cada mês do calendário. A razão é  simples: como estão carregando grandes posições vendidas (short) neste fim de período mensal, derrubam ainda mais os preços para apresentar melhores resultados nos relatórios de final de mês para seus investidores/clientes", diz Severo.

Porém, por outro lado, a colheita nos Estados Unidos ainda não está concluída e o clima já não é tão propício em alguma regiões. Fator que nesta segunda-feira minimizou as perdas da oleaginosa, fazendo a manter-se no patamar dos US$ 12 por bushel, encerrando o dia com perdas de menos de 10 pontos em uma sessão em que as baixas superaram os 20 cents.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário