Açúcar retoma máxima de mais de 2 meses de US$ 17 c/lb em NY

Publicado em 26/04/2021 18:28 e atualizado em 26/04/2021 19:37
Mercado oscilou no terminal externo nos maiores valores desde fevereiro com foco na safra brasileira

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​Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta segunda-feira próximos das máximas de mais de dois meses na Bolsa de Nova York, além de o tipo branco também registrar valorização moderada em Londres. O cenário acompanhou as preocupações com a safra brasileira.

O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York fechou o dia com alta de 1,24%, cotado a US$ 17,09 c/lb, com máxima de 17,18 c/lb e mínima de 16,76 c/lb. O tipo branco em Londres registrou alta de 0,93%, negociado a US$ 465,50 a tonelada.

O açúcar bruto na Bolsa de Nova York ficou acima de US$ 17 c/lb, maior patamar registrado desde a segunda quinzena de fevereiro e muito próximo das máximas de quatro anos. A condição climática para a safra brasileira que já começou a ser moída preocupa o mercado.

"A compra de fundos continua sustentando os preços do açúcar devido à preocupação com a redução da produção global de açúcar", destacou em nota a Barchart.

Cana-de-açúcar - Foto: Unica
Investidores esperam novidades na próxima divulgação da Unica - Foto: Unica

Ainda de acordo com a consultoria, a Somar Meteorologia apurou que as condições de estiagem podem reduzir a produção de açúcar no Brasil, já que a umidade nas áreas de cultivo de cana-de-açúcar tem sido insuficiente para o desenvolvimento.

Dados meteorológicos apontam que São Paulo, que abrange cerca de 70% da produção de cana no Brasil, teve o clima mais seco dos últimos 20 anos em cinco dos últimos seis meses até março. Com isso, usinas têm atrasado o início da moagem na nova safra.

Os investidores esperam novidades mais claras sobre as lavouras na próxima divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

O mercado também olha para as recentes incursões de frio na França, maior país produtor de açúcar da União Europeia. Nas últimas semanas, por exemplo, a safra de beterraba sacarina do país perdeu até 50 mil hectares plantados com geadas.

Ainda do lado positivo, o mercado repercutiu durante o dia as oscilações do dólar ante o real e valorização do petróleo em parte do dia. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), o dólar caía 0,59% ante o real, que se valorizava, a R$ 5,34424.

Mercado interno

A última sexta-feira seguiu com preços firmes ao produtor de açúcar do Brasil. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,67%, cotado a R$ 111,00 a saca de 50 kg.

Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, negociado a R$ 95,74 a saca, segundo dados da Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,35 c/lb, com queda de 0,06% sobre o dia anterior.

ETANOL

Já o Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve valorização expressiva de 3,46% na última semana, a R$ 2,6747 o litro, enquanto que o anidro saltou 4,15%, a R$ 3,0125 o litro.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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