Retorno das chuvas ao Centro-Sul faz açúcar em NY cair 2% nesta 6ª

Os futuros do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres registraram quedas expressivas nesta sexta-feira (21), contribuindo para perdas acumuladas no balanço da semana. Após máximas de mais de dois meses, o mercado se ajusta e acompanha o retorno das chuvas ao Centro-Sul.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 2,17%, cotado a US$ 16,67 c/lb, com máxima de 17,02 c/lb e mínima de 16,60 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres perdeu 1,32%, negociado a US$ 447,40 a tonelada.
Na semana, o julho/21 perdeu mais de 1% no terminal norte-americano.
O mercado do adoçante cai desde o início dos trabalhos nesta sexta-feira com movimento de realização de lucros ante a valorização na véspera com foco na oferta, principalmente com atualizações sobre o Brasil na semana. Além disso, há certo alívio com o retorno das chuvas ao Centro-Sul.
"A previsão de chuva nas áreas de cultivo de açúcar do Brasil gerou uma longa liquidação nos futuros de açúcar depois que a Somar Meteorologia previu 20 mm de chuva para as áreas de cultivo de cana do Brasil a partir de hoje”, disse em nota a Barchart.

Depois de testar máximas de mais de dois meses nos últimos dias, mercado voltou para os US$ 16 c/lb - Foto: Embrapa
Além das chuvas e movimentação técnicas durante o dia, o mercado do açúcar também acompanhou a valorização do dólar sobre o real, o que tende a encorajar as exportações da commodity, mas em compensação pesa sobre os preços externos.
Como fator de suporte na véspera, o mercado também repercutiu a redução dos subsídios para exportação na Índia. Porém, segundo analistas de mercado consultados pela Reuters, é improvável que o anúncio indiano tenha sérios impactos nas exportações, já que as vendas antes do corte totalizavam mais de 5,5 milhões de toneladas de uma meta de 6 milhões de t.
Também há atenção do mercado para a demanda. A Suedzucker, maior produtora de açúcar da Europa, disse para a Reuters que espera um mercado de açúcar mais forte no futuro para a União Europeia na medida em que os países emergem dos bloqueios do coronavírus.
Por outro lado, nesta semana, a Conab estimou a safra 2021/22 de cana no Centro-Sul em 574,8 milhões de t, o que representa uma queda de 4,6% ante a temporada 2020/21, mas o número ainda pode ser revisado. Caso confirmado, seria a menor produção desde 2018/19.
Mercado interno
O mercado do açúcar no Brasil voltou a subir nesta reta final de semana. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,53%, cotado a R$ 115,10 a saca de 50 kg na véspera.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 123,05 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 17,99 c/lb com alta de 0,52%.
0 comentário
Açúcar cai com movimento técnico nesta 6ª feira (26) mas fecha semana com ganhos acima de 2%
Moagem de cana diminui no Norte e Nordeste mas produção de etanol anidro segue em alta
Mercado do açúcar recua em sessão de ajustes, mas mantém radar nos fundamentos
Preços do açúcar fecham em alta após consultoria projetar queda de produção no Brasil
Após um ano de impasse, Consecana/SP se mantém no centro das atenções do setor canavieiro
Mercado do açúcar avança com cobertura de posições e volta ao patamar de 15 cents em NY