Açúcar salta mais de 1% nesta 6ª em NY e acumula ganho semanal de mais de 2%

Publicado em 04/06/2021 14:49
Mercado externo seguiu informações sobre a safra brasileira 2021/22 de cana, além de um financeiro positivo

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​As cotações futuras do açúcar encerraram esta sexta-feira (04) com ganhos expressivos em Nova York e Londres, suportando alta acumulada de mais de 2% na semana. O dia foi marcado por seguimento da preocupação com a safra brasileira 2021/22 de cana e um financeiro positivo.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 1,61% no dia, cotado a US$ 17,71 c/lb, com máxima de 17,82 c/lb e mínima de 17,43 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve um salto de 1,50%, negociado a US$ 466,50 a tonelada.

Na semana, o vencimento julho/21 em Nova York saltou mais de 2%.

Os impactos climáticos na safra 2021/22 de cana-de-açúcar seguem sendo monitorados pelo mercado global de açúcar, com consenso em menores produções de açúcar e etanol neste novo ciclo. Além disso, houve atenção dos operadores para as oscilações do financeiro no dia.

"Até agora, o ano de 2021 tem um volume de chuva acumulado que é 44% abaixo da média histórica no Centro-Sul do Brasil", disse em nota a trading inglesa Czarnikow.

Açúcar em armazém - Foto: Copersucar/Divulgaçã
Fortalecimento do petróleo contribui para ganhos do adoçante com relação com etanol - Foto: Copersucar

No estado de São Paulo, maior produtor do Brasil, a irregularidade climática pode gerar uma quebra de até 7% na produção ante a temporada anterior, segundo estimativas do Consecana-SP (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo).

Porém, há regiões com produtores que relatam quebras acima dos 20%. Acompanhando esse cenário, a média do Indicador Cepea/Esalq do cristal em maio atingiu recorde nominal na série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

Veja mais:
» Preço médio do açúcar em maio bate recorde nominal na série histórica do Cepea

Por outro lado, na safra global 2020/21 (outubro-setembro), a Organização Internacional do Açúcar (OIA) estimou um déficit global de açúcar menor do que o estimado antes, em 3,1 milhões de toneladas na atual temporada 2020/21, ante uma previsão de 4,8 milhões de t em fevereiro.

Porém, para 2021/22, a entidade estima no mercado global de açúcar um déficit de 2,7 milhões de t.

Veja mais:
» OIA reduz projeção para déficit global de açúcar em 2020/21

No financeiro, as cotações do petróleo avançavam levemente nesta tarde de sexta-feira, contribuindo para o suporte do açúcar. Além disso, o dólar registrava queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities, mas dá suporte aos preços internacionais.

"Os preços mais altos do petróleo beneficiam os preços do etanol e podem levar as usinas de açúcar do Brasil a desviarem a moagem da cana para a produção de etanol, reduzindo assim o fornecimento do adoçante", disse em nota a fornecedora de informações de commodities Barchart.

Mercado interno

Antes do feriado no Brasil, o açúcar no mercado interno registrou preços praticamente estáveis. Como referência, na última quarta, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,09%, cotado a R$ 116,34 a saca de 50 kg.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 124,52 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 18,65 c/lb com queda de 0,06%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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