Nota local de crédito da Usina Coruripe é elevada e empresa obtém destaque com perspectiva positiva
A agência de classificação de riscos Moody’s Local divulgou, ontem, relatório em que atribui uma nova avaliação do risco de crédito para a Usina Coruripe, uma das maiores do setor sucroenergértico no país. A empresa obteve um grande avanço: subiu de categoria (“B” para “BB”), com uma elevação de três notches (“Bf.br” para “BBf.br”) e mudança de perspectiva (de “Estável” para “Positiva”). O documento completo pode ser acessado no site da Moody’s Local: https://lnkd.in/dRUhn2zS.
Entre os fundamentos da avaliação, a Moody’s citou que “a perspectiva positiva incorpora a expectativa de que o incremento da moagem, em conjunto a uma perspectiva de preços ainda favoráveis para açúcar e etanol, levará a uma melhora gradual de suas métricas de crédito e perfil de liquidez”. O relatório posiciona a Coruripe entre os 10 maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade de moagem de 15,1 toneladas de cana-de-açúcar, e “reflete a organização em clusters, a estratégia de controle da oferta de matéria-prima e diversificação geográfica”. “A histórica alta utilização de sua capacidade e baixo custo de arrendamento de terras estão entre os fatores que contribuem com o custo da companhia; sua estratégia de hedge e seu modelo de remuneração de cana-de-açúcar de terceiros, baseado no preço de vendas da companhia, permite maior previsibilidade e estabilidade de margens”, afirma a Moody’s.
Na avaliação do diretor-financeiro da Coruripe, Thierry Soret, o reconhecimento é fruto “dos avanços da companhia tanto em desempenho operacional quanto na melhora da estrutura de capital”. Neste mês, a empresa concluiu a emissão de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,59 bilhão) em títulos de renda fixa no exterior (bonds), com juros de 10% ao ano. A transação marcou a entrada da companhia no mercado de capitais internacional e representa uma evolução na estrutura de liquidez, a partir do alongamento de parte da dívida atual para um período de cinco anos.
A Coruripe também é reconhecida pelos investimentos em melhorias operacionais e em técnicas avançadas de cultivo, irrigação e manejo, além dos altos níveis de eficiência nas plantas industriais. Na safra 2020/2021, a empresa registrou faturamento de R$ 3,16 bilhões, um crescimento de 28,9% em relação à safra 2019/2020. O lucro líquido foi de R$ 338,3 milhões, um aumento de 331,9% na comparação com o período anterior. "As perspectivas para este ano são muito boas e vamos continuar a desenvolver nossas atividades com sustentabilidade e valorização das pessoas”, afirma o presidente da Usina Coruripe, Mario Lorencatto.
Sobre a Usina Coruripe
A Usina Coruripe, controlada pelo grupo Tércio Wanderley, com sede em Coruripe (AL) e fundada em 1925, é a maior empresa do setor sucroenergético no Norte/Nordeste. Está também entre os maiores grupos do setor em Minas Gerais e é uma das 10 maiores do Brasil. Com quatro unidades em Minas Gerais (em Iturama, Campo Florido, Carneirinho e Limeira do Oeste), uma em Alagoas (Coruripe) e um terminal ferroviário próprio em Fernandópolis (SP), a Usina Coruripe possui capacidade de moagem de 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produz mais de 1 milhão de toneladas de açúcar, cerca de 500 milhões de litros de etanol, com capacidade de armazenagem de cerca da metade dessa produção, e comercializa energia renovável produzida a partir da queima de biomassa.
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