Por que os preços do açúcar têm se mantido firmes no Brasil mesmo com baixa liquidez neste momento?

Publicado em 21/03/2023 11:10
Perspectivas globais para o adoçante impactam nos preços nas bolsas e também no Brasil; Cepea vê continuidade de preços firmes

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Os preços do açúcar cristal branco têm se mantido firmes no Brasil nas últimas semanas, ficando em cerca de R$ 130 a saca de 50 kg, mesmo com um cenário de baixa liquidez nas negociações neste momento de entressafra no Centro-Sul do Brasil, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

"A oferta de açúcar de maior qualidade (Icumsa até 180) continua baixa no Brasil, porém a demanda por pronta entrega também é fraca. Os compradores fizeram estoques para passar pela entressafra – ou estão recebendo o produto adquirido anteriormente", destaca o centro de pesquisa sobre o cenário atual do mercado.

Indicador do açúcar cristal branco Cepea/Esalq - São Paulo nos últimos 30 dias - Fonte: Cepea
Indicador do açúcar cristal branco Cepea/Esalq - São Paulo nos últimos 30 dias - Fonte: Cepea

O indicador Cepea/Esalq desse tipo de adoçante até atingiu pico de R$ 133,34 a saca no dia 10 de março. Esse também é o nível mais alto desde o dia 28 de fevereiro (R$ 133,49 a saca). A pergunta que fica é: por que os preços do açúcar têm se mantido firmes no Brasil mesmo com um cenário de baixa liquidez nas negociações?

"Na primeira quinzena de março, as cotações domésticas podem ter sido sustentadas pela valorização do açúcar no exterior. A diferença entre oferta e demanda estimada para a temporada 2023/24 indica que as cotações podem continuar firmes", afirma o Cepea em um possível indicativo de resposta para o cenário.

No mercado internacional, a Índia deverá exportar volumes menores de açúcar – o país é o segundo maior produtor do mundo do adoçante. Além disso, a volta dos impostos sobre a gasolina no mercado brasileiro deve elevar o volume de cana-de-açúcar destinado à produção de etanol, o que pode reduzir a oferta mundial de açúcar.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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