Mesmo com safra 23/24 em andamento, açúcar fecha maio no spot paulista em cerca de R$ 150 a saca; etanol recua

Publicado em 05/06/2023 09:09
Exportações de alguns tipos do adoçante ficaram ainda mais atrativas para os agentes das usinas no mês

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O mês de maio terminou com as usinas do Centro-Sul do Brasil acelerando a moagem da safra 2023/24, após impactos com as chuvas em abril. Ainda assim, o preço do açúcar no mercado spot paulista no mês oscilou entre R$ 146 e R$ 149 a saca de 50 kg, fechando próximo de R$ 150 a saca.

Entre os dias 28 de abril e 31 de maio, o indicador do açúcar monitorado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP) subiu 1%, para R$ 148,73 (US$ 29,28) em 31 de maio.

O Cepea explica que as vendas de açúcar de melhor qualidade foram baixas no mês, já que as exportações ficaram mais atrativas para os agentes das usinas.

"A demanda por pronta entrega também não aumentou. Alguns dos compradores que costumam comprar açúcar no mercado à vista optaram por receber o produto adquirido anteriormente. Assim, a liquidez foi baixa, principalmente no final do mês", complementou o centro de pesquisa.

Em um cálculo de paridade entre o mercado internacional e o nacional, o Cepea aponta, entre os dias 22 e 26 de maio, que os preços internos médios estavam R$ 149,09 por saca, enquanto a média do vencimento maio/23 na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou em R$ 156,72.

Os preços do açúcar caíram no internacional em maio acompanhando o avanço da safra 2023/24 do Centro-Sul do país.

Até a primeira quinzena do mês, foram processadas 43,98 milhões de toneladas ante as 34,29 milhões da safra 2022/2023 – o que representa um avanço de 28,25%. No acumulado da safra 2023/2024, a moagem atingiu já 78,97 milhões de t, ante 63,59 milhões de t registradas no mesmo período no ciclo 2022/2023 – um avanço de 24,18%.

PREÇOS DO ETANOL CAÍRAM EM MAIO

No caminho contrário ao açúcar, os preços do etanol hidratado e anidro caíram  acentuadamente no estado de São Paulo no mês de maio. Entre os dias 22 e 26 de maio, o indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado (SP) fechou em R$ 2,5282/litro (sem ICMS e PIS/Cofins), queda de 14,6% em relação à última semana de abril.

Para o etanol anidro, a queda foi menor, com o índice Cepea/Esalq a R$ 2,92,04/litro, líquido de impostos (PIS/Cofins), queda de 7,1%, na mesma comparação.

"As desvalorizações estiveram parcialmente ligadas ao comportamento dos agentes de algumas distribuidoras – que recebiam etanol de outros estados brasileiros (principalmente Mato Grosso) no mercado spot – e também aos contratos fechados para a atual safra", destacou o Cepea em nota sobre a movimentação dos preços.

Além disso, os compradores não estavam muito interessados ​​em comprar etanol, esperando que os valores caíssem mais acentuadamente. Já do lado vendedor, algumas usinas disponibilizaram baixos volumes de etanol no mercado, cobrando preços mais baixos pelo produto devido à necessidade de fluxo de caixa. Por outro lado, alguns vendedores ficaram fora do mercado, esperando que os valores se estabilizassem ou até subissem.

No final de maio, especificamente, as vendas de etanol do tipo anidro voltaram a subir, segundo o Cepea. "O novo regime de cobrança do ICMS a partir de 1º de junho, que mudará a incidência de impostos sobre a gasolina A e o etanol anidro, pode ter levado os agentes a antecipar as compras para garantir o abastecimento com impostos menores", disse.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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