Açúcar avança em ajustes na Bolsa de NY nesta 3ª, após mínimas de mais de 6 semanas
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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (06) com alta técnica na Bolsa de Nova York, após mínimas de seis semanas e meia testadas na véspera no terminal norte-americano. Já o recuo em Londres seguiu acompanhando o financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve alta de 0,74% no dia, negociado a 24,58 cents/lb, com máxima em 24,75 cents/lb e mínima de 24,23 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve desvalorização de 0,81% no dia, cotado a US$ 670,90 a tonelada.
O mercado do açúcar já iniciou a sessão desta terça com valorização motivada por ajuste de posições, após os preços em Nova York testarem na véspera os menores níveis em mais de seis semanas com atenção para a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil.
"A safra de açúcar em curso no Brasil vem pesando sobre os preços nas últimas duas semanas", destacou o site internacional Barchart.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça, Haroldo Torres, gestor do Pecege, disse que a produtividade está surpreendendo nesta safra com números, inclusive, já superiores aos das últimas duas temporadas no Centro-Sul, principal região produtora de cana-de-açúcar do Brasil.
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No exterior, também permanecem os olhos voltados para a Índia, segunda maior exportadora global. "O início da monção na Índia também é aguardado com ansiedade, com sua chegada provavelmente a mais recente em pelo menos quatro anos", disse a Reuters.
No financeiro, o câmbio contribuiu para a valorização do adoçante. "O real nesta terça-feira subiu para uma alta de três semanas em relação ao dólar, o que desencoraja a exportação dos produtores de açúcar do Brasil", explica o Barchart.
Por outro lado, o petróleo caía nesta tarde cerca de 0,50% nas bolsas externas. O óleo impacta diretamente nos combustíveis, como o etanol e também no açúcar.
MERCADO INTERNO
A safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil avança, mas os preços ainda têm momentos de alta e baixa. De acordo com informações do Cepea, usinas paulistas priorizaram a entrega dos contratos anteriormente negociados, tanto para o mercado interno quanto externo. Quanto à demanda, apesar de não mostrar sinais de aquecimento, não foi suficiente para pressionar os valores da saca do cristal.
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No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 148,61 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,70%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 162,08 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,05 c/lb e baixa de 1,30%.
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