Açúcar fecha semana com quedas moderadas nas bolsas NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram esta sexta-feira (12) com queda moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado foi pressionado por realização de lucros, após registrar altas mais cedo com foco no financeiro, mas também há repercussão da safra 2024/25 do Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,69% no dia, cotado a 21,61 cents/lb, com máxima em 21,95 cents/lb e mínima de 21,56 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato caiu 0,75%, a US$ 618,20 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento no terminal norte-americano perdeu 0,60%.
Depois de operar em alta durante a manhã, ampliando os ganhos da véspera, o açúcar caiu nas bolsas externas nesta sexta-feira em meio movimento de realização de lucros ante as altas expressivas registradas que até então acompanhavam, principalmente, dados do financeiro.
O petróleo, que impacta na decisão sobre o mix das usinas – se serão mais voltadas ao adoçante ou etanol –, e o câmbio, com queda do dólar sobre o real – e influência nas exportações das commodities agrícolas –, davam suporte aos preços externos do adoçante nos últimos dias.
Além disso, nos fundamentos, segue a atenção dos operadores para os temores com a oferta global do adoçante, principalmente por conta dos problemas na Ásia. Também há atenção para a condição das lavouras para a safra 2024/25 de cana do país que começa só em abril.
A informação da consultoria Datagro nesta sexta-feira de que a produção de açúcar em 2024/25 pode saltar para um recorde de 43,1 milhões de toneladas, segundo informações da agência de notícias Reuters, também deve ter contribuído para as perdas no fim do dia do adoçante nas bolsas.
A produção já deverá atingir uma máxima histórica de 42,23 milhões de toneladas no ciclo atual.
Leia mais:
+ Produção de açúcar do centro-sul terá recorde de 43,1 mi t em 2024/25, prevê Datagro
Na segunda-feira (15), a Bolsa de Nova York estará fechada por conta do feriado de Martin Luther King.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm trabalhado sem direção clara no mercado brasileiro neste início de ano. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 146,03 a saca de 50 kg com baixa de 0,16%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 153,26 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,67 c/lb com valorização de 1,63%.