Institutos de pesquisa da Apta expõem na Coplacampo tecnologias e serviços ao produtor

Publicado em 27/02/2024 17:45
IZ, IAC e Apta Regional estarão na feira até dia 1º de março à disposição do produtor rural

O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), a Apta Regional de Piracicaba e o Instituto Agronômico (IAC-Apta), institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estarão presentes nesta 10ª edição da Coplacampo com difusão de tecnologias e transferência do conhecimento em várias áreas do agro. O evento, realizado pela Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), ocorre em Piracicaba, interior paulista, até dia 1º de março.

A Coplacampo reúne empresas do agronegócio e apresenta aos produtores rurais as novidades em serviços, produtos e tecnologias, com mais inovação e mais oportunidades de negócios. A abertura do evento nesta segunda-feira (26/02) contou com a presença do vice-governador, Felicio Ramuth, e do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Guilherme Piai.

Para transferir os conhecimentos gerados em suas pesquisas para a sociedade, pesquisadores do IZ apresentarão aos produtores as pesquisas desenvolvidas no Instituto, todas voltadas à Produção Animal Sustentável. Os trabalhos da Instituição buscam aumento da produção, diminuição de custos e o mínimo de impactos ambientais.

O pesquisador Anibal Vercesi Filho, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Genética e Biotecnologia do IZ, falará sobre o leite A2A2, que é livre da beta caseína A1 [associada a problemas de inflamação das mucosas gástricas e intestinais em algumas pessoas]. No Centro de Pesquisa são realizadas análises para quantificar possível contaminação de leite e produtos lácteos A2 pela proteína A1, além disso podem ser identificados animais que, por sua genética, produzem apenas leite A2, ajudando o produtor a formar rebanho que produza apenas leite A2, agregando valor ao produto. Também é possível identificar contaminação em produtos lácteos de leite de espécies diferentes, por exemplo, lácteos de búfalas contaminados por leite de vacas.

Lívia Castelani, assistente de pesquisa do IZ, abordará o tema “Qualidade do Leite”. Serão apresentadas análises realizadas no IZ, como composição centesimal do leite, contagem de células somáticas e análise microbiológica para detecção de patógenos de mastite, que auxiliam os produtores leiteiros para aumentar a produtividade e a qualidade do leite. Durante a feira, o Instituto realizará análises no Laboratório Móvel de Análise da Qualidade do Leite [laboratório itinerante para realização de análises de monitoramento da qualidade do leite em diversas regiões do Estado de São Paulo].

“Importância dos sistemas sustentáveis de produção animal a pasto” será tema apresentado pela pesquisadora Luciana Gerdes, diretora do CPD de Pastagem e Alimentação Animal do IZ. Neste Centro de Pesquisa são realizados estudos que visam identificar e realizar melhoramento de plantas forrageiras mais adaptadas às alterações do clima, com maior eficiência no uso de nutrientes e que impactam menos o meio ambiente. Uso de cultivares de melhor qualidade nutricional, uso de leguminosas e do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta podem melhorar a produtividade dos animais e a sustentabilidade.

Já a pesquisadora Simone Raymundo de Oliveira apresentará o sistema FLOTUB, que permite o adequado tratamento de efluentes [fezes, urina, água de limpeza] das granjas de suínos, diminuindo os impactos ambientais e possibilitando a geração de renda a partir dos coprodutos obtidos [biogás, adubos e água de reúso].

A pesquisadora Flavia Gimenes abordará o tema “Importância da análise dos alimentos para os animais de produção”. Para fornecer uma dieta adequada, com nutrientes na quantidade e qualidade necessária ao bom desenvolvimento dos animais, é fundamental realizar a análise nutricional do alimento. Quanto melhor balanceada for a dieta, maior será a produtividade animal e menores serão as perdas de nutrientes para o meio ambiente, garantindo maior sustentabilidade.

A Apta Regional de Piracicaba, segundo a diretora da unidade Monica Camargo, leva aos produtores pesquisas sobre Nutrição e adubação da cana-de-açúcar e soja, abordando corretivos de acidez, fertilizantes químicos, organominerais, resíduos agroindustriais e bioestimulantes; Olivicultura, com variedades, adubação, qualidade de azeites e curvas de maturação dos frutos;  Frutas e Hortaliças, com a fitopatologia, qualidade nutricional, pós colheita e processamento;  Melhoramento Vegetal de plantas nativas; Abelhas, abordando a polinização; Bovinos, com a validação de tecnologias reprodutivas em bovinos, incluindo estudos sobre a longevidade reprodutiva para programas de melhoramento genético; Resíduos urbanos e agroindustriais que envolvem o tratamento e uso em solos [dejetos suínos, vinhaça, lodo de esgoto, composto de lixo];  e Matas ciliares, com a implantação e recuperação. Há ainda estudos econômicos sobre cana-de-açúcar, olivicultura e uso de resíduos agroindustriais, e a estatística voltada ao melhoramento genético de cana-de-açúcar.

Também estão à disposição do produtor informações sobre a qualidade tecnológica de cana-de-açúcar. A pesquisadora Celina Fortes, responsável pelo laboratório na Apta Regional de Piracicaba, orientará o produtor sobre os passos para alcançar maior excelência na sua produção.

Já a pesquisadora Patrícia Prati leva aos produtores a abordagem dos resultados e serviços das análises químicas de azeitonas, curvas de maturação de azeitonas, composição de folhas de oliveiras [fenóis e compostos antioxidantes] e composição química de frutos.

Ainda serão expostos pela pesquisadora Edna Bertoncini estudos sobre tratamento e uso de resíduos urbanos e agroindustriais em solos agrícolas, realizado pelo Grupo de Estudos em Resíduos Orgânicos (Gera). A pesquisa envolve análises de resíduos urbanos, agrícolas e industriais, teste da taxa e velocidade da decomposição de resíduos e ensaios para uso e registro de produtos no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Os estudos de doenças de plantas [campo e pós-colheita] coordenados pela pesquisadora Marise Parisi mostrarão a diagnose de doenças de plantas, sendo feitas identificações de patógenos e estudos sobre epidemiologia de doenças de plantas, controle de doenças de plantas no campo e em pós-colheita, e conservação pós-colheita [testes químicos e bioquímicos].

Ainda serão abordados estudos sobre adubação nitrogenada em longo prazo da cana-de-açúcar e os resultados de experimentos de campo na unidade feitos por meio da parceria entre a Apta Regional de Piracicaba e o IAC, envolvendo os pesquisadores André Vitti e Heitor Cantarella.

Os visitantes ainda poderão buscar informações sobre adubação com silício em cana-de-açúcar e soja, como resultados de experimentos com cana-de-açúcar para aumento da produção, redução de danos da ferrugem marrom, broca-do-colmo e déficit hídrico e sobre a soja envolvendo aumento da fotossíntese, produção de clorofila, carotenoides.

Outro trabalho importante para Piracicaba e região está no projeto “Ribeirão Guamium, Bacia do Rio Piracicaba, SP: Peixes e Qualidade de Água - Ênfase à Educação Ambiental”, um trabalho conjunto da APTA Regional de Piracicaba em colaboração com o Instituto de Pesca (IP-Apta), apoiado pelo CNPq e FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).

Os pesquisadores da Rede Propagar, uma parceria entre a Apta Regional e a Vale S.A. também levam para a feira o trabalho que mostra o desenvolvimento de protocolos para propagação em massa e caracterização genômica de plantas. A iniciativa busca garantir a perpetuação de dez espécies ameaçadas, como bromélias, orquídeas e sempre-vivas e a recuperação de áreas degradadas, garantindo um futuro mais sustentável.

Já o IAC está presente com as pesquisas sobre as tecnologias do Programa Cana IAC e cultivares de batata-doce. Por meio do Centro de Cana IAC, pesquisadores realizam trabalhos multidisciplinares dentro do Programa Cana IAC que envolvem melhoramento genético, ciências do solo, caracterização de ambientes de produção, fitotecnia, manejo de pragas e doenças e estimativa de produção. O resultado dos trabalhos engloba o desenvolvimento de vinte variedades IAC — 19 para o setor sucroalcooleiro e uma para fins forrageiros.

O Instituto também mostra ao público suas variedades de batata-doce coloridas e traz mudas e sementes de diferentes culturas, como soja, feijão, milho e amendoim, além da própria batata-doce. Outro atrativo é o Boletim 100: recomendações de adubação e calagem no Estado de São Paulo, ao lado de outras publicações de destaque amplamente reconhecidas junto a diversos segmentos do agro.

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Fonte:
Apta

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