Gasolina e etanol ficam mais caros no primeiro trimestre de 2024, aponta levantamento Veloe

Publicado em 04/04/2024 14:04 e atualizado em 04/04/2024 14:39
Entre os fatores, Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade destaca efeitos das mudanças tributárias sobre os preços nos postos

O primeiro trimestre foi marcado pela alta nos preços da gasolina e etanol, enquanto os preços do GNV e diesel ficaram mais baratos nos postos brasileiros. Os dados foram extraídos do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Ao final dos primeiros três meses de 2024, o preço médio do etanol acumulou uma alta de 2,8%, variação similar à identificada para gasolina comum (+2,7%) e aditivada (+2,8%) no mesmo período. Os resultados se contrapuseram ao comportamento dos preços médios do demais combustíveis monitorados pelo Panorama: diesel S-10 (-1,2%), diesel comum (-0,7%) e GNV (-0,5%), que caíram levemente em relação a dezembro de 2023.

Importante notar que, nesse horizonte temporal, os resultados analisados ainda refletem, em alguma medida, as últimas mudanças efetivadas na tributação dos combustíveis, como a retomada da cobrança de Pis/Cofins sobre o diesel e o biodiesel, em janeiro, e o reajuste do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços –, sobre a gasolina e o diesel, em fevereiro.

Com respeito aos resultados do último mês, o cenário também foi misto. Na comparação entre fevereiro e março de 2024, por exemplo, tanto o etanol quanto gasolina aditivada/comum registraram aumentos de preço (+1,0% e +0,5%, respectivamente), contrastando com o barateamento apurado entre os demais combustíveis monitorados pela parceria: GNV (-0,7%), diesel S-10 (-0,5%) e diesel comum (-0,1%).

Quando a referência envolve os últimos 12 meses encerrados em março/2024, quatro combustíveis ficaram mais caros para os brasileiros, destacando-se a gasolina comum (+5,1%) e aditivada (+4,9%). No caso do diesel, os aumentos registrados no período foram bem discretos (+0,8%, para o diesel comum; e de +0,3%, para o diesel S-10). Em contrapartida, quem abastece com GNV ou etanol foi favorecido por preços menores em relação ao que se cobrava há 12 meses atrás (-7,4% e -4,5%, respectivamente).

Na análise comparada do custo-benefício entre etanol e gasolina, não houve alterações significativas na paridade de preços entre gasolina e etanol no período, de modo que a alternativa renovável manteve sua margem de preferência para boa parte dos brasileiros, especialmente em estados Centro-Oeste e Sudeste, como: Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná (além de suas respectivas capitais).

No Monitor de Preços de Combustíveis, esse resultado é espelhado pelo Indicador de Custo Benefício-Flex, que relaciona os preços médios do etanol hidratado e da gasolina comum em todos os recortes geográficos analisados desde janeiro de 2017. Segundo o levantamento, em março de 2024, o percentual calculado foi de 67,2%, na média das UFs; e de 66,9%, na média das capitais – ambos abaixo do patamar de 70%, que sinaliza preferência pelo etanol. Além disso, os percentuais se mantiveram próximos da mínima histórica, registrada no mês imediatamente anterior (fevereiro/2024).

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Fonte:
Veloe

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