Chuvas dos próximos meses podem dar condições para safra de trigo da Argentina

Publicado em 07/03/2018 10:01

A normalização das chuvas em grande parte do coração agrícola da Argentina, prevista para o final de março, permitirá que os produtores iniciem o plantio de trigo da safra 2018/19 em condições favoráveis, depois de uma larga seca que vem assolando o Pampa úmido.

O alívio não alcançaria toda a área agrícola central do país e chegaria tarde para a soja e para o milho da safra 2017/18, mas responderá ao nível de umidade em muitos campos que, desde maio, serão plantados com trigo, cujo plantio poderia superar levemente os 5,45 milhões de hectares da temporada passada.

"Vai chover em março, mas a umidade do solo não será reposta, porque o solo está muito seco. Abril já terá um perfil um pouco melhor e, em maio, teremos uma situação de reposição, mesmo que diferenciada", disse Eduardo Sierra, assessor climático da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

As chuvas se concentrariam no centro e no leste da região núcleo da argentina e no sudeste da província de Buenos Aires, que, junto ao sul do distrito, compõem o cinturão do trigo do país, como sinalizou Sierra.

"Se tivermos um abril com chuvas médias, aí os produtores poderão se entusiasmar", disse Ricardo Baccarin, vice-presidente da consultoria Panagrícola, que estimou que a área de trigo poderia chegar a crescer 5% por ano no ciclo 2018,19, a 5,7 milhões de hectares.

Os bons preços do cereal e as expectativas de uma forte demanda global do grão devido às condições secas que estão ameaçando zonas trigueiras na região central nos Estados Unidos dariam impulso aos planos de plantio.

O presidente da Associação Argentina de Trigo, David Hughes, tembém estimou que, este ano, a superfície de trigo será igual ou levemente superior  ao do ciclo passado e sinalizou que, habitualmente, o outono, que começa no final de março, trará um incremento nas chuvas.

As chuvas, de todos os modos, chegariam muito tarde para reverter as perdas severas que uma das piores secas em décadas causou na soja e no milho, os dois principais cultivos do país e que, há semanas, impulsionam os futuros de ambos os grãos no mercado influente de grãos.

Tradução: Izadora Pimenta

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Fonte:
Agritotal

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