Paraná inicia colheita de trigo com atraso e lavoura em pior condição ante 2017

Publicado em 04/09/2018 12:30

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Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de trigo da safra 2018 no Paraná começou com duas semanas de atraso e lavouras em piores condições ante o observado há um ano, mostrou o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta terça-feira, levantando ainda mais receios quanto ao tamanho da produção no Estado.

Até segunda-feira, 2 por cento da área cultivada com o cereal no Paraná havia sido colhida, contra 16 por cento em igual momento de 2017. No ano passado, os produtores iniciaram os trabalhos de campo em meados de agosto.

A colheita tardia em 2018 reflete a estiagem entre abril e maio, que retardou o plantio do trigo.

Nos últimos meses, além da própria seca, as plantações paranaenses foram atingidas por outras adversidades climáticas, incluindo uma forte geada na semana passada, com impactos principalmente no oeste e sudoeste.

Dessa forma, as lavouras do Estado chegam à fase de colheita deste ano em piores condições. Conforme o Deral, 22 por cento das plantações têm estado "ruim" e 42 por cento, "bom", enquanto há um ano eram 18 e 49 por cento, respectivamente.

Os números levantam preocupações sobre o tamanho final da produção no Paraná, cujas estimativas o Deral vem cortando nos últimos meses. No final de agosto, o órgão, vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado, reduziu sua projeção pela primeira vez abaixo de 3 milhões de toneladas.

Para os próximos dias, as condições devem ser favoráveis ao avanço da colheita no Paraná, com chuvas abaixo da média em todo o Estado, segundo o Thomson Reuters Agriculture Weather Dashboard.

MILHO

O Deral relatou ainda que o plantio de milho primeira safra 2018/19 no Paraná está em 2 por cento do total, ante 4 por cento há um ano.

O Departamento projeta uma produção de 3,21 milhões de toneladas do grão colhido no verão, em uma área de mais de 350 mil hectares.

O Paraná é o segundo maior produtor de milho do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso.

(Por José Roberto Gomes)

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Fonte:
Reuters

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