Condições das lavouras de soja e milho pioram nos EUA, aponta USDA

Publicado em 19/08/2019 17:42
Recuo na semana de 1% em relação às condições de lavouras em boas e excelentes condições

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras reduzindo seu índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições nos EUA para 53% contra 54% da semana anterior. A expectativa do mercado era de manutenção dos 54%. A média dos últimos cinco anos para este período é de 65%. 

O reporte indicou que são ainda 33% dos campos de soja em condições regulares, enquanto 14% estão em situação ruim ou muito ruim. O índice aumentou  em relação à semana anterior que era de 13% e também está acima dos 11% do ano passado.  

O índice de lavouras em fase de florescimento passou de 82% para 90% na semana, contra 96% de média e 99% registrado no mesmo período do ano passado. 

Ainda segundo o USDA, o percentual de lavouras que estão em formação de vagens passou de 54% para 68%, contra 90% do ano passado e 85% de média plurianual. 

  • MILHO

No caso do milho, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições reduziu para 56% contra 57% do relatório da semana passada, enquanto a expectativa dos traders era de manutenção dos 57%. O percentual de campos em condições regulares permaneceu em 30% e os que estão em situação ruim ou muito ruim subiram de 13% para 14%. 

Em fase de embonecamento estão 95% das lavouras, contra 90% da semana passada, 100% de 2018 e 99% de média dos últimos cinco anos.

Expedição da Pro Farmer vê produtividade de milho em Ohio abaixo da média

ALLEN COUNTY, Ohio (Reuters) - O potencial de rendimento do milho mostrou-se muito abaixo da média na região noroeste do Estado norte-americano de Ohio, segundo estatísticas da expedição anual de safras do Meio-Oeste da Pro Farmer, após uma primavera úmida (no Hemisfério Norte) atrasar os plantios na região.

Preocupações climáticas e incertezas sobre a demanda da China por conta da guerra comercial afetaram o cinturão agrícola do Meio-Oeste dos Estados Unidos nesta temporada. Fortes chuvas deixaram áreas com diversas lacunas no plantio de soja, e mais recentemente o tempo seco parece ter causado estresse ao cultivo de milho.

Os exploradores encontraram grandes áreas não plantadas.

"As projeções de produtividade para o milho estão vindo abaixo do que eu esperava, e há pouca soja", disse Zach Egesdal, membro da expedição e produtor de grãos em Iowa.

A produtividade potencial do milho registrou média de 134,98 bushels por acre (bpa) em seis áreas de aferição em Ohio, nos condados de Allen, Delaware, Hardin, Marion e Wyandot. O valor está abaixo do visto na expedição do ano passado, quando as áreas apontaram média de 177,29 bpa, e também do número da média de três anos, de 163,29 bpa.

A expedição não estimou a produtividade de soja.

Exportação de milho do Brasil segue em alta nas primeiras 3 semanas de agosto

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de milho do Brasil continuaram em ritmo acelerado nas três primeiras semanas de agosto, após bater recorde no mês anterior, apontaram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Nos 12 primeiros dias úteis de agosto, os embarques de milho totalizaram cerca de 4,3 milhões de toneladas, uma média de 358,1 mil toneladas por dia, enquanto a média de todo o mês anterior foi de 274,6 mil toneladas diárias.

A média diária sinaliza que os embarques de agosto poderão superar os do mês anterior.

Em julho, as exportações totais do grão foram de 6,317 milhões de toneladas, acima do recorde anterior, de dezembro de 2015. À época, especialistas já sinalizavam que as vendas em agosto poderiam ser ainda maiores.

Em termos de comparação anual, os embarques de todo o mês de agosto de 2018 somaram 2,82 milhões de toneladas.

Além das fortes exportações, o Brasil também deve registrar safra recorde de milho na atual temporada, com 101,91 milhões de toneladas, segundo pesquisa realizada pela Reuters com instituições e especialistas.

SOJA

Principal produto de exportação do Brasil, a soja mantém a tendência de queda verificada no mês anterior, quando era impactada pela safra menor do país e por uma menor demanda da China, país fortemente afetado pela peste suína africana.

Até a terceira semana de agosto, as exportações da oleaginosa acumulavam 2,7 milhões de toneladas, ou 227,6 mil toneladas por dia. Em todo o mês de agosto de 2018, as vendas foram de 8,1 milhões de toneladas, ou 353 mil toneladas diárias.

Já em julho deste ano, as exportações de soja somaram 7,8 milhões de toneladas, com média diária de 340 mil toneladas.

Na última semana, a Reuters noticiou que a demanda chinesa reaqueceu por conta da recente escalada da guerra comercial do país asiático com os Estados Unidos, mas que há uma disputa também fortalecida entre os importadores asiáticos e os processadores locais.

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Fonte:
USDA/Reuters

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