A decisão pela constitucionalidade do Funrural leva as contas dos produtores para o negativo, diz Aprosoja Brasil

Publicado em 31/03/2017 13:14
Confira a entrevista com Marcos da Rosa - Presidente Aprosoja Brasil
Aprosoja convoca manifestação dos produtores contra o que define como "atraso do Brasil em vários fatores que afetam terrivelmente o bolso do produtor", em um momento no qual os preços das commodities estão abaixo do custo de produção

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Marcos da Rosa - Presidente Aprosoja Brasil

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O presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, disse que "não há surpresa" em relação à votação de ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu, por 6 votos a 5, pela constitucionalidade da cobrança do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Rosa aponta tristeza e desânimo frente à situação e diz que "as pessoas que produzem estão carregando o endividamento brasileiro nas costas e que não sobra renda para o produtor rural".

Para o presidente, o setor deve continuar lutando. Já há posições de vários advogados ligados ao agronegócio que apontam a inconstitucionalidade na cobrança do tributo. Há uma batalha pela frente, segundo ele, e as ações devem começar a vir. Desde a semana passada, Rosa também está convocando uma grande manifestação dos produtores rurais do Brasil inteiro contra o que ele define como "atraso do Brasil em vários fatores que afetam terrivelmente o bolso do produtor", em um momento no qual os preços das commodities estão abaixo do custo de produção.

Ele nota também um empobrecimento do cidadão brasileiro e aponta uma situação caótica. "Queríamos um Brasil novo e isso não vem acontecendo", destaca o presidente.

Nos preços atuais, a decisão pela constitucionalidade do Funrural leva as contas dos produtores para o negativo, com uma arrecadação que soma ao redor de 11 a 13 bilhões de reais por ano. Os produtores também não possuem dinheiro para retornar o imposto, caso seja cobrado o valor retroativo que não vinha sendo pago por conta de liminares. Alguns produtores fizeram uma reserva até que o julgamento acontecesse, mas outros, como Rosa, "não depositaram um centavo".

A postura dos produtores, portanto, deve ser de cobrança. Ele argumenta ainda que apenas uma redução na área de grãos e na pecuária faria com que a sociedade entendesse a importância do setor rural no Brasil.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

    Tiraram meu comentario desta materia..que feio Joao Batista....democracia só quando dão opinião igual a do site e seus amigos..depois reclaman dos outros..

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Tinha feito naquela reportagem da cana da alta produtividade mais ou menos assim...Barbaridade TCHE...axei que a IMBRAPA é qui tinha pisquizado..ahhhhh isquici que a imbrapa é aquela que custa muito..gasta muito e faz muito pouco...e o Joao Batista glozou o comentario

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  • Lauri Dalbosco Chapadão do Sul - MS

    Parabens ao Marcos da Rosa, companheiro de lutas antigas, sempre defendendo o produtor (um dia são as recuperacoes judiciais no lombo, noutro é seca, outro mais é chuva demais, agora vem a Suprema Corte com esse julgamento que nos jogará na clandestinidade... Faço a pergunta: alguem vai conseguir pagar 7 anos retroativos, com essas multas incabiveis que nos imporão??? o minimo que poderemos aceitar é que se cobre daqui pra frente, e que cada produtor estude a viabilidade de seu negocio .... Portanto, VAMOS À LUTA!!! (sugestão: marcar uma data para nos reunirmos em Brasilia, convocação geral aos sindicatos rurais, Aprosoja e FPA).

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