Livro desmistifica uso de agrotóxicos e faz um contraponto com a produção de orgânicos no Brasil e no mundo

Publicado em 14/07/2017 16:55
Confira a entrevista com Nícholas Vital - Jornalista
Jornalista Nicholas Vital, lança o livro "Agradeça aos Agrotóxicos Por Estar Vivo" e reacende discussão sobre o uso de defensivos na agricultura

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Nesta sexta-feira (14), o Notícias Agrícolas entrevistou o jornalista Nicholas Vital, que está lançando o livro "Agradeça aos Agrotóxicos Por Estar Vivo".

Vital conta que o título do livro é polêmico, mas que o conteúdo é ponderado, baseado em pesquisas científicas e na opinião de diversos especialistas. Ele defende um debate mais equilibrado entreos produtos orgânicos e convencionais.

Os orgânicos representam apenas 1% da alimentação do mundo, enquanto os convencionais, 99%. Ele destaca que há um debate desequilibrado nesta questão.

Ele acredita que sua experiência como jornalista de agronegócio e a realidade vista nas fazendas o motivou a escrever este livro, no contraponto das notícias absorvidas na cidade de que os produtos convencionais deveriam ser substituídos pelos orgânicos.

Entrevistando os especialistas para seu livro, ele descobriu que não é possível fazer a produção de alimentos sem o uso desses produtos. Ele salienta a população urbana, em parte, não tem conhecimento deste ponto - portanto, o tom do livro é tranquilizador frente ao discurso que existe contra os defensivos agrícolas.

"O agrotóxico é um defensivo químico e ele precisa ser manejado com cuidado", aponta Vital. No Brasil, menos de 15% dos agricultores usam esses produtos sem os EPIs completos. Desde que sejam seguidas as boas práticas, os defensivos são como remédios: é necessário aplicar a quantidade certa e colher no tempo certo para obter uma quantidade segura do produto nos alimentos, que não causa problemas para a alimentação humana.

Entretanto, ele lembra que tanto os orgânicos quanto os convencionais podem causar problema. O livro, portanto, salienta a necessidade das boas práticas para a produção agrícola em geral.

O livro, além de ser direcionado para a população urbana, traz argumentos que também são importantes para os agricultores se defenderem frente a essa questão.

A partir da próxima semana, o livro, que só possui venda online neste momento, estará disponível também nas livrarias.

 

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Tags:
Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Saulo José Onofre marinho João pessoa - PB

    O ilustre jornalista não conhece a realidade Brasileira., Sequer deve ter visto relatório da ANVISA, DA ABRASCO, DO INCA ou uma das centenas de artigos publicados em revistas científicas que demonstram a correlação do uso de agrotóxicos com aumento de contaminações humana e ambiental, com o aumento de câncer e suicídios.

    Aqui no Brasil, o Rs, e Ms são regiões que servem de exemplo, uma vez que nestas regiões o uso de agrotóxicos e intensivo e o índice de doenças sobretudo de câncer e suicídios estão entre os maiores do pais.

    A própria medicina, na tem elementos para diagnosticar origem de doenças crônicas, que por natureza se manifestam muitos meses ou anos da contaminacao.

    As pesquisas do autor foram superficiais , e portanto não exemplifica a realidade nacional.

    Não tem fundamentacao científica necessária, sobretudo no vale do são Francisco, que apresenta alto número de ocorrência de doenças entre produtores.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Ao ler esse comentario do SAULO fiquei com a impressao que a populaçao brasileira esta' sendo dizimada pelos agrotoxicos------UEH !!!!!-----Se a conta da previdencia nao fecha porque a estimativa de vida nas ultimas decadas subiu de 54 para 74 anos-----SR SAULO sugiro ao senhor escrever para o ministro Meirelles ler os relatorios da ANVISA,,ABRASCO INCA etc----Antigamente se alcunhava isto de FAROL, ou seja, pegue um caso alarmante coloque no ventilador e espalhe ao maximo possivel--

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  • Saulo José Onofre marinho João pessoa - PB

    Ora este jornalista precisava pesquisar mais antes de escrever este livro.

    Como ele poderia afirmar que desconhece alguém que tenha sido afetado por agrotóxicos, quando na grande maioria dos casos se apresentam como efeitos crónicos e até mesmo o diagnóstico segundo a medicina e difícil, sendo que a maioria dos casos de câncer e suicídios e exatamente nas áreas de maior utilização destas substâncias ou seja, RS. E MS.

    No Nordeste existem trabalhos científicos comprovando que no vale do São Francisco, mais de 90 por cento dos produtos utilizados são classificados cpmo carcinogenicos ou pre-carcinogenicos.

    Mais ainda, será que o autor consultor o IRCA e O INCA, que tem dados concretos de pesquisa sobre a correlação de usos de agrotóxicos com aumento de câncer no Brasil.

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