Grupo Maracaí, de Sinop, consegue + 2,5 sc/ha com aplicação de baixa vazão, economizando água e defensivo

Publicado em 25/05/2020 16:23 e atualizado em 25/05/2020 20:19
Felipe Di Domênico - Diretor Comercial Grupo Maracai
Entrevista com Luiz Felipe Di Domenico, de Sinop. Para o diretor da Maracaí (MT) o maior ganho vai na economia do tempo, além do controle nas aplicações.

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Aplicação com baixa vazão aumentou a produtividade em 2,5 sc/h

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O tempo, numa safra, é fator fundamental. A janela é estreita e o tempo não pára. Se o desenvolvimento da lavoura não espera..., um bom administrador de uma fazenda de soja é aquele que consegue fazer as aplicações de defensivos na hora, no momento e no alvo certo. Com muita rapidez, para não perder tempo, portanto.

Agora imagine a operação em 20 mil hectares, com a soja crescendo praticamente toda de uma vez, dentro do periodo da safra. No caso do grupo Maracaí, de Sinop, norte de MT, a aplicação em mil hectares exigia 33 voltas do pulverizador.

"Faça as contas, diz o diretor Luiz Felipe di Domenico, "a cada bomba de 3 mil litros somente conseguiamos pulverizar 30 hectares. Agora, com a mesma carga, consigo pulverizar 100 hectares. Uma baita redução nos custos".

E em horas? "Bom, continua Felipe... o tempo de carga é o mesmo, meia hora por abastecimento e o volume também permaneceu o mesmo; mas, agora, ao invés de gastarmos 17 horas entre idas e vindas, agora são somente 5 horas. Baita diferença!".

Mas Luis Felipe qual é o pulo-do-gato? 

--"É a inovação que surgiu na calda dos produtos; antes as empresas de defensivos indicavam a aplicação misturada com óleo;  com a necessidade de adicionarmos outros principios ativos, a calda engrossou e começou a apresentar entupimento nos bicos. A solução foi adicionar os adjuvantes, mas ele não agregam, e se perde muito produto; agora surgiu uma inovação, a mistura de óleo com o próprio adjuvante, ambos num produto só, o que dá mais possibilidades na aplicação. Como, por exemplo, aumentar a eficiencia na aplicação e no abastecimento".

Ganho ambiental

Outra economia fundamental é no uso da água e na redução dos defensivos. Segundo Luis Felipe, suas 4 fazendas estão registrando uma redução de 70% no uso de água nas aplicações, tanto áereas como terrestres, com redução também na adição de defensivos quimicos. Eu ganho, minha empresa ganha e ainda colaboro com o meio ambiente, isso é muito bom", sentencia Luis Felipe.

(O Notícias Agrícolas deverá trazer mais informações sobre inovação, no sentido de auxiliarmos os produtore na luta pela redução dos custos).

 

 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

    Se me permitem um aparte, sintetizando a explicação:

    Na verdade não houve aumento de produtividade e sim proteção ou redução de perda de potencial produtivo em função de ataque de pragas.

    Defensivo não aufere ganho de produtividade.

    O resultado positivo se da em função do aumento da eficiência operacional o que proporciona melhor timing de aplicação, somente nas condições edafoclimáticas ideias (nas horas ideias do dia que são limitadas por fatores temperatura x umidade relativa do ar).

    No sistema convencional na maioria dos casos o produtor é forçado a aplicar o dia todo em função da capacidade de campo instalada, onde em geral entre as 11:00 horas da manhã até as 15:30 se tem uma perda considerável de eficiência dos defensivos em função das altas temperaturas e baixa umidade relativa o que permite que as pragas se instalem nessas areas com maior facilidade limitando o teto produtivo nessas partes do talhão.

    No sistema convencional para se atingir o mesmo resultado seria necessário em um exemplo como esse triplicar a capacidade de pulverização via troca/aquisição de mais maquinas e ou maquinas maiores, o que leva a um aumento de custos com mão de obra e maquinas.

    Dessa forma consegue se aproveitar melhor a estrutura instalada com mais eficiência (redução de custo) e ganho de produtividade (aumento de lucro).

    O ganho final são os 2,5 sacos por há mais a redução de custo operacional, com um pequeno aumento parcial de custo de adjuvante por há (troca do óleo convencional pelo novo produto).

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    • Rodolfo Crespo Rivera Santa Cruz de la Sierra

      Me alegro mucho que por fin una gran empresa en Brasil descubre los grandes beneficios del Baixo volume. Aqui en Bolivia hace mas de 20 años que trabajamos con esta tecnica y con clima muy complicado. Tengo mi pagina en Facebook Dr Sprayer y me ofrezco a colaborarles en todo lo que necesiten. Abencoes.

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    • JEFFERSON JEAN SANTI HERNANDARIAS

      Excelente comentário, Guilherme. Realmente com o melhor timing de aplicação e com o uso da tecnologia presente no IOP, se conseguiu melhores resultados de produtividade na soja no grupo Maracaí, ou seja, perdemos menos do potencial instalado do cultivo, pois, como muito bem abordado, os agroquímicos não incrementam a produtividade... Também possuímos vários trabalhos de pesquisa onde podemos demonstrar, através de comparativos, os melhores resultados do IOP x adjuvantes/óleos disponíveis no mercado.

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    • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

      Perfeitamente Jefferson, são ótimas ferramentas que geram eficiência operacional..., aumenta a capacidade do parque de maquinas instalado de fazer essa cobertura nos momentos ideias, o que, em outras situações, força o produtor a usar todo período disponível mesmo nas condições ambientais menos adequadas. Sendo que tambem nem sempre é possível economicamente aumentar o parque de maquinas para corrigir essa falha, em função da necessidade recursos para isso.

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    • Rodolfo Crespo Rivera Santa Cruz de la Sierra

      Los defensivos no incrementan productividad, pero protegen para no perder productividad... y, el bajo volumen, tiene mejor control de plagas y protegen mas el potencial de productividad. Al bajar el volumen de agua se incrementa mucho el potencial de los defensivos y por eso hay mejor control de plagas, y por eso hay mas producción. Por eso el bajo volumen genera suceso.

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