Mulheres do Agro do Oeste da Bahia buscam valorizar o Agro através da solidariedade

Publicado em 12/10/2020 01:47 e atualizado em 12/10/2020 11:00
Suzana Muterle Viccini e Neuza Brugnera - Presidente e Vice-Presidente do Núcleo Mulheres do Agro Oeste da Bahia
Associação promove campanhas para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade, mas destacando o papel da produção agrícola na região

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Entrevista com Suzana Muterle Viccini e Neuza Brugnera - Presidente e Vice-Presidente do Núcleo Mulheres do Agro Oeste da Bahia

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Desde 2016, um grupo de mulheres ligadas à produção agrícola no Oeste da Bahia se uniu para articular ações de valorização da presença feminina no setor, e também promover ações solidárias. Com cerca de dez integrantes, foi iniciado o Núcleo Mulheres do Agro - Oeste da Bahia que cresceu e agora já conta com 30 mulheres. Estendendo as atividades para apoio a crianças e mulheres em comunidades em vulnerabilidade social, nem com a pandemia do coronavírus o grupo esmoreceu, permanecendo presente nas regiões onde atua. 

A presidente do grupo, Suzana Viccini, e a vice-presidente, Neuza Brugnera, contam que uma das principais ações é a campanha "Algodão que Aquece", que já começa a ser planejada no mês de novembro de cada ano. Com apoio de empresas e associações ligadas à cotonicultura no oeste baiano, agasalhões em algodão são confeccionados para doação em escolas nas comunidades que o Núcleo abrange.

Segundo Neuza, em 2018 cerca de 360 crianças receberam o blusão de frio, pequenos que vivem em áreas ribeirinhas e precisam se proteger do frio das primeiras horas da manhã, quando saem para ir à escola. "No ano seguinte, o número já subiu para 660 crianças que frequentam sete escolas no oeste do Estado", disse.

Apesar da pandemia neste ano de 2020, o grupo seguiu com o plano de realizar as doações, tomando todas as precauções necessárias para evitar a transmissão do coronavírus. Ao todo, foram 3.300 agasalhos doados em 22 escolas rurais, além de frascos de álcool em gel e máscaras faciais confeccionadas em algodão. 

"No primeiro ano, algumas produtoras compraram os agasalhos para doar, mas nós percebemos que esse algodão que é tão importante para o desenvolvimentono Oeste da Bahia poderia aquecer. Então buscamos apoio e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abrapa) nos apoiou e conseguimos atenter às crianças".

Além das doações, o Núcleo leva às crianças informações sobre o setor agro e, especificamente, a cadeia produtiva do algodão. Entretanto, por causa da pandemia, este ano haverá uma mudança, e o grupo está produzindo um vídeo lúdico para ser disponibilizado para as escolas levando a mensagem sobre a importância da agricultura na região.

OUTUBRO ROSA

O Núcleo Mulheres do Agro - Oeste da Bahia também apoia ações do Outubro Rosa, período em que se intensificam as atividades alusivas à prevenção do câncer de mama. O grupo se volta, principalmente, às mulheres de áreas rurais que têm pouco acesso ao sistema de saúde.

De acordo com Suzana, uma das atividades é o Algodão Pela Vida, voltada à conscientização sobre a prevenção, que este ano contará com palestras virtuais, devido à pandemia. 

Outra ação é a Plante Amor, Salve Vidas, campanha em que o núcleo trabalha a saúde. "Iremos trabalhar na prevenção e no cuidado. Estamos com o Instituto do Câncer do Oeste da Bahia (ICOB) elaborando essa campanha e mais uma empresa ligada ao setor agro, buscando apoio de produtores e empresas ligadas ao setor para levar diagnóstico, prevenção e tratamento às mulheres que não têm acesso", disse.

 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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