Tratoraço é um aviso ao consumidor: preços nas gôndolas vão subir, graças à canetada de João Doria

Publicado em 05/01/2021 15:20 e atualizado em 05/01/2021 18:44
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
edição desta terça-feira, 5 de janeiro/21, com João Batista Olivi

Aumento de ICMS em São Paulo eleva preços em até 14% para consumidor (Poder360)

Carne terá elevação de até 8,9%; Para Fiesp, haverá desemprego; Entidade entra com ação judicial

A decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de elevar desde o início de janeiro de 2021 as alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) deve provocar uma alta no preço final para consumidores que pode chegar a 13,6%. O cálculo é da Fiesp, que está tentando derrubar a medida na Justiça.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em nota divulgada, o aumento do ICMS “trará resultados desastrosos para a economia paulista”. A Fiesp diz que a “medida também causará desemprego em São Paulo, uma vez que as empresas terão incentivo para se mudarem para outros Estados, onde a carga tributária não subiu, ou mesmo para o exterior, comprometendo a recuperação da economia paulista e brasileira”.

Eis o cálculo da Fiesp para o aumento de preços finais ao consumidor para diversos produtos, como carne (alta de até 8,9%), leite longa vida (8,4%) e medicamentos para tratar Aids na rede privada (14%):

A inflação neste ano é estimada pelo mercado em 4,21%. Para 2021, a taxa deve ficar em 3,34%.

Ao soltar uma nota dura conta decisão de João Doria sobre o ICMS, a Fiesp se alinha ao discurso crítico usado por políticos bolsonaristas alinhados ao Palácio do Planalto.

Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, tem sido ativo nas críticas desde outubro –quando o aumento do ICMS foi anunciado. Neste post em seu perfil no Twitter, Eduardo registrou a decisão e Doria.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é próximo ao presidente Jair Bolsonaro e sempre que pode divulga críticas a Doria.

Em 2022, a expectativa é que Doria seja candidato a presidente pelo PSDB e que Bolsonaro disputa a reeleição ao Palácio do Planalto.

DORIA RESPONDE

Em nota, o governo do tucano afirmou que a Fiesp apresentou “um estudo sem pé, nem cabeça”. Disse ainda que a disputa judicial iniciada pela entidade terminará como as anteriores, em derrota. “Skaf fez isso duas vezes e perdeu as duas, contra medidas de ajuste fiscal do Governo de São Paulo.”

Leia a nota completa:

“Desastrosa mesmo é a conduta do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que apresenta um estudo sem pé, nem cabeça e ameaça ir à Justiça pela terceira vez. Skaf fez isso duas vezes e perdeu as duas, contra medidas de ajuste fiscal do Governo de São Paulo. O texto divulgado pela Fiesp confunde arrecadação de 2020 com orçamento de 2021. O ajuste fiscal terá efeito apenas nas contas de 2021. Com responsabilidade, o Governo de São Paulo fez a reforma administrativa, extinguindo empresas estatais e cortando gastos. São Paulo fez reforma, sem aumentar impostos. Portanto, ao atrelar eventuais aumentos de preços para o consumidor numa tabela incompreensível, a Fiesp adota o falso populismo. O atual preço do arroz e da carne nas alturas, são efeitos da política econômica nefasta do governo federal, ao qual o presidente da Fiesp serve e apoia.”.

A Fiesp diz que a “medida causará desemprego em São Paulo, uma vez que as empresas terão incentivo para se mudarem para outros Estados, onde a carga tributária não subiu, ou mesmo para o exterior, comprometendo a recuperação da economia paulista e brasileira”

Banco Mundial vê expansão de 3% do PIB brasileiro em 2021, mas faz alerta sobre fim de estímulos 

 

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SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Mundial melhorou as projeções para a economia brasileira para 2021, vendo continuação da recuperação no consumo privado e investimentos, mas alertou que ao longo deste ano o ímpeto da atividade pode perder força à medida que forem retirados estímulos monetário e fiscal.

 

O Banco Mundial prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 3,0% em 2021, 0,8 ponto percentual acima do prognóstico divulgado em junho.

 

A expansão da economia neste ano ocorrerá após contração de 4,5% em 2020, número 3,5 pontos percentuais melhor que a estimativa passada.

 

Para 2022, a expectativa do Banco Mundial é que a atividade econômica registre aumento de 2,5%.

 

Dentre as 27 nações da América Latina e Caribe listadas pelo Banco Mundial em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais, o Brasil deverá mostrar apenas a vigésima maior taxa de crescimento tanto para 2021 quanto 2022. Já em 2020 o país deverá ficar entre as menores quedas do PIB, superado apenas por Uruguai (-4,3%), Haiti (-3,8%), Guatemala (-3,5%), Paraguai (-1,1%) e Guiana (+23,2%).

 

"No Brasil, a recuperação do consumo privado e do investimento no segundo semestre de 2020 deve prosseguir no início de 2021, apoiada por melhora da confiança e por condições benignas de crédito, levando o crescimento para 3 por cento em 2021", disse o Banco Mundial no relatório.

 

Mas o organismo calcula que a retomada será "desigual" entre os setores, com indústria e agricultura se expandindo mais rapidamente do que o setor de serviços, conforme um persistente receio entre consumidores afeta viagens, turismo e restaurantes, em particular.

 

"Espera-se que o ímpeto (da recuperação) diminua à medida que o ano transcorrer, em parte devido à retirada de estímulos monetário e fiscal, reduzindo o crescimento para 2,5% em 2022."

 

No mesmo relatório, o Banco Mundial projetou que a economia global deve crescer 4% em 2021, depois de encolher 4,3% em 2020. Mas o organismo alertou que o aumento das infecções por Covid-19 e atrasos na distribuição das vacinas podem limitar a recuperação para apenas 1,6% neste ano.

 

"Brasil está quebrado, não consigo fazer nada", diz Bolsonaro a apoiador

 

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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro fez nesta terça-feira a avaliação de que o Brasil está "quebrado" e afirmou que, por causa disso, não consegue fazer nada.

 

A declaração foi dada pelo presidente a um apoiador pela manhã na saída do Palácio da Alvorada, quando este simpatizante abordou Bolsonaro.

 

"Chefe, o Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada", afirmou Bolsonaro citando, como exemplo, que gostaria de ter alterado a tabela do Imposto de Renda.

 

O presidente também voltou a reclamar e a atacar a imprensa, ao dizer que a pandemia de Covid-19, doença que já matou mais de 196 mil pessoas no Brasil, foi maximizada pelo que chamou de "essa mídia sem caráter".

 

Não é a primeira vez nas ultimas semanas que Bolsonaro pinta um retrato negativo da situação da economia brasileira. Nos últimos dias de 2020, o presidente afirmou por mais de uma vez que o país chegou ao "limite do endividamento" por causa das medidas adotadas para fazer frente aos impactos da pandemia.

 

Bolsonaro constantemente minimiza o impacto do coronavírus, além de causar aglomerações e não usar máscara em suas aparições públicas, desrespeitando as recomendações de autoridades de saúde de dentro e de fora do Brasil.

 

Exportações de grãos e açúcar devem crescer 11% em Paranaguá no 1º trimestre

 

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SÃO PAULO (Reuters) - Os operadores de Paranaguá (PR) preveem movimentar cerca de 6 milhões de toneladas de granéis sólidos para exportação no primeiro trimestre de 2021, alta de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a Portos do Paraná nesta terça-feira.

 

Composta pelos embarques de soja, farelo, milho e açúcar, a cadeia de granéis sólidos terá a logística beneficiada por um novo terminal interligado à oeste do cais que começa a operar nos primeiros três meses deste ano.

 

Além disso, houve um aumento de calado (profundidade disponível para o navio utilizar, quando carregado) em dois berços no ano passado.

 

"Para atender essa demanda vamos precisar do Corredor de Exportação funcionando 100%. O objetivo é ter máxima produtividade nos três berços a leste do cais e ainda contar com o berço 201, no corredor oeste, e o berço 204", disse em nota o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

 

Segundo ele, com a capacidade ampliada e a nova estrutura, haverá condições para atender os usuários e bater novos recordes na exportação.

 

TERMINAIS

 

O novo terminal que se interliga para começar 2021 operando à oeste do cais, pelo berço 201, é a Cavalca Administração Portuária (CAP) e vai trabalhar, principalmente, com soja --em grão e farelo-- originada no oeste do Paraná e em Mato Grosso.

 

"Nossa expectativa é carregar de 60 a 65 mil toneladas por mês", disse o gerente-geral do terminal, Eulisses Zagonel Machado, que conta com um armazém de fundo plano para 50 mil toneladas de carga.

 

No mesmo berço 201, interligado no Corredor Oeste, está o terminal da Bunge. Segundo a Portos do Paraná, a expectativa da empresa é exportar 415 mil toneladas de graneis --235 mil de farelo de soja e 180 mil de oleaginosa em grão-- neste primeiro trimestre. O volume esperado é 87% maior que o consolidado de janeiro a março de 2020, acrescentou a nota.

 

Pelo berço 204, a Pasa espera exportar, no mesmo período, 770 mil toneladas de carga, sendo 420 mil toneladas de soja (+121%) e 350 mil de açúcar a granel (+17%).

 

Juntos, os nove terminais privados e os dois públicos interligados no Corredor de Exportação Leste de Paranaguá, esperam movimentar 4,72 milhões de toneladas de soja, milho e farelo no primeiro trimestre de 2021. Esse volume representa uma movimentação média de 1.572.333 toneladas por mês.

 

"O produto que deve apresentar uma alta significativa é o milho. A previsão é movimentar 475,5 mil toneladas do grão de janeiro a março do próximo ano. Em 2020, foram exportadas 297,8 mil toneladas do produto", afirmou.

 

A soja ainda deve liderar em volume no leste, com 3,1 milhões de toneladas, porém o número é inferior aos 3,35 milhões de toneladas embarcados de janeiro a março de 2020.

 

Em farelo de soja, a expectativa dos terminais é exportar 1,14 milhão de toneladas pelo leste no trimestre. O volume será 6,4% maior no comparativo anual.

 

Exportação de carne suína do Brasil tem recorde de 1,02 mi t em 2020, diz ABPA

 

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SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carne suína do Brasil atingiram um recorde de 1,021 milhão de toneladas em 2020, alta de 36,1% em relação ao ano anterior, informou nesta terça-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

 

Segundo a entidade, a receita com os embarques da proteína, considerando os produtos in natura e processados, somou 2,27 bilhões de dólares no ano passado, avanço de 42,2% na comparação anual.

 

Os números confirmaram projeções realizadas no início de dezembro, quando a associação disse que as exportações anuais de carne suína superariam 1 milhão de toneladas pela primeira vez na história, batendo o recorde do ano anterior.

 

Na ocasião, a ABPA projetou também que os embarques seguirão fortes em 2021, mas que os efeitos da peste suína africana na China, que deram impulso aos negócios recentemente, serão menos intensos, e que custos relacionados à pandemia de Covid-19 também causarão dificuldades.

 

Considerando apenas o mês de dezembro, as exportações brasileiras da proteína somaram 80,3 mil toneladas, crescimento de 5,6% ante igual período de 2019, enquanto as receitas tiveram alta de 4,1%, a 191,2 milhões de dólares.

 

Os embarques recordes de carne suína refletem a firme demanda por commodities do Brasil no ano passado, a despeito dos impactos da pandemia de coronavírus. O período foi marcado por grandes embarques à China e pela valorização do dólar frente ao real, o que tornou os produtos locais mais competitivos.

 

Números divulgados pelo Ministério da Economia na véspera mostraram que o Brasil registrou recordes de volumes embarcados de suas principais commodities, incluindo petróleo, açúcar, carnes e café.

 

FRANGO

 

Segundo a ABPA, as exportações de carne de frango do Brasil totalizaram 4,23 milhões de toneladas em 2020, leve alta de 0,4% ante 2019, enquanto as receitas recuaram 12,5% no período, para 6,123 bilhões de dólares.

 

O volume, porém, não é recorde --a máxima exportada pelo Brasil foi vista em 2016, com 4,38 milhões de toneladas, segundo dados da ABPA.

 

Em dezembro, foram embarcadas 380,8 mil toneladas de carne de frango, queda de 2,8% no ano a ano, com receitas de 579,6 milhões de dólares, baixa de 8,9% versus dezembro de 2019.

 

"Seja pelo recorde de exportações de suínos..., como pela alta nos embarques de aves, as projeções setoriais estabelecidas pela ABPA e confirmadas nas vendas finais reforçam o bom momento para o Brasil no mercado internacional, a despeito de um ano desafiador em todos os sentidos", disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

 

"A perspectiva é que o ritmo positivo se mantenha em 2021, com a esperada retomada econômica internacional", acrescentou.

 

Demanda global por milho argentino pode cair após suspensão de embarques, diz câmara

 

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BUENOS AIRES (Reuters) - Os compradores internacionais de milho da Argentina poderão castigar o país sul-americano com menos aquisições e preços mais baixos devido à incerteza gerada pela recente suspensão de exportações do cereal anunciada pelo governo argentino, disseram empresas agroexportadoras nesta terça-feira.

 

O governo do peronista Alberto Fernández suspendeu temporariamente na semana passada o registro de novas exportações de milho com data de embarque até fevereiro, com o objetivo de assegurar o abastecimento doméstico do cereal, em uma decisão inesperada que gerou mal-estar em toda a cadeia agrícola local.

 

A decisão "introduz uma variável de incerteza nos compradores de outros países, que podem castigar nas compras e nos preços da origem argentina", disse em comunicado o Centro de Exportadores de Cereais (CEC), acrescentando que o governo não o consultou a respeito da medida.

 

A Argentina é a terceira maior exportadora de milho do mundo. Segundo dados oficiais, entre janeiro e novembro de 2020 o país embarcou 36 milhões de toneladas do grão, com receitas de 5,843 bilhões de dólares.

 

O CEC, que reúne agroexportadores como Cargill e Bunge na Argentina, disse que a medida poderia gerar o efeito contrário do que busca o governo argentino: uma retração na venda dos estoques por parte de agricultores e uma diminuição no plantio do cereal na temporada 2021/21.

 

As empresas pediram para o governo "retroceder a medida, convocar as entidades setoriais da cadeia do milho e buscar uma solução que devolva a seu mercado nacional a transparência que caracteriza a comercialização de todos os grãos".

 

As associações que representam as cadeias produtivas de milho, soja e trigo --as principais culturas da Argentina-- também disseram que a medida do governo prejudica a confiança no país como fornecedor global de alimentos.

 

"Esses tipos de ações minam fortemente a confiança e conduzem à retirada imediata dos investimentos, tanto os de curto prazo, como pode ser o plano de semeadura e do pacote tecnológico a ser aplicado, como também os de longo prazo", afirmaram as associações Maizar, Acsoja e Argentrigo em comunicado conjunto.

 

Condição da safra de soja 20/21 no Paraná tem leve melhora, diz Deral

 

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SÃO PAULO (Reuters) - As lavouras de soja no Paraná registraram uma ligeira melhora de qualidade nos cultivos que se desenvolvem para a safra 2020/21, com avanço de 1 ponto percentual nas áreas classificadas como boas, para 79%, ante a última análise feita em dezembro, disse o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta terça-feira.

 

Houve recuperação na umidade do solo no período, embora o volume de chuvas ainda não seja considerado adequado, em relação a anos anteriores, disse à Reuters o economista do Deral, Marcelo Garrido.

 

"Teremos informações mais detalhadas no levantamento da próxima semana, já que muitos técnicos de campo das cooperativas e empresas estão de férias nesse período", acrescentou.

 

As lavouras em condições médias representam 17% das áreas e as ruins --onde há perda sem chance de recuperação-- são 3%, de acordo com o Deral.

 

A maior parte das áreas está em fase de floração (42%), seguida por frutificação (34%) e desenvolvimento vegetativo (23%). O plantio da oleaginosa foi concluído no início de dezembro.

 

No milho primeira safra, 79% das lavouras foram classificadas pelo Deral como boas, 16% médias e 5% ruins, cenário estável em relação ao levantamento anterior.

 

Chefe da OMS se diz "muito decepcionado" por China não autorizar entrada de especialistas em coronavírus

 

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ZURIQUE (Reuters) - O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, está "muito decepcionado" pela China ainda não ter autorizado a entrada no país de uma equipe de especialistas internacionais para analisar as origens do coronavírus.

 

"Hoje soubemos que as autoridades chinesas ainda não finalizaram as permissões necessárias para a chegada da equipe na China", disse Tedros em entrevista coletiva em Genebra.

 

"Tenho mantido contato com altas autoridades chinesas e, mais uma vez, deixei claro que a missão é uma prioridade para a OMS", acrescentou ele aos jornalistas.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Poder360

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