"Trairagem" na disputa da Câmara! Bolsonaro sente cheiro de traição e pede apoio ao pessoal do campo

Publicado em 12/01/2021 15:08 e atualizado em 12/01/2021 16:19
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
edição do Tempo&dinheiro desta terça-feira, 12 de janeiro/2021, com João Batista Olivi

 

Pessoal do campo tem que estar comigo na disputa pelo comando da Câmara, diz Bolsonaro

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro cobrou nesta segunda-feira o apoio dos ruralistas ao seu candidato na disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados, o líder do PP na Casa, Arthur Lira (AL), contra o deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

"O campo nunca teve um tratamento tão justo e honesto como teve comigo, em todos os aspectos. Alguns parlamentares do campo, em vez de apoiar o nosso candidato, está apoiando o outro candidato", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada, em video divulgado na internet.

"Temos que ter unidade, não comando o Brasil sozinho. Tem que ter o Legislativo ao lado, que é o responsável por leis, por emenda à Constituição. Não podemos ter mais dois anos pela frente com a esquerda fazendo a pauta", completou.

Bolsonaro ressalvou que não tem "pessoalmente" nada contra Baleia Rossi, mas disse que "do lado de lá" há apoios do PT, do PCdoB e do PSOL, que "atrapalhou a gente". Além dos partidos de esquerda, o bloco que apoia Rossi, organizado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), inclui o próprio MDB, DEM, e PSDB.

Citou o exemplo da medida provisória da regularização fundiária que Maia deixou caducar por falta de acordo.

"O que eu fiz com o campo? Está bombando, então esse pessoal do campo tem que estar comigo, pô, isso é o mínimo de razoabilidade que eu peço para eles, para a gente poder levar as nossas pautas para frente", reforçou.

“Faltou a Ford dizer a verdade, né? Querem subsídios”, diz Bolsonaro

(poder360)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 3ª feira (12.jan.2021) que o encerramento da fabricação de veículos pela Ford no Brasil aconteceu porque “em um ambiente de negócios, quando você não tem lucro, você fecha”. A declaração foi feita a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, e publicada na conta do Twitter do assessor especial do presidente Tercio Arnaud Tomaz.

 

Segundo o presidente, a fabricante pretendia “renovar subsídios para fazer carros para vender”, o que, diz ele, é inviável.

“Mas o que a Ford quer? Faltou a Ford dizer a verdade, né? Querem subsídios. Querem que a gente continue dando R$ 20 bilhões para eles como fizeram nos últimos anos? Dinheiro de vocês, impostos de vocês para fabricar carro aqui? Não. Perdeu a concorrência, lamento”, disse Bolsonaro.

O presidente lamentou os 5.000 empregos que serão perdidos por causa da decisão da Ford. “Lamento os 5.000 empregos perdidos. Agora a imprensa não fala que, em novembro, criamos 414 mil empregos, então perdemos 5.000 agora, repito, lamento”, disse.

Bolsonaro também criticou o governador da Bahia, Rui Costa, do PT, por não ter “a capacidade de se antecipar ao problema”. A declaração foi uma resposta ao que disse o petista nessa 2ª feira (11.jan).

O governador da Bahia escreveu no Twitter que “o encerramento da Ford no Brasil é consequência [da] falta de confiança em nosso país, fruto da inoperância e politicagem do Governo Federal”. Uma das fábricas fechadas pela empresa será a de Camaçari (BA), a principal unidade da montadora no país.

“A Ford ficou, na Bahia, que o governador está me criticando lá, por uma decisão do então senador Antônio Carlos Magalhães, o tal do ACM, que podia ter todos os defeitos do mundo, mas era amado na Bahia. E ele lutou, e a Ford ficou lá”, disse.

 “Agora o governador [Rui Costa], que tem senadores com ele, não teve a capacidade de se antecipar ao problema e buscar possíveis soluções”, acrescentou.

Bolsonaro pede que não voltem a paralisar atividades e reitera que vida e economia andam juntas

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BRASÍLIA (Reuters) - Em meio ao aumento recente do número de casos e mortes por Covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta terça-feira que governadores e prefeitos não adotem novas medidas de restrição de circulação de pessoas e destacou que a vida e a economia "andam de braços dados".

"Devemos estar a nossa economia fora da UTI como outros países ainda mantém até hoje e graças a Deus que iluminem governadores e prefeitos para que não fechem tudo. Essa não é a política correta. Vida e economia andam de braços dados, não podemos falar em saúde sem emprego", disse.

Em solenidade no Palácio do Planalto de comemoração dos 160 anos da Caixa Econômica Federal, Bolsonaro afirmou que o governo "não ceifou um só emprego, muito pelo contrário, manteve milhões de empregados pelo Brasil", em uma alusão às medidas tomadas para manutenção de postos de trabalho pelo governo.

O presidente elogiou no discurso autoridades do governo e citou a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, que tem mostrado o agronegócio brasileiro no exterior, frisando que o "homem do campo não parou" durante a pandemia.

Na introdução, Bolsonaro disse rapidamente que o governo está cada vez mais se entendendo com o Poder Legislativo. Em fevereiro, haverá a sucessão pelo comando da Câmara e do Senado no qual ele apoia, respectivamente, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

CoronaVac tem eficácia geral de 50,38%, diz Butantan (que fechou acordo para vender 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde)

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SÃO PAULO (Reuters) - A CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, tem uma eficácia geral de 50,38% apontada em estudos clínicos de Fase 3, disse nesta terça-feira o Instituto Butantan, que liderou os testes com o imunizante no Brasil.

O número confirma que a vacina está acima dos 50% requeridos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerarem um imunizante viável.

O dado, no entanto, é significativamente menor ao anunciado na semana passada pelo Butantan, que disse em entrevista coletiva na quinta-feira que a eficácia da CoronaVac era de 78%. Nesta semana, o instituto esclareceu que aquele dado se referia à eficácia clínica da vacina, não à sua eficácia geral, que considera toda a população do estudo clínico, incluindo casos muito leves, que não precisaram de ajuda clínica.

Durante a entrevista coletiva desta terça, o diretor médico de pesquisa clínica do Butantan, Ricardo Palácios, reiterou que a CoronaVac mostrou ter 78% de eficácia contra casos leves que precisaram de alguma assistência clínica por causa da Covid-19 e 100% contra casos graves e moderados da doença, o que significa que nenhum voluntário do estudo que recebeu a vacina desenvolveu este tipo de quadro mesmo quando infectado e que nenhum precisou de internação hospitalar.

Mas, quando considerados também os voluntários que se infectaram e desenvolveram a doença, inclusive os classificados como muito leves e que não precisaram de assistência clínica, a eficácia global ficou em 50,38%.

Palácios argumentou que, ao contrário de estudos com outras vacinas, o Butantan incluiu apenas profissionais de saúde entre os voluntários do teste com a CoronaVac, por se tratar de uma população que tinha contato com o vírus na linha de frente do combate à Covid-19 e que sabe identificar os sintomas da doença em si mesmos.

Ele afirmou também que os critérios de definição de casos adotados pelo estudo do Butantan foram os mais rigorosos, o que aumentou a incidência em relação a outros testes, com o objetivo de colocar a vacina em uma situação de estresse que, disse ele, não deve se repetir quando o imunizante for aplicado na população em geral.

"Dentre toda a população, selecionamos aquela que pudesse testar a vacina com a barra mais alta, isso é importante salientar", disse Palácios.

"Se a gente quer comparar os diferentes estudos, isso é mais ou menos como comparar alguém que faz uma corrida de 1km em um trecho plano com uma pessoa que faz uma corrida de 1km em um trecho absolutamente íngreme e cheio de obstáculos. E isso foi o que fizemos, colocar esses obstáculos".

Palácios também destacou os resultados que apontaram que a CoronaVac é 100% eficaz na prevenção de casos moderados, que levam à hospitalização, e de casos graves, que levam à internação em unidades de terapia intensiva (UTI).

"Se a gente consegue que a vacina controle os atendimentos no sistema de saúde, seja ambulatorial, seja hospitalar, o impacto vai muito além da Covid-19", disse, ao lembrar que atendimentos de outras doenças ficaram represados durante a pandemia por causa da prioridade dada à Covid.

O Butantan, que está envasando doses da CoronaVac em suas instalações, já tem 10,8 milhões de doses da vacina no Brasil e deu entrada com um pedido de autorização para uso emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O instituto também fechou acordo para vender 46 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde, com a opção de mais 54 milhões de doses, para serem incluídas no Programa Nacional de Imunização.

O governador João Doria (PSDB) não participou do anúncio.

Trump afirma que tentativa de impeachment causa raiva, mas diz não querer violência

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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está sob pressão para renunciar depois que seus apoiadores invadiram o Capitólio dos Estados Unidos na semana passada, disse que há muita raiva sobre a tentativa dos democratas de retirá-lo do cargo, mas acrescentou que não quer violência.

"Não quero violência", disse Trump a repórteres ao partir para uma visita ao muro na fronteira dos EUA com o México em Álamo, no Texas.

Em seus primeiros comentários a repórteres desde 8 de dezembro, o presidente republicano não respondeu se renunciaria. Ele criticou a tentativa de impeachment levada adiante por parlamentares democratas.

"Este impeachment está causando uma raiva tremenda e eles estão fazendo isso, e é realmente uma coisa terrível o que eles estão fazendo", disse Trump.

Ele acrescentou que a tentativa de impeachment, sob a acusação de incitação à insurreição devido ao ataque ao Capitólio, é uma continuação da "caça às bruxas" contra ele.

Trump se tornaria o primeiro presidente dos EUA a ter impeachment aprovado pela Câmara duas vezes se a Casa votar a favor do impedimento na quarta-feira. Na primeira ocasião, o Senado decidiu não remover o presidente do cargo.

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NotíciasAgrícolasReutersPoder360

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1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Alceu Moreira declarou voto em Baleia Rossi no facebook. A FPA é uma beleza...

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