"É a economia, estúpido!"... lembram-se desta frase? pois é, nossa economia reage, e o dólar recua

Publicado em 11/03/2021 15:36 e atualizado em 11/03/2021 16:07
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
Edição desta quinta-feira, 11 de março/21, com João Batista Olivi

Em dia de nova atuação do BC, dólar vai a mínimas em 2 semanas com PEC e exterior positivo

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar acelerou as perdas e operava nas mínimas em duas semanas ante o real nesta quinta-feira, com o mercado embutindo nos preços a aprovação do texto-base da PEC Emergencial em votação em segundo turno na Câmara e também a intensificação da queda da moeda norte-americana no exterior, à medida que os rendimentos dos Treasuries se acalmavam.

Às 15h26, o dólar à vista caía 1,97%, a 5,5430 reais, depois de recuar 2,26%, a 5,5265 reais.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 2,30%, a 5,5475 reais, após marcar 5,5320 reais, menor patamar desde 26 de fevereiro.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira o texto principal da PEC Emergencial em segundo turno e deve seguir a tarde e noite dedicada à análise de pelo menos dez emendas a serem votadas separadamente.

No Twitter, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), disse ser importante a conclusão da votação para a Casa avançar em outros assuntos e citou as reformas administrativa e tributária. "A expectativa é que o relatório da reforma tributária seja apresentado já na próxima semana", disse Lira.

O progresso na agenda fiscal do governo ameniza temores sobre a sustentabilidade da dívida pública, ajudando a reduzir o prêmio de risco embutido nos ativos brasileiros. O dólar chegou perto de 5,90 reais nesta semana, segundo analistas, em boa parte por preocupações de desidratação adicional da PEC Emergencial, o que reduziria sua potência fiscal.

O mercado de câmbio também repercutia nesta quinta a fraqueza do dólar no exterior, onde a moeda norte-americana caía a mínimas em uma semana em meio a um amplo apetite por risco, que beneficiava Wall Street. O humor era favorecido pela estabilização nos rendimentos dos Treasuries, cuja recente escalada chacoalhou por receios de retirada antecipada de apoio monetário por bancos centrais.

Investidores debatiam ainda a estratégia de intervenção do Banco Central no câmbio. O BC fez mais um leilão de até 1 bilhão de dólares em contratos de swap cambial nesta manhã, depois de na véspera realizar operações nos mercados futuro e à vista mesmo com o dólar em baixa.

Câmara aprova texto-base de PEC Emergencial em 2º turno

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BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira o texto principal da PEC Emergencial em segundo turno, e deve dedicar a tarde e a noite à análise de pelo menos dez emendas a serem votadas separadamente.

O texto-base foi aprovado por 366 votos a 127. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários ao menos 308 votos favoráveis para sua aprovação, assim como será exigido esse quórum especial de aprovação durante a votação dos destaques.

Uma das emendas, destacada a partir de acordo selado pelo governo, deve retirar do texto da PEC a vedação à progressão e à promoção de funcionários públicos do rol de gatilhos a serem acionados para a contenção de despesas.

"Nós estamos hoje construindo a votação do segundo turno da PEC Emergencial para pagar auxílio aos brasileiros que precisam. No acordo de hoje, além dos destaques que foram anotados para dar progressão e promoção a todos os servidores públicos de todas as categorias, também há um acordo no sentido de que a Lei da Informática virá no plano de redução de incentivos fiscais, previsto na PEC", garantiu em plenário o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR).

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a intenção é concluir a votação em segundo turno ainda nesta quinta-feira.

A PEC estabelece condições para a concessão do auxílio emergencial aos vulneráveis atingidos pela pandemia de Covid-19 em um montante de até de 44 bilhões de reais por fora das regras fiscais em 2021 e também traz gatilhos a serem acionados para conter despesas públicas.

Mas críticos à medida afirmam que ela se aproveita do momento de necessidade da renda assistencial temporária, gerado pela pandemia, para a concretização de medidas de ajuste fiscal de longo prazo.

"A notícia do dia hoje é a seguinte: em um ano de pandemia, preço dos alimentos sobem quase três vezes a inflação. Se o preço dos alimentos sobe, o auxílio emergencial não pode ser reduzido a um terço, como está sendo proposto nesta PEC", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

"Nós queremos um auxílio emergencial de 600 reais para todos os brasileiros, que o receberam no ano passado. Por outro lado, queremos valorizar os servidores públicos, aqueles que atendem ao nosso povo, principalmente, mais pobre, e não lhes propiciar arrocho salarial, não demonizá-los, como o proposto nesta PEC."

O governo já sinalizou que a ajuda mensal, em quatro parcelas, deve ter valor médio de 250 reais, mas aguarda a conclusão da votação da PEC no Congresso para editar medida determinando o pagamento assistencial.

Arrecadação federal foi recorde para fevereiro, diz Paulo Guedes

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BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação federal foi recorde para o mês em fevereiro, disse nesta quinta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao destacar a retomada da atividade no país.

Em encontro virtual da frente parlamentar da Micro e Pequena Empresa, o ministro também reforçou que o programa BEM, que oferecer complementação de renda a trabalhadores que tenham seus contratos suspensos ou jornadas e salários reduzidos, será renovado. Ele acrescentou que o presidente Jair Bolsonaro em breve anunciará mais medidas de enfrentamento ao impacto econômico da pandemia da Covid-19.

"A economia está voltando. A arrecadação, é algo que nós devemos anunciar também no máximo semana que vem, a arrecadação, em fevereiro deste ano, (foi) recorde histórico para fevereiros", disse Guedes, falando ao lado de Bolsonaro.

Em janeiro, a arrecadação sofreu queda real de 1,5% sobre o mesmo mês do ano passado, interrompendo cinco meses consecutivos de alta. O dado de fevereiro será divulgado pela Receita Federal até o final do mês.

Preços do petróleo sobem com perspectivas econômicas e queda nos estoques de combustíveis

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LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo subiam nesta quinta-feira com um dólar mais fraco, já que os temores de aumento da inflação nos EUA diminuíram, enquanto uma queda acentuada nos estoques de combustível norte-americano significava que um excesso de petróleo teria vida curta com o reinício das refinarias no Texas.

O petróleo Brent subia 0,88 dólar, ou 1,3%, a 68,78 dólares por barril, às 11:39 (horário de Brasília).

O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,74 dólar, ou 1,15%, a 65,18 dólares por barril.

Ambos os contratos subiram mais de 1 dólar o barril mais cedo na sessão.

"Os temores de inflação estão recuando, já que o IPC dos EUA em fevereiro estava em 1,7%. Consequentemente, os rendimentos dos títulos caíram e as ações se estabilizaram com o Dow atingindo uma alta histórica. O dólar, portanto, está enfraquecendo, o que ajuda o petróleo", disse Tamas Varga, analista sênior da PVM Oil Associates, disse.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA caíam nesta quinta-feira à medida que as preocupações com uma forte recuperação da inflação diminuíram e o foco se voltou para um leilão de dívida do governo de 30 anos. O dólar está em seu nível mais baixo em uma semana.

Varga acrescentou que o grande recuo nos estoques de gasolina dos EUA também ajudou a impulsionar os preços do petróleo.

Estoques de gasolina nos EUA caíram 11,9 milhões de barris na semana de 5 de março para 231,6 milhões de barris, disse a Administração de Informação de Energia (EIA), em comparação com as expectativas de uma queda de 3,5 milhões de barris.

Bolsonaro volta à carga contra restrições e questiona "até quando economia vai resistir"

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou à carga nesta quinta-feira contra a adoção de restrição de atividades impostas por governadores e prefeitos nas últimas semanas, adotadas com o objetivo de reduzir a carga sobre os sistemas de saúde em meio a recentes recordes de mortes e casos por Covid-19, e questionou até quando a economia brasileira vai resistir com essas medida.

"Até quando nossa economia vai resistir porque, se colapsar, vai ser uma desgraça", disse ele, em participação virtual no primeiro encontro do ano da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa (MPE).

Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro afirmou que o governo adotou medidas como o pagamento do auxílio emergencial para evitar que o "caos" se instalasse no Brasil e contestou novamente a adoção de medidas de restrição de locomoção das pessoas e de abertura de atividades comerciais, duvidando da eficácia delas para conter o vírus, o que contraria as evidências científicas.

"Essas pessoas que geralmente trabalham de manhã para comer à tarde. Nós não abandonamos, mas até quando poderemos aguentar essa irresponsabilidade do lockdown", disse ele. Tecnicamente, entretanto, não há medidas de lockdown impostas no país.

Assim como na véspera, Bolsonaro insinuou que o objetivo de se tomar medidas de restrição por parte de governadores é de enfraquecer o governo federal e não de salvar vidas.

Doria anuncia que SP entrará em fase mais restritiva da quarentena

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SÃO PAULO (Reuters) - O Estado de São Paulo entrará em uma fase mais restritiva em seu plano de quarentena para conter a disseminação do coronavírus, disse nesta quinta-feira o governador paulista, João Doria, em vídeo divulgado pelo governo estadual.

Na gravação, Doria faz um apelo para que a população faça o isolamento social, afirmando ser, no momento, a principal ferramenta para frear a Covid-19. Ele não detalhou quais medidas serão tomadas, que devem ser anunciadas em entrevista coletiva no início desta tarde no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

"Estamos tentando equilibrar essa equação da economia com a saúde. Mas temos que entrar numa nova etapa do Plano São Paulo. Ela é mais restritiva, eu reconheço", disse o governador.

"Não é fácil tomar essa decisão, uma decisão impopular, difícil, dura. Nenhum governante gosta de parar as atividades econômicas de seu Estado. Eu, principalmente, entendo o sofrimento de todos."

No momento, todo o Estado está na Fase Vermelha, a mais restritiva do plano de quarentena, em que somente as atividades consideradas essenciais --como supermercados e farmácias-- podem operar.

Shoppings centers, por exemplo, têm de permanecer fechados, e bares e restaurantes não podem atender presencialmente, somente pelo sistema de entregas. O decreto atual, ao mesmo tempo, permite o funcionamento de templos religiosos e as partidas de futebol. O Ministério Público de São Paulo defende a suspensão dessas duas atividades.

São Paulo tem atualmente, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, 2.149.561 casos confirmados de Covid-19, com 62.570 mortes. Na terça-feira, o Estado atingiu 517 mortes em 24 horas, o recorde registrado na pandemia iniciada há um ano.

O Estado também tem 83% de seus leitos em unidade de terapia intensiva destinados ao tratamento da doença ocupados.

SP adota restrição de circulação à noite e suspende atividades esportivas e cultos

SÃO PAULO (Reuters) - O Estado de São Paulo adotará restrições à circulação de pessoas entre 20h e 5h e fechará estabelecimentos comerciais como lojas de material de construção de 15 a 30 de março, além de suspender atividades como cultos religiosos e atividades esportivas coletivas, incluindo jogos de futebol.

O governador João Doria (PSDB) esclareceu que o chamado "toque de recolher" é uma restrição, não uma proibição, e que a medida não afetará funcionários que trabalham à noite em estabelecimentos como farmácias e supermercados -- que seguem autorizados a operar normalmente, mesmo durante o período de restrição.

"Isso é restrição, não é proibição. Repito, não é lockdown. Se alguma pessoa que trabalha à noite, que trabalha de madrugada, ou por circunstância tem que se deslocar, ela pode fazê-lo, não há impedimento para que ela possa fazer isso, nem faz sentido. Aliás, é um direito constitucional ir e vir, nós não estamos em estado de sítio nem em uma situação de guerra", disse Doria.

O secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, disse que São Paulo vive a pior crise sanitária de sua história e que 53% dos municípios paulistas estão com ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) em 100%.

"Esse é o momento mais difícil da pandemia que enfrentamos no nosso Estado", disse Gorinchteyn. "O nosso Estado enfrenta uma das maiores, se não a maior crise sanitária de todos os tempos. Nem a gripe espanhola assolou tantas vidas e não teve uma repercussão tão dramática e por período tão prolongado como a da Covid em nosso meio", acrescentou.

Ele fez ainda a avaliação de que o momento atual da pandemia é diferente da que foi visto no ano passado e citou que, atualmente, algumas UTIs têm 50% de ocupação tomada por pessoas com menos de 50 anos, quando até então a predominância era de idosos.

O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, o médico Paulo Menezes, disse que o objetivo das medidas é atingir um isolamento social pela população paulista de 50%.

Ele disse ainda que na nova fase do plano estadual de quarentena ficam proibidos qualquer tipo de aglomeração, o funcionamento de escritórios de setores não essenciais. Na educação, a rede estadual antecipará os recessos previstos para abril e outubro para o período de vigência da nova fase e o governo recomenda que as redes privadas e dirigidas pelos municípios façam o mesmo.

"A situação continua piorando e nós precisamos aumentar o distanciamento, medido através do isolamento social. Foi nesse sentido que nós sugerimos medidas que pudessem elevar o isolamento social da população para mais de 50%", disse Menezes.

De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, o Estado registrou 2.164.066 casos de Covid-19, com 63.010 mortos. A ocupação dos leitos de UTI no Estado está em 87,6%.

Itália proíbe lote de vacina da AstraZeneca após duas mortes, diz fonte

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ROMA (Reuters) - A Itália anunciou a decisão de proibir nesta quinta-feira um lote de vacinas da AstraZeneca contra a Covid-19 e, segundo uma fonte próxima ao assunto, a medida foi tomada após as mortes de duas pessoas na Sicília que haviam recebido o imunizante recentemente.

A autoridade italiana de medicamentos Aifa disse mais cedo que a proibição era uma medida "de precaução", acrescentando que nenhuma relação havia sido estabelecida entre a vacina e o que chamou de "eventos adversos graves".

A fonte disse que a Aifa tomou a decisão depois de Stefano Paterno, um oficial da Marinha de 43 anos, morrer nesta semana pela suspeita de um ataque cardíaco um dia depois de ser vacinado.

Um segundo homem, o policial Davide Villa, de 50 anos, morreu no último fim de semana 12 dias após ser vacinado. Jornais locais afirmam que ele passou mal 24 horas após a aplicação e nunca mais se recuperou.

A fonte disse que os dois homens receberam a vacina do lote ABV2856 da AstraZeneca.

Dinamarca e Noruega suspendem vacina da AstraZeneca após relatos de coágulos

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COPENHAGEN (Reuters) - Autoridades de saúde da Dinamarca e da Noruega suspenderam temporariamente nesta quinta-feira o uso de vacinas contra Covid-19 da AstraZeneca depois de relatos de casos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas.

A medida vem depois de a Áustria parar de usar um lote da vacina da AstraZeneca enquanto investiga uma morte provocada por disfunções relacionadas a coágulos e um caso de embolia pulmonar.

Autoridades de saúde dinamarquesas disseram que a decisão de suspender a aplicação da vacina por duas semanas foi tomada depois de uma mulher de 60 anos, que recebeu uma vacina do mesmo lote usado na Áustria, formar um coágulo sanguíneo e morrer.

As autoridades dinamarquesas disseram que responderam "a relatos de possíveis efeitos colaterais graves, tanto na Dinamarca, quanto em outros países europeus".

"Não é possível concluir no momento que exista uma relação. Estamos agindo preventivamente, precisa ser amplamente investigado", disse o ministro da Saúde, Magnus Heunicke.

Já o diretor de prevenção e controle de infecções do Instituto Norueguês de Saúde (FHI), Geir Bukholm, disse que a decisão tomada pela Noruega foi uma medida de precaução. O FHI não disse quanto tempo durará a suspensão.

"Aguardamos informações para ver se há uma relação entre a vacinação e esse caso de coágulo sanguíneo", disse Bukholm.

Também nesta quinta, a Itália anunciou a proibição de um lote da vacina da AstraZeneca diferente do usado na Áustria.

No Brasil, a vacina da AstraZeneca foi a primeira aposta do governo federal para imunizar a população contra a Covid-19, por meio de um acordo do laboratório com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a produção de 210 milhões de doses.

A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanha a situação e já analisa as informações sobre os relatos de efeitos adversos para se posicionar, disse uma fonte com conhecimento do caso.

Até o momento, a vacina da AstraZeneca foi autorizada apenas para uso emergencial no país, embora o laboratório já tenha entrado com um pedido de registro definitivo junto à agência.

Devido a atrasos de cronograma, apenas 4 milhões de doses do imunizante, que foram importadas prontas da Índia, foram entregues pelo Ministério da Saúde aos Estados.

ABORDAGEM CAUTELOSA

Alguns especialistas em saúde disseram haver poucas evidências a sugerirem que a vacina da AstraZeneca não deve ser aplicada e que os casos de coágulos sanguíneos estão em linha com as taxas de casos deste tipo na população em geral.

"Isso é uma abordagem super cautelosa baseada em alguns relatos isolados na Europa" , disse à Reuters Stephen Evans, professor de fármaco-epidemiologia na London School of Hygiene & Tropical Medicine.

"O problema com relatos espontâneos de supostas reações adversas graves a uma vacina é que há enorme dificuldade de distinguir um efeito causal de uma coincidência", afirmou ele, acrescentando que a Covid-19 é fortemente associada à formação de coágulos.

A AstraZeneca disse em comunicado enviado à Reuters que a segurança de sua vacina foi amplamente estudada em testes com humanos e dados revisados por outros cientistas confirmaram que a vacina foi, no geral, bem tolerada.

No início desta semana, a farmacêutica disse que suas vacinas são sujeitas a controles de qualidade severos e rigorosos e que não houve "quaisquer eventos adversos graves confirmados associados com a vacina". Ela ainda disse que está em contato com autoridades austríacas e que apoiará totalmente sua investigação.

Na quarta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) disse que até agora não há indícios ligando a AstraZeneca aos dois casos na Áustria.

Segundo a agência, o número de eventos de tromboembolismo pulmonar – marcado pela formação de coágulos sanguíneos – em pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca não é maior do que aquele visto na população em geral, e que 22 casos do tipo foram relatados entre as três milhões de pessoas que a receberam até 9 de março.

A EMA não estava imediatamente disponível para comentar nesta quinta.

Quatro outros países --Estônia, Lituânia, Luxemburgo e Letônia-- suspenderam as inoculações da mesma remessa enquanto uma investigação prossegue, disse a agência reguladora de medicamentos da União Europeia.

A remessa de 1 milhão de doses da vacina foi para 17 países da UE.

Autoridades suecas disseram não ter encontrado evidências suficientes para parar a vacinação com o imunizante da AstraZeneca. A Suécia encontrou dois "eventos tromboembólicos" em conexão com a vacina da AstraZeneca e cerca de 10 para a vacina da Pfizer com a BioNTech.

"Não vemos razão para revisar nossa recomendação", disse Veronica Arthurson, da Agência Sueca de Produtos Médicos, em entrevista coletiva. "Não há nada que indique que a vacina cause este tipo de coágulo sanguíneo."

Nesta quinta, a Espanha disse que não registrou nenhum caso de coágulo sanguíneo até o momento e continuará a aplicar a vacina.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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