Agricultores podem virar o jogo com o ILPF e sustentabilidade, diz Eduardo Assad, da Embrapa

Publicado em 12/03/2021 16:12 e atualizado em 12/03/2021 17:43
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
por Frederico Olivi

O sistema de Integração da Lavoura com Pecuária e Floresta (ILPF) vem ganhando, a cada safra, a confiança e a adesão de agricultores e pecuaristas de todo o Brasil. De norte a sul do país, em todas as regiões de produção, esse modelo de manejo integrado vem oferecendo resultados positivos tanto de produtividade na condução das atividades agropecuárias, quanto na sustentabilidade do sistema.

Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa e especialista em ILPF, em entrevista ao repórter Frederico Olivi do Programa Tempo e Dinheiro, aponta os principais aspectos desse sistema para o manejo de uma propriedade rural.

-- "No início o investimento para a implantação do sistema ILPF pode parecer um pouco alto, de aproximadamente RS 5.000, 00 ( cinco mil reais) por hectare; para recuperação do solo, plantio das lavouras, manejo da agricultura e da pecuária; mas logo depois, quando o agropecuarista começa a colher a safra e a observar o ganhos com a criação intensiva do gado, - numa pastagem recuperada -, todo esse investimento inicial já se paga muito rapidamente. - “é lucro certo!”, pontua Eduardo Assad.

Segundo Assad, com o sistema integrado, o produtor passa a ter um plantio direto mais eficiente, introduzindo gramíneas para o consórcio de palhadas, proporcionando  uma cobertura vegetal permanente, com maior retenção da umidade e consequentemente um volume maior de raizes.

No ano passado, os Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul sofreram severos veranicos em muitas regiões de cultivo de grão, trazendo prejuízos na ordem de 30 bilhões de reais para toda a cadeia do agronegócio desses estados. No Estado de Mato Grosso, segundo Eduardo Assad, onde também ocorreram, em algumas regiões de veranicos mais prolongados, o prejuízo foi menor justamente porque os agricultores mais atentos às novas tecnologias.

-- "Com a implantação do ILPF, tiveram uma condição de solo mais favorável para o desenvolvimento das lavouras, mesmo com déficit hídrico durante o cultivo, diz Eduardo Assad.

- “Precisamos ficar atentos à elevação da temperatura e à deficiência hídrica em momentos chaves do cultivo da nossas lavouras. Ele conclui:

- “É preciso ter mais umidade sobre o solo, e isso se consegue através do sistema de integração da lavoura com a pecuária e depois com a floresta. Esse sistema traz para o agropecuarista uma atividade com resultados positivos, conservando a água e o solo”, finaliza Eduardo Assad.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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