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Fertilizantes: Relações de troca com a soja ainda são saudáveis, mas já foram melhores

Publicado em 16/04/2021 10:23 e atualizado em 17/04/2021 09:36
Jeferson Souza - Analista de Fertilizantes da Agrinvest
Destaque nas altas dos preços dos insumos continua sendo o MAP, que mostra troca de até 25 sacas de soja 2021/22, relação que já esteve em 18 sacas. Na contramão, preços da ureia recuam e ajudam a equilibrar.

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Entrevista com Jeferson Souza - Analista de Fertilizantes da Agrinvest sobre o mercado de fertilizantes

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As relações de troca para a soja com os fertilizantes se deterioraram ligeiramente em relação ao início de 2021, porém, continuam ainda saudáveis para os produtores brasileiros. Atualmente para o MAP em 25 sacas - um ponto fora da curva do movimento histórico - a relação já esteve em 18 sacas de soja 2021/22, como explica o analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza. Em meados de 2020, as relações eram ainda mais favoráveis. 

"O MAP chegou a registrar quase 50% de aumento em 2021, isso em três meses, ou seja, um curto período de tempo e uma alta muito expressiva. De outro lado, temos a soja que continuou seu movimento de alta. Então, a escalada dos preços dos fertilizantes foi muito expressiva em 2021, não só para o MAP, mas também para os outros fosfatados", explica Souza. 

A demanda global muito forte também é outro ponto de estímulo para o avanço dos preços, já que a altas das commodities têm promovido em um aumento de área de diversas culturas, em especial soja e milho, em países importantes no quadro global de produção, como EUA e Brasil. 

Ao contrário dos fosfatados, a ureia mostra uma queda nos preços. Depois de alcançar níveis de até US$ 400,00 por tonelada, a cotações já sinaliza um recuo e as referências voltando à casa dos US$ 360,00 custo e frete Brasil.

Ainda como explica o analista, diante desses preços altos dos fertilizantes, a demanda está um pouco mais contida neste momento, também porque em janeiro cerca de 40% de todo fertilizante já havia sido comprado pensando em toda a temporada. 

"E podemos ver que o movimento agora é bastante baixo do lado da procura de fertilizantes, os produtores já compraram muito. Inclusive, nesse leilão onde a Índia comprou apenas 800 mil toneladas trouxe pressão de baixa para os preços da ureia. E podemos ver a continuidade desse movimento", analisa Souza.

E essa demanda mais forte sendo observada no começo do ano ajuda a justificar também as importações brasileiras recordes fde fertilizantes no primeiro trimestre de 2021. Somente no cloreto de potássio, o aumento foi de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. E não só as compras aumentaram, como também as entregas destes insumos também foram maiores. 

A tendência é de que no segundo semestre os produtores voltem a participar do mercado, buscando os volumes que ainda faltam para garantir suas estratégias e diante de preços que tendem a estar menores. "Estamos com patamares já bastante elevados, sobretudo para os fosfatados, então, acredito que a tendência baixista pode prevalecer sobre uma tendência altista, podemos ver os preços caindo um pouco mais", diz Souza. 

Assim, o analista acredita que o produtor poderia esperar um pouco mais para voltar às compras, e talvez melhorar essa relação de trocas que, apesar de ainda serem positivas, poderiam ser melhores. Assim, destaca ainda a necessidade de o sojicultor monitorar os preços dos grãos, o mercado cambial e, principalmente, a garantia de operações casadas, com moedas casadas sempre. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agricolas

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