Soja e milho nas nuvens hoje em Chicago!! Dá-lhe produtores!!! (mas aproveitem para fazer hedge...)

Publicado em 22/04/2021 15:49 e atualizado em 22/04/2021 16:36
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
Edição do Tempo&Dinheiro desta 5a.feira, 22 de abril/21, com João Batista Olivi

Os preços do de soja no interior dos EUA estão nas máximas históricas, puxando os futuros na CBOT. Segundo a Agrinvest Commodities "usinas de biodiesel que não estão conseguindo comprar óleo no mercado físico estão comprando na bolsa, almejando o recebimento do produto em locais credenciados pela CME", completa a consultoria. 

Os principais contratos do derivado negociados na CBOT subiam quase 4% neste início de tarde de quinta-feira. 

Traders observam ainda as questões ligadas ao clima frio nos EUA.  As temperaturas baixas ainda limitam o avanço do plantio da safra 2021/22 nos EUA e trazem mais preocupação ao mercado, o que é rapidamente refletido entre as cotações. 

Não só os preços sobem em Chicago, como subiram também na Bolsa de Dalian nesta quinta-feira. E esse movimento se dá mesmo diante de preocupações que, ao menos por agora, são mais severas para o milho. (Carla Mendes) 

Dólar pode cair mais, mas é incerto se aposta pró-real compensa risco, diz gestor da Rio Bravo

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(Reuters) - O dólar ainda tem espaço para cair, mas há dúvidas se uma posição favorável ao real neste momento compensa o risco, disse Evandro Buccini, diretor de renda fixa e multimercado da Rio Bravo.

Desde a máxima recente, de 29 de março (5,7681 reais), o dólar recua 5,2%, cotado nesta quinta a 5,4687 reais.

"Os problemas políticos e fiscais vão continuar, porque é meio que a realidade brasileira. A gente bateu no teto de gastos, teve de fazer gastos adicionais com a pandemia. É natural que isso não se submeta ao teto, dada a gravidade do problema, mas a forma como isso foi conduzido às vezes não foi a ideal", disse.

Outro ponto de incerteza sobre a extensão de um rali do real vem do exterior.

"Lá nos Estados Unidos a discussão de inflação, de aumento da curva de juros, dos juros futuros, esfriou bastante. Mas é algo que pode voltar ao radar, especialmente com essas novas discussões de estímulos em diferentes frentes nos EUA", acrescentou Buccini.

Com isso, o gestor disse que por ora não carrega grandes posições em câmbio nos fundos multimercados da casa. Mas ele considerou que a esperada melhora da atividade econômica --com a reabertura dos negócios e à medida que os números da Covid-19 deixam os picos-- ainda pode tirar pressão dos mercados.

"Vai tirar um pouco (da pressão). A maior parte da pressão sobre os ativos não vem daí (pandemia), mas um pouco, sim, sobretudo dessa intersecção política-fiscal-pandemia."

De forma geral, a Rio Bravo reduziu nos multimercados posições favoráveis à bolsa e as compensou com montagem de posições direcionais doadas em juros nominais --especialmente no "20 alto" da curva, como os vencimentos em 2027 e 2028-- e reais --em torno do vértice 2030.

"Apesar de não termos uma visão superpositiva para o fiscal, com a melhora da pandemia há também uma melhora do humor sobre os gastos usados para combater (a crise sanitária). Isso melhora um pouquinho os preços", afirmou o gestor.

Buccini não descarta que o Banco Central possa ser levado a estender o ciclo de normalização da Selic, o que seria positivo para o real sob certas circunstâncias.

"A gente tem que ver como vai se comportar a inflação nessa situação. Se o BC precisar elevar mais os juros por causa de uma inflação que vem com a recuperação econômica, acho que é bom para o câmbio. Além dos juros mais altos, teríamos crescimento."

Chefe do FMI exorta G20 a adotar piso de preço de carbono para cumprimento de metas climáticas

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WASHINGTON (Reuters) - A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) exortou nesta quinta-feira o G20 a adotar um piso internacional para preço de carbono para ajudar no alcance de um acordo sobre a precificação do carbono, o que ela diz ser essencial para combater a mudança climática.

A diretora-gerente do organismo, Kristalina Georgieva, disse em uma cúpula virtual de dois dias que a mudança climática representas riscos enormes para o desenvolvimento econômico, mas também oferece "oportunidades incríveis para investimentos transformadores e empregos verdes".

Um preço firme de carbono é necessário para fazer com que as emissões globais desse elemento sejam reduzidas em consonância com os objetivos do acordo climático de Paris de 2015, disse Georgieva, observando que mais de 60 estruturas de precificação já foram adotados.

Mas o preço médio global de carbono, hoje só de dois dólares por tonelada, precisa chegar a 75 dólares por tonelada até 2030 para conter as emissões em sintonia com esses objetivos, ponderou.

"Por causa da urgência de se agir, propomos um piso de preço de carbono internacional entre grandes emissores, como o G20. O foco em um preço de carbono mínimo entre um grupo pequeno de grandes emissores poderia facilitar um acordo, cobrindo até 80% das emissões globais", disse ela em comentários preparados.

Um piso de preço de carbono deveria incluir precificações diferenciadas para países em níveis diferentes de desenvolvimento econômico e poderia ser implantado através de impostos de carbono, sistemas de troca de carbono ou outras medidas, propôs Georgieva.

Estabelecer um piso de preço poderia evitar contenciosos e menos eficientes ajustes de carbono na fronteira --caso alguns países adotassem uma precificação robusta e outros, não.

Georgieva também pediu uma taxonomia verde e relatos padronizados de riscos financeiros relacionados ao clima para que sejam destravados trilhões de dólares de investimentos privados necessários.

O apoio a países em desenvolvimento também é crucial, disse ela, para tornar possível desassociar crescimento e emissões de carbono.

Bolsonaro pede “justa remuneração” internacional por serviços ambientais (Poder360)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (22.abr.2021) que o Brasil está disposto a colaborar com os esforços mundiais para preservação do meio ambiente e disse que pretende antecipar metas de neutralidade climática. Pediu “justa remuneração” pelos serviços ambientais executados pelo Brasil. Deu a declaração na “Cúpula dos Líderes sobre o Clima”, organizada pelo governo dos Estados Unidos.

Bolsonaro disse que o Brasil tem o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e de alcançar a neutralidade climática até 2050, antecipando em 10 anos a previsão anterior. Eis a íntegra do discurso do presidente.

“Será uma tarefa complexa, e medidas de comando e controle são parte da resposta”, disse o presidente. Bolsonaro foi o 17º chefe de Estado convidado a discursar.

O presidente do Brasil disse que determinou o fortalecimento de órgãos ambientais apesar da limitação orçamentária do governo. Bolsonaro afirmou estar aberto à contribuição de entidades internacionais e pessoas “dispostas a atuar de maneira imediata e construtiva”.

Disse que os mercados de carbono são cruciais como fonte de recursos para impulsionar o investimento e defendeu a remuneração por serviço ambiental. “É preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação”, disse.

O presidente dos Estados Unidos e anfitrião do encontro, Joe Biden, disse que precisaria deixar o evento depois do 14º discurso. Saiu minutos antes da fala de Bolsonaro, que foi o 17º. Não escutou o presidente do Brasil nem o da Argentina. Eis o momento em que Biden deixa a cúpula:

Biden convidou Bolsonaro e outras 39 autoridades mundiais para o fórum virtual sobre o clima. Seria o 1º encontro dos 2. O evento vai até esta 6ª feira.

O objetivo do evento é abordar a urgência e os benefícios econômicos de ações ambientais mais significativas, informou a Casa Branca em sua página na internet. A cúpula é uma preparação para a COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) marcada para novembro, em Glasgow, na Escócia.

Assista ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (7min22s):

 

Biden —o 1º líder a discursar— anunciou a meta de cortar pela metade a emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global até o fim da década e zerar totalmente as emissões do país até 2050. Ele e a vice-presidente do país, Kamala Harris, abriram a cúpula.

“Juntos, nós dividimos uma preocupação e uma ameaça comum“, disse Harris no discurso que deu início ao encontro. A vice-presidente defendeu que a cúpula foque em discussões que tenham como objetivo o desenvolvimento de comunidades mais saudáveis, energia e tecnologia limpa e atenção às comunidades mais vulneráveis.

EXPECTATIVA

Nos últimos dias, diversos grupos questionaram o governo brasileiro sobre o tom a ser adotado na cúpula do Clima. Representantes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) se reuniram com os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tereza Cristina (Agricultura) na véspera. Pediram “ações que mostrem comprometimento com o combate ao desmatamento”.

Um grupo de empresários enviou carta ao governo na 3ª feira (20.abr) pedindo “medidas mais ambiciosas” na cúpula. No mesmo dia, artistas do Brasil e dos EUA pediram a Biden que não assinasse nenhum acordo com Bolsonaro.

O presidente almoçou na 4ª (21.abr) com parte da equipe na casa do ministro Fábio Faria (Comunicações), em Brasília. Em resposta às críticas a Salles na véspera da Cúpula do Clima, integrantes do governo publicaram fotos do encontro com a hashtag #FicaSalles.

ASSUNTOS DISCUTIDOS

Eis os principais temas do encontro que começa nesta 5ª feira:

  • redução de emissões de gases estufa: unir esforços das principais economias do mundo para diminuí-las nesta década de crise e manter o teto de aquecimento de 1,5ºC;

  • financiar a emissão zero: mobilizar os setores público e privado para financiarem a transição para emissão líquida zero e ajudar países mais vulneráveis a impactos climáticos a lidar com eles;

  • benefícios econômicos: discutir os benefícios financeiros da ação climática, com ênfase na criação de empregos, e a importância de garantir que todas as comunidades e trabalhadores se beneficiem da transição para uma nova economia de energia limpa;

  • inovação tecnológica: estimular tecnologias de transformação que podem ajudar a reduzir emissões e a adaptação às mudanças climáticas e, simultaneamente criar novas oportunidades econômicas e indústrias do futuro;

  • terceiro setor e entes subnacionais: apresentar atores subnacionais e não estatais comprometidos com a recuperação ambiental e uma visão equitativa para limitar o aquecimento a 1,5ºC, e que estão trabalhando em colaboração com os governos nacionais;

  • vida e subsistência: discutir meios para fortalecer a capacidade de proteger vidas e meios de subsistência dos impactos da mudança climática, abordar os desafios de segurança global colocados pela alteração ambiental e o papel das soluções baseadas na natureza para atingir as metas de emissões líquidas zero até 2050.

  • Salles diz que governo vai dobrar orçamento para fiscalização ambiental

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    Em entrevista à imprensa logo após o discurso de Bolsonaro, o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) disse que ainda não é possível precisar o montante a ser destinado à pasta, mas afirmou: “O que houver de disponibilidade o presidente vai dobrar o recurso”.

    Os recursos devem ser destinados ao fortalecimento de ações de comando e controle de órgãos como Ibama, ICMBio, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Forças Armadas, além de medidas estruturantes, como a regularização fundiária.

    O governo se comprometeu ainda a reduzir em 37% a emissão de gases de efeito estufa até 2025 e 47% até 2030. Bolsonaro prometeu “neutralidade climática” até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior.

    “Destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal, com isso reduziremos em quase 50% das emissões ate essa data”, afirmou.

    A curto prazo, Salles disse que o governo vai implementar ações a partir do dia 1º de maio, que “têm todas as condições de reduzir o desmatamento até 2030”.

    Assista (16min30s):

    O Brasil, entretanto, reforçou o pedido de apoio internacional e disse que as doações internacionais ao Fundo Amazônia podem ser restabelecidas se os números mostrarem tendência de queda nos índices de desmatamento no 2º semestre. Em 2019, a Noruega, principal financiador do fundo, suspendeu repasses ao Brasil.

    Ao reiterar que o país está aberto à cooperação internacional, Bolsonaro defendeu a “justa remuneração” dos serviços ambientais executados pelo Brasil. “É preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação”, afirmou.

  • EUA prometem cortar emissões pela metade até 2030 em abertura de cúpula do clima

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  • WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden prometeu nesta quinta-feira cortar as emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos pela metade até 2030, uma nova meta com a qual espera induzir outros grandes emissores a mostrarem mais ambição no combate à mudança climática.

    Os EUA, que como poluidores mundiais só perdem para a China, tentam reassumir a liderança global da luta contra o aquecimento global depois de o ex-presidente Donald Trump afastar o país dos esforços internacionais para cortar emissões. O presidente Joe Biden revelou a meta de reduzir as emissões em 50%-52% em comparação com os níveis de 2005 no início da cúpula climática virtual de dois dias.

    "Esta é a década em que precisamos tomar decisões que evitarão as piores consequências da crise climática", disse Biden na Casa Branca.

    O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a nova meta dos EUA "muda o jogo".

    O Japão elevou sua meta e visará cortar as emissões em 46% até 2030, reagindo à diplomacia norte-americana, empresas nacionais e ambientalistas, que queriam objetivos ainda mais elevados.

    O premiê do Canadá, Justin Trudeau, também anunciou um corte de emissões de 40%-45% até 2030 abaixo dos níveis de 2005.

    A meta climática dos EUA também assinala um marco importante no plano mais abrangente de Biden de descarbonizar a economia dos EUA inteiramente até 2050 – uma pauta que ele diz que pode criar milhões de empregos bem remunerados, mas que muitos republicanos dizem temer que prejudicará a economia.

    Os cortes de emissões devem vir de usinas de energia, automóveis e outros setores econômicos, mas a Casa Branca não estabeleceu metas individuais para estes setores. A meta quase dobra a promessa de corte de emissões de 26-28% até 2025 abaixo dos níveis de 2005 do ex-presidente Barack Obama. Metas específicas para os setores serão delineadas mais tarde neste ano.

    Como os EUA pretendem atingir suas metas climáticas será crucial para consolidar sua credibilidade na luta contra o aquecimento global em meio a preocupações internacionais de que o comprometimento norte-americano com uma economia de energia limpa possa mudar drasticamente de um governo para outro.

    O plano de infraestrutura de 2 trilhões de dólares apresentado recentemente por Biden contêm numerosas medidas que podem gerar alguns dos cortes de emissões necessários nesta década, como um padrão de energia limpa para zerar as emissões no setor elétrico até 2035 e ações para eletrificar a frota de veículos.

    Mas as medidas precisam ser aprovadas pelo Congresso para se tornarem realidade.

    Biden se dedicou a restaurar a liderança climática dos EUA durante a campanha e nos primeiros dias de sua presidência, já que o republicano Trump, um cético da mudança climática, retirou o país do Acordo de Paris contra o aquecimento global.

    O novo governo também sofre grande pressão de grupos ambientalistas, alguns líderes corporativos, do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e de governos estrangeiros para estabelecer a meta de cortar emissões em ao menos 50% nesta década para incentivar outros países a delinearem suas próprias metas de emissões ambiciosas.

    A cúpula contou com a participação de líderes dos maiores emissores do planeta, incluindo a China.

    Os líderes mundiais almejam limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais, um limiar que cientistas dizem poder evitar os piores impactos da mudança climática.

    Uma autoridade do governo Biden disse que, com a nova meta dos EUA, compromissos aprimorados do Japão e do Canadá e metas anteriores da União Europeia e do Reino Unido, países que respondem por mais da metade da economia mundial agora estão comprometidos com reduções para atingir a meta de 1,5 grau Celsius.

    "Quando encerrarmos esta cúpula na sexta-feira, comunicaremos indubitavelmente... que os EUA voltaram", disse o funcionário.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters/Poder

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