Mais uma forte subida nos preços em Chicago. Bom para quem AINDA tem soja (e não assinou contratos)

Publicado em 11/05/2021 16:13 e atualizado em 11/05/2021 18:39
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
Edição do Tempo&Dinheiro desta 3a. feira, 11 de maio/21, com João Batista Olivi

Qualidade do milho do Paraná piora e safra cairá mais; trigo aguarda chuva

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SÃO PAULO (Reuters) - As lavouras de milho segunda safra do Paraná, castigadas por uma seca, tiveram sua qualidade rebaixada novamente nesta terça-feira, apontou o Departamento de Economia Rural (Deral), que já trabalha com a expectativa de uma colheita menor do que as estimativas atuais, apesar de chuvas esperadas para esta semana.

O órgão da Secretaria Estadual de Agricultura do Paraná, segundo produtor de milho do Brasil, apontou que agora 30% das lavouras estão em condição "ruim", versus 27% na semana anterior, enquanto na safra anterior apenas 6% estavam nesta situação na mesma época.

O Deral ainda reduziu o índice de lavouras de milho segunda safra em "boas" condições para 25%, versus 28% na semana anterior --na mesma época do ano passado, 61% da área do cereal tinha a melhor avaliação.

Sobre as chuvas esperadas para esta semana, o analista do Deral Edmar Gervásio disse que ainda não é possível afirmar se serão "suficientes" para estancar perdas para o milho.

"Fatalmente a perda será maior que o último relatório, pois tem praticamente mais duas semanas sem chuvas significativas", disse ele à Reuters.

Ao final de abril, o Deral reduziu a estimativa de segunda safra de milho 2020/21 para 12,23 milhões de toneladas, ante 13,38 milhões na previsão de março e 11,9 milhões no ciclo anterior, quando a área plantada havia menor.

O especialista evitou cravar um número para a produção do Estado, mas disse que a colheita da "safrinha" ficará abaixo de 12 milhões de toneladas.

"Confirmadas as chuvas, serão extremamente benéficas para milho. Na prática precisamos ver como será o volume e também se haverá recuperação das plantas", comentou Gervásio.

Até o próximo domingo, as chuvas acumuladas devem atingir mais de 30 milímetros a leste do Estado, mas ficando entre 15 e 20 mm no centro e oeste paranaense, segundo dados da Refinitiv. O norte verá menos precipitações, em torno de 10 mm, no mesmo período.

Do total semeado no Estado, 17% da área está em frutificação e 37% em floração, fases em que a umidade é importante para determinar a produtividade, segundo o Deral, que aponta também 3% em maturação, 42% em desenvolvimento vegetativo, e 1% em germinação.

A área plantada com milho "safrinha" em 2020/21 no Paraná aumentou 8%, para quase 2,5 milhões de hectares, impulsionada por preços elevados, que se firmaram ainda mais diante das notícias de quebra de safra no Paraná e outros Estados do Brasil.

Na semana passada, indicador do preço do milho da Esalq superou 100 reis a saca pela primeira vez, também em função de uma firme demanda.

O Paraná já terminou de colher a primeira safra de milho e de soja.

TRIGO

Com relação ao trigo, essas chuvas, se confirmadas, deverão ajudar no plantio e no desenvolvimento da cultura no Estado, maior produtor do cereal do Brasil, onde os trabalhos estão mais lentos devido à seca, avalia o Deral.

Até o momento, o Estado plantou 9% da área projetada, alta de três pontos ante a semana anterior, mas está distante dos 17% vistos na mesma época do ano passado.

"Se as chuvas vierem, ajuda, tem lavoura plantada desde o começo de abril, essas estavam só esperando as chuvas para germinar", disse Carlos Hugo Godinho, especialista em trigo do Deral.

Ele admitiu, contudo, que algumas áreas plantadas anteriormente já têm problemas de germinação.

"Estamos só com 3% em desenvolvimento vegetativo... Já deveria ter muito mais.... Tem lavoura que ainda não germinou", declarou Godinho.

"Se vierem as chuvas, ameniza o atraso... ajuda com certeza as lavouras que foram plantadas agora, alguma coisa de germinação já deve ter prejudicado, e ajuda também a desenvolver e deslanchar o plantio, o produtor está bem ansioso para poder plantar", afirmou, lembrando que o setor busca realizar o trabalho o quanto antes para evitar colheita em período chuvoso.

Godinho disse ainda que, se as chuvas forem muito fracas e gerarem uma germinação ainda mais desuniforme, "seria o pior cenário".

Marfrig tem melhor 1º trimestre da história com lucro de R$ 279 mi

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SÃO PAULO (Reuters) - A Marfrig Global Foods reverteu um prejuízo de 137 milhões de reais obtido no primeiro trimestre de 2020 e marcou lucro líquido de 279 milhões entre janeiro e março deste ano, impulsionada por fortes resultados na operação da América do Norte que compensaram adversidades ocorridas sobretudo no Brasil, conforme balanço divulgado nesta terça-feira.

Com avanço de 39,7% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, para 1,7 bilhão de reais, e alta de 27,7% na receita líquida, a 17,2 bilhões, a companhia brasileira, maior produtora de hambúrgueres do mundo, consolidou seu melhor primeiro trimestre da história.

Dólar renova mínima em quatro meses antes de inflação nos EUA

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar oscilou entre altas e baixas ao longo desta terça-feira e acabou fechando em leve queda, exibindo dinâmica semelhante à da véspera, conforme operadores aguardaram dados dos Estados Unidos em busca de sinais sobre os rumos da moeda norte-americana no mundo.

A pauta doméstica --que trouxe IPCA desacelerando na margem, uma ata do Copom considerada ligeiramente mais branda que o comunicado da semana passada e o curso da CPI da Covid no Senado-- pouco mexeu com o valor do dólar.

No encerramento do pregão no mercado à vista, a cotação perdeu 0,17%, a 5,2241 reais na venda --nova mínima desde 14 de janeiro (5,212 reais). Na sessão, variou de 5,2823 reais (+0,94%) a 5,2041 reais (-0,55%).

Lá fora, o índice do dólar frente a uma cesta de rivais de países desenvolvidos reduziu as perdas no fim da tarde, em queda de 0,09%, mas ainda rondava mínimas em dez semanas.

O movimento do dólar nas praças internacionais pode voltar a ter peso mais relevante na formação do preço da moeda por aqui, à medida que a taxa de câmbio ganha suporte da Selic mais alta, que deixa o real em condições mais semelhantes na comparação com seus principais concorrentes por investimentos estrangeiros.

O foco dos investidores está nos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos de abril, a serem divulgados na quarta.

A expectativa é que mesmo uma aceleração dos números não mexa com o plano do banco central dos EUA (Fed) de manter estímulos em curso, o que tende a beneficiar ativos de mercados emergentes. Essa visão foi endossada pelos decepcionantes números de emprego norte-americano divulgados na semana passada.

"Crucialmente no atual contexto, o fraco relatório de empregos dos EUA (payroll)... é um provável impulsionador de um desempenho superior para emergentes, em vez da interpretação de que o payroll fraco pode fornecer implicações negativas para o crescimento futuro", disse o Goldman Sachs em nota.

"Esperamos que o tema responsabilidade monetária continue a conduzir os mercados de câmbio neste verão (no Hemisfério Norte) e no restante do ano. Um Fed sem pressa em um momento de maior confiança na recuperação global sugere que o dólar pode cair mais 5% em base ampla", afirmou o ING em relatório.

A combinação entre ambiente doméstico menos ruidoso e uma nova pernada de alta para commodities no exterior turbinou o real nas últimas semanas e tem ajudado a comprimir a tão falada volatilidade da moeda brasileira.

As volatilidades implícitas de um, dois e três meses estão nas mínimas desde março do ano passado, mês de caos nos mercados por causa do início da pandemia. A volatilidade implícita entra na conta de medidas de retorno ajustado por risco. Sua queda, portanto, eleva a atratividade do real.

A volatilidade projetada para um ano, porém, está apenas no menor valor desde fevereiro deste ano, o que indica ainda algum desconforto em relação aos rumos da taxa de câmbio nos primeiros meses de 2022, quando haverá eleição presidencial.

S&P 500 encerra em queda com ampla venda por temor de inflação

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NOVA YORK (Reuters) - O índice S&P 500 fechou em baixa nesta terça-feira, com o aumento dos preços das commodities e a escassez de mão de obra gerando temores de que elevações de preços no curto prazo possam se transformar em inflação de longo prazo, apesar das garantias do banco central norte-americano de que isso não acontecerá.

Embora todos os três índices tenham reduzido a perdas, as vendas foram uniformemente distribuídas pelos setores.

Segundo dados preliminares, o índice Dow Jones teve queda de 1,36%, aos 34.270,61 pontos, o S&P 500 recuou 0,87%, aos 4.152,1 pontos, e o Nasdaq desvalorizou-se 0,09%, aos 13.389,43 pontos.

Reforma administrativa é para controlar fluxo futuro de despesas, diz Guedes

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BRASÍLIA (Reuters) - A reforma administrativa visa controlar o fluxo das despesas futuras com o funcionalismo, e não os gastos correntes, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira.

Em resposta a questões colocadas pelos deputados, Guedes frisou que a reforma prevê que servidores só poderão ser contratados por meio de concurso público e o que haverá é um vínculo trabalhista diferente para carreiras que não sejam de Estados, sem estabilidade ou benefícios como licença prêmio.

Com a mudança, o país se aproximará dos modelos adotados na maioria dos países desenvolvidos, disse o ministro.

Guedes afirmou que a reforma não é uma questão de ideologia, mas de "sobrevivência financeira", e destacou as dificuldades dos Estados.

"Mesmo os salários correntes estão sendo atrasados. Os Estados estão com dificuldades, eles precisam também dessa reforma", afirmou.

Direito adquirido é pilar fundamental da reforma administrativa, diz Guedes

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a proposta de reforma tributária do governo em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, destacando que ela visa melhorar a qualidade dos serviços públicos sem afetar direitos dos atuais servidores.

"Ela (a reforma) já trouxe as digitais do presidente dizendo o seguinte: nenhum direito adquirido do funcionalismo será atingido", disse Guedes à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, frisando que isso é um "pilar fundamental" da reforma.

O ministro afirmou que, como a proposta foi encaminhada ao Congresso em meados do ano passado, em meio à pandemia, não é surpresa que não tenha avançado, mas que o país precisa agora concluir a transição do "Estado autoritário para o Estado servidor".

"O governo que não fizer essas transformações, ou quem for contra essas transformações, pode até ficar bem com algumas categorias, mas vai ficar mal perante a opinião pública", disse Guedes.

IPCA desacelera a 0,31% em abril mas em 12 meses dispara a máxima em 4 anos e meio

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SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A queda dos preços dos combustíveis compensou a pressão dos medicamentos, e a inflação oficial brasileira desacelerou com força em abril, mas em 12 meses chegou ao nível mais alto em quase quatro anos e meio.

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,31%, abaixo da taxa de 0,93% vista em março.

O dado mensal informado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o mais baixo desde janeiro (+0,25%) e ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de 0,30%.

Mas no acumulado em 12 meses a alta do IPCA aumentou a 6,76%, de 6,10% no mês anterior, igualando a expectativa.

O resultado é o mais forte desde novembro de 2016 (+6,99%) e vai ainda mais acima do teto da meta do governo para este ano, que é de uma inflação de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

"Há também o efeito das duas deflações que tivemos no ano passado, em abril e maio. Quando olhamos para os 12 meses, estamos tirando uma deflação de 2020 e adicionando uma variação positiva agora", explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

No mês, o índice de preços foi pressionado principalmente pelos produtos farmacêuticos, depois de no dia 1º de abril ter sido autorizado reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos.

Os produtos farmacêuticos tiveram em abril alta de 2,69%, sendo a maior variação do item remédios anti-infecciosos e antibióticos, de 5,20%. Isso levou o grupo Saúde e cuidados pessoais a apresentar avanço de 1,19%, depois de recuo de 0,02% em março.

Já o grupo Alimentação e bebidas, com forte peso no bolso do consumidor, acelerou a alta a 0,40% em abril, de 0,13% no mês anterior, com a alimentação no domicílio subindo 0,47% diante do encarecimento de carnes (+1,01%), leite longa vida (+2,40%), frango em pedaços (+1,95%) e tomate (+5,46%).

"Não temos pressão de demanda no IPCA. A alta se concentrou em alimentos por conta de proteínas como frango, carnes e leite devido à ração mais cara", disse Kislanov.

Por outro lado, os Transportes registraram queda de 0,08% nos preços, depois de dispararem 3,81% em março. Segundo o IBGE, após 10 meses de alta a gasolina recuou 0,44% em abril, enquanto os custos do etanol caíram 4,93%. Por outro lado, os preços das passagens aéreas subiram pela primeira vez no ano (6,41%).

"Houve uma sequência de reajustes entre fevereiro e março na gasolina. Mas no fim de março houve duas reduções no preço desse produto nas refinarias. Isso acaba chegando ao consumidor final", explicou Kislanov.

O cenário inflacionário no Brasil tem sido observado com cuidado. Na semana passada, o Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic em 0,75 ponto percentual, para 3,50%, e indicou a intenção de fazer novo aperto da mesma magnitude em sua próxima reunião, em junho.

O movimento ocorre em meio ao aumento persistente da inflação corrente e das expectativas para a inflação de 2022. Nesta terça-feira, a ata dessa reunião apontou que os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) avaliaram que levar a Selic, sem interrupção, até o nível considerado neutro levaria a inflação "consideravelmente" abaixo da meta.

Na pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC com uma centena de economistas, as perspectivas para a inflação este ano vêm aumentando, e estão agora em 5,06%, com a Selic a 5,50%.

“Para quê intervenção militar se já sou presidente?”, diz Bolsonaro

“Sou capitão do Exército”, completa; Presidente conversou com apoiadores (no Poder360)

O presidente Bolsonaro durante desfile militar em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro conversava com apoiadores nesta 3ª feira (11.mai.2021) quando disse a um deles: “Pra quê intervenção militar se eu já sou presidente? Sou capitão do Exército. Está tendo que haver uma intervenção civil em outros lugares”. Deu a declaração no Palácio da Alvorada.

 

O visitante dizia a Bolsonaro que as manifestações favoráveis ao governo não tinham placas favoráveis à intervenção militar e, segundo ele, alguns jornais mostraram o contrário. Nesse contexto, o presidente disse a frase.

Também nesta 3ª o presidente negou a existência de um “orçamento secreto” no governo federal. Deu a declaração a apoiadores no Palácio da Alvorada.

O chefe do Executivo se referia a uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo publicada nesse domingo (9.mai), a qual indica que o governo federal teria montado um “orçamento paralelo” para distribuir emendas do tipo RP9 (emendas de relator) a congressistas para aumentar sua base de apoio. Ainda segundo o jornal, parte dessas verbas teria sido usada para comprar tratores com valores superfaturados.

“MEU EXÉRCITO”

Bolsonaro voltou a falar que o Exército é seu e a jogar dúvidas sobre o sistema eleitoral do país. As declarações foram dadas no último domingo (9.mai) em discurso em frente ao Palácio da Alvorada.

A fala veio em um momento de pressão sobre o governo federal exercida, principalmente, pela CPI (comissão parlamentar de inquérito) do Senado que investiga a forma como o Executivo lida com a pandemia e o uso de recursos repassados pela União a Estados e municípios.

“Tivemos um problema gravíssimo ano passado, algo que ninguém esperava, a pandemia. Mas, aos poucos, vamos vencendo. Podem ter certeza, como chefe supremo das Forças Armadas, jamais o meu exército irá às ruas para mantê-los dentro de casa”, declarou Bolsonaro.

Forças Armadas são a instituição mais confiável para 32,6% dos brasileiros (Poder360)

STF aparece na sequência, com 18,2%; Presidência da República tem 14,8%; Estudo realizado pelo Paraná Pesquisas

Soldados do Exército fazem a segurança do Palácio da Alvorada, em Brasilia

As Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) são a instituição mais confiável do país na opinião dos brasileiros, de acordo com levantamento do Paraná Pesquisas.

O estudo, feito com 873 entrevistas realizadas por telefone em 26 Estados e no Distrito Federal, foi publicado nesta 3ª feira (11.mai.2021). A margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Eis a íntegra da pesquisa (184 KB).

 

A posição mais alta do ranking de instituições mais confiáveis é ocupada pelas Forças Armadas com 32,6% das respostas. O STF (Supremo Tribunal Federal) aparece na sequência, com 18,2%. A Presidência da República está na 3ª colocação com 14,8%.

A lista ainda tem o MPF (Ministério Público Federal), com 12,1%, o Senado Federal, com 2,8%, e a Câmara dos Deputados, com 2,6%. Cerca de 11% dos entrevistados apontaram que “nenhuma” instituição é confiável no Brasil, enquanto 6% não souberam responder.

PODERDATA: AVALIAÇÃO DO TRABALHO DAS FORÇAS ARMADAS

Pesquisa PoderData realizada de 26 a 28 de abril mostrou que o trabalho das Forças Armadas é considerado “bom” ou “ótimo” por 39% da população. A taxa é considerada estável em relação ao levantamento anterior, de janeiro deste ano, que ficou em 41% das respostas.

Outros 18% consideram que os militares fazem um trabalho “ruim” ou “péssimo”, uma variação dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais em relação aos 16% de janeiro. A taxa dos que avaliam a atuação das Forças Armadas como “regular” aumentou de 31% para 36% no mesmo período.

O governo informou, em 30 de março, a demissão de comandantes das Forças Armadas. Foram substituídos Edson Leal Pujol, do Exército; Ilques Barbosa, da Marinha; e Antônio Carlos Bermudez, da Aeronáutica. A decisão foi divulgada em nota enviada pelo Ministério da Defesa (íntegra – 528 KB).

No dia 23 de abril, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que se prepara para um eventual “caos no Brasil”. Afirmou ainda que pode colocar as Forças Armadas nas ruas para “restabelecer todo o artigo 5º da Constituição [que estabelece o direito da livre locomoção no território nacional em tempo de paz]“, em crítica às medidas de restrição decretadas por governadores e prefeitos.

Esta pesquisa foi realizada pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes. Foram 2.500 entrevistas em 482 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

ESTRATIFICAÇÃO

Eis os highlights demográficos das respostas à pergunta: “Como você avalia o trabalho das Forças Armadas do Brasil?”.

Quem mais aprova o trabalho das Forças Armadas:

  • homens (51%);

  • quem tem mais de 60 anos (47%);

  • os moradores da região Norte (58%);

  • os que têm ensino fundamental (42%);

  • os que ganham até 2 salários mínimos (43%).

Quem mais rejeita o trabalho das Forças Armadas:

  • mulheres (18%);

  • quem tem de 25 a 44 anos (24%);

  • os moradores da região Nordeste (25%);

  • os que têm ensino superior (27%);

  • os que ganham mais de 10 salários mínimos (64%).

PESQUISAS MAIS FREQUENTES

O PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.

Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.

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Fonte:
NA/Poder360/Reuters

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