Soja, em dia de realização de lucros nas Bolsas, manda o aviso de que "tudo que sobe, desce" (?!)

Publicado em 17/08/2021 16:21 e atualizado em 17/08/2021 18:26
Tempo & Dinheiro
Edição do Tempo&Dinheiro desta 3a.feira, 17 de agosto/21, com João Batista Olivi

 Anec eleva projeção de exportações de soja e milho do Brasil em agosto

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - As exportações de soja do Brasil devem alcançar ao menos 6,249 milhões de toneladas em agosto, estimou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), ao elevar sua previsão ante a semana anterior, quando projetava 6,092 milhões.

Na mesma linha, a associação informou que os embarques de milho devem atingir neste mês 4,527 milhões de toneladas, volume que supera os 3,987 milhões vistos na semana passada, em meio ao avanço na colheita da segunda safra.

O volume estimado para o milho, no entanto, ainda está atrás dos 6,68 milhões exportados pelo país em agosto de 2020.

No caso da soja, a Anec considera ainda a possibilidade de uma exportação de até 6,5 milhões de toneladas neste mês, no intervalo mais alto da previsão, versus 5,57 milhões de toneladas contabilizadas um ano antes.

Para o milho, a associação cita a possibilidade de que ao menos 4 milhões de toneladas serão embarcadas em agosto, volume que, se confirmado, representará uma queda ainda mais intensa no comparativo anual.

BOLSA EUA - Wall St recua com vendas fracas no varejo; Quase todos os setores do S&P 500 tiveram desempenho negativo

(Reuters) - Os principais índices acionários de Wall Street recuaram nesta terça-feira, pressionados por uma queda nas vendas no varejo dos Estados Unidos, que levantou preocupações com a recuperação econômica do país, e por resultados decepcionantes da empresa Home Depot.

Quase todos os setores do S&P 500 tiveram desempenho negativo, com o segmento de consumo discricionário apresentando a pior performance do dia, ao apurar queda de 2,3%.

As ações da Home Depot caíram 4,3% após o indicador de vendas nas mesmas lojas da empresa nos EUA ficarem aquém das estimativas pela primeira vez em quase dois anos, à medida que os projetos "faça você mesmo" --que ganharam espaço na pandemia-- diminuíram. Os papéis da rival Lowe's Companies cederam 5,8%.

Um relatório mostrou que as vendas no varejo dos EUA caíram mais do que o esperado em julho, à medida que a escassez de oferta deprimiu as compras de veículos motorizados e o aumento dos gastos com a reabertura da economia e os cheques de estímulo diminuíram, sugerindo uma desaceleração no crescimento no início do terceiro trimestre.

"Acredito que a queda das vendas no varejo tenha deixado claro para investidores que a Covid pode muito bem ser um grande problema conforme nos aproximamos do outono (no Hemisfério Norte)", disse Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments em New Vernon, Nova Jersey.

Antes das quedas desta terça-feira, S&P 500 e Dow Jones haviam engatado cinco sessões consecutivas com máximas recordes de fechamento.

"O cenário do mercado continua bastante sólido", disse Katie Nixon, diretora de investimentos da Northern Trust Wealth Management. "A essa altura, quando você tem alguns desses indicadores macro negativos e mercados vendendo em máximas recordes, com 'valuations' bem caros, simplesmente vai haver mais vulnerabilidade a esse tipo de má notícia."

O índice Dow Jones caiu 0,79%, a 35.343 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,706072%, a 4.448 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,93%, a 14.656 pontos.

Ibovespa passa a ter queda no ano com exterior hostil e riscos político e fiscal no Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira, renovando mínima intradia desde abril e voltando a ficar no vermelho no acumulado do ano, em meio a um ambiente externo hostil, com preocupações sobre o crescimento econômico e sem alívio nos ruídos fiscais e políticos no Brasil.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,07%, a 117.903,81 pontos, na véspera de vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. No pior momento, caiu a 116.247,81 pontos, menor patamar intradia desde 5 de abril. No ano, agora acumula queda de 0,94%.

O volume financeiro na sessão somou 38 bilhões de reais.

A disseminação da variante Delta do coronavírus em vários países tem ampliado preocupações sobre a retomada econômica, com números mais fracos do varejo norte-americano pesando em Wall Street e contaminando a bolsa paulista.

Para o líder de alocação de renda variável da Blue3, Victor Licariao, o aumento do risco geopolítico por causa da questão EUA/Talibã e dúvidas sobre o crescimento na China também pressionam as ações, deixando o cenário externo mais turvo, além de incertezas políticas e fiscais no Brasil.

A falta de definição no Congresso em relação à votação de etapa da reforma tributária, segundo o sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane, também adiciona aversão a risco na bolsa paulista.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que tentará colocar em votação o projeto que muda regras do Imposto de Renda no plenário da Casa nesta terça-feira, mas reconheceu que a análise pode ser mais uma vez postergada.

Dólar fecha em queda de 0,25%, a R$ 5,2682

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou em leve queda nesta terça-feira, influenciado por vendas após a cotação superar o patamar psicológico de 5,30 reais e também por um ajuste depois da arrancada no fim da sessão da véspera.

Assim, a cotação no mercado doméstico escapou de uma contaminação mais direta do clima de aversão a risco no exterior, onde o dólar subia de forma generalizada e as bolsas de Nova York caíram perto de 1%. [.NPT]

No Brasil, o dólar à vista perdeu 0,25%, a 5,2682 reais. A moeda trocou de sinal várias vezes durante o pregão e variou de 5,305 reais (+0,45%) a 5,2367 reais (-0,84%).

Bolsonaro fala em ruptura institucional e mantém pedido de impeachment de ministros do Supremo

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar nesta terça-feira em um risco de "ruptura institucional" ao insistir que ministros do Supremo Tribunal Federal estariam tomando decisões inconstitucionais, e repetiu que pedirá ao Senado o impeachment de Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

"Nós continuamos dentro das 4 linhas (da Constituição). Do lado de lá já saíram das 4 linhas, em alguns momentos já saíram. A gente espera que volte para a normalidade. Que ninguém quer uma ruptura. Uma ruptura tem problemas internos e externos, o mundo pode levantar barreiras comerciais contra a gente, causar um caos aqui dentro", disse em entrevista a uma rádio de Mato Grosso.

"E eu tenho que agir dentro das 4 linhas apesar de alguns, como o senhor Alexandre de Moraes, como o senhor Salomão do TSE, estarem fora das 4 linhas. Agora onde é o limite disso? Eu sou leal ao povo brasileiro. O povo vai estar na rua dia 7", acrescentou.

Mais cedo, Bolsonaro usou suas redes sociais para postar parte do discurso que fez na segunda-feira a militares durante o treinamento realizado em Formosa (GO), ao qual a imprensa não teve acesso. De novo ali, falou em "ruptura".

"Não existe entre nós o compromisso maior do que aquele de servir a pátria, de buscar a normalidade, a tranquilidade, a ponderação. Jamais nós seremos os motivadores de qualquer ruptura ou medidas que tragam intranquilidade ao povo brasileiro", afirmou.

O próprio Bolsonaro convocou seus apoiadores a organizarem uma manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, como "último recado" a Barroso, a quem vê hoje como um de seus principais inimigos por ser contrário à proposta de adotar o voto impresso pra urnas eletrônicas. Em conversa com apoiadores, disse que se organizassem o ato ele se "disporia a ir".

De acordo com fonte ouvida pela Reuters, apesar de não admitir em entrevistas, Bolsonaro já confirmou presença em São Paulo e também em um ato em Brasília na manhã de 7 de setembro.

Na entrevista, o presidente disse ainda que "o povo que tem que nos dar o norte do que devemos fazer".

Recentemente, Bolsonaro enviou em sua lista de transmissão de mensagens um texto chamando seus apoiadores para o ato em que se falava em necessidade de muito apoio para um possível "contragolpe" no país.

Os atos que estão sendo organizados nas redes sociais e de mensagens dos grupos bolsonaristas têm como principal mote a defesa do voto impresso e a destituição completa do STF, dos 11 ministros.

Na entrevista, Bolsonaro afirma que negou que critique o STF como um todo, mas que faz críticas "pontuais" e isso "faz parte da democracia".

"O que nós políticos temos em mente, temos que ouvir o povo, é a voz do povo que tem de dar norte para nós. O que não pode é alguns ministros se tornarem dono do mundo, dono da verdade. Quando eu falo do ministro Barroso e do ministro Alexandre estou falando de dois ministros do Supremo. Então quem diz que eu ataco os 11 ministros não está falando a verdade", afirmou.

Governo precisa passar mensagem forte sobre fiscal, diz Campos Neto

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira que o governo precisa passar mensagem forte sobre disciplina fiscal em meio a ruídos sobre a sustentabilidade das contas públicas que têm mexido com os preços no mercado.

A percepção do mercado foi de que tanto a PEC dos Precatórios como a reforma do Imposto de Renda foram propostas para financiar um programa de transferência de renda mais robusto, avaliou Campos Neto, ao participar de live promovida pelo Bradesco.

"Esse ruído recente em torno de o que vai ser o Bolsa Família acho que na verdade está gerando muito barulho para os dados (fiscais) e reconheço que isso é um fato e que o governo precisa passar uma mensagem forte sobre isso", disse.

Por outro lado, Campos Neto afirmou ser preciso pontuar que o cenário fiscal brasileiro hoje é melhor do que o que havia sido esperado no meio da crise de Covid-19.

De acordo com o presidente do BC, os números mostram que o déficit primário neste ano ficará por volta de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e que para 2022, ano de eleições, "não será muito maior que zero".

Campos Neto disse ter sido informado em conversa recente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que o déficit para o próximo ano ficará por volta de 0,3% a 0,4% do PIB.

"Mas não é isso que o mercado está precificando", afirmou ele. "Isso tem a ver com o fato de que muito dos novos projetos o mercado teve a percepção que foram lançados de uma forma muito ligada à vontade do governo de ter um programa Bolsa Família melhor", completou.

Apesar das restrições orçamentárias existentes e que ficaram ainda mais desafiadoras com a conta de precatórios de cerca de 90 bilhões de reais para 2022, o presidente Jair Bolsonaro deu inúmeras declarações a respeito da intenção de elevar o Bolsa Família em 100%, o que levaria o benefício médio do programa para perto de 400 reais.

Mais recentemente, o presidente afirmou ter sido acertado com a equipe econômica que o reajuste no programa será de no mínimo 50%.

O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, já afirmou que a expansão do Bolsa Família para que passe a contemplar 17 milhões de famílias com um benefício médio de 280 a 300 reais demandará entre 26 e 28 bilhões de reais adicionais.

Ele disse ainda que o governo contava com a tributação sobre dividendos prevista no projeto do IR para financiar esse aumento e que um plano B para viabilizar um programa de transferência de renda maior seria contar com a redução de 15 bilhões de reais em gastos tributários, plano que o governo enviará até o Congresso em setembro.

Atualmente, o orçamento do Bolsa Família é de cerca de 34,9 bilhões de reais, alcançando 14,7 milhões de famílias e com benefício médio de 190 reais.

CÂMBIO

O presidente do BC também relacionou as preocupações fiscais com a alta recente do dólar.

Campos Neto apontou que os movimentos cambiais estão sempre sujeitos, no curto prazo, às flutuações nos fluxos, sendo que investidores internacionais buscam alocar recursos onde veem crescimento e sustentabilidade.

"Quando nós estávamos num período recente em que as revisões do crescimento estavam para cima e as revisões para dívida bruta estavam para baixo, começamos a ver a moeda ajustando, começamos a ver mais fluxos para o Brasil, começamos a ver o mercado agir de acordo", disse.

"Então de repente começamos a ver mais ruído político e muito ruído em torno da conexão entre o Bolsa Família e a nova situação fiscal do Brasil", acrescentou ele, afirmando que isso resultou em maior volatilidade cambial.

Para o BC, é importante ver como essa volatilidade impacta as expectativas e as projeções de inflação, complementou.

INFLAÇÃO

Campos Neto também voltou a dizer que o Banco Central fará o que for preciso para que a inflação fique na meta, em referência ao ano de 2022, para o qual o mercado tem piorado seus números.

No boletim Focus mais recente, a projeção para o IPCA no ano que vem subiu pela quarta semana seguida, a 3,87%, ante meta central de 3,5%. O BC, por sua vez, prevê que a inflação ficará exatamente na meta para 2022.

Nesta terça, Campos Neto ressaltou que há muitos choques diferentes atuando sobre a economia e que eles criam inércias que os agentes estão modelando de formas distintas.

"O Banco Central vai olhar toda a informação, vai levar em consideração o fiscal", disse ele, voltando a enfatizar que, sem disciplina fiscal na política macroeconômica, o trabalho para o BC no campo monetário fica muito mais difícil.

Desde quando elevou os juros básicos em 1 ponto no início do mês, para 5,25% ao ano, o BC sinalizou que deverá adotar outro aumento de igual magnitude em sua próxima reunião do Comitê de Política Monetária, em setembro. O BC também destacou que será necessário levar a Selic para além do patamar neutro --cerca de 6,5%-- em sua tarefa de domar a inflação.

Pelo Focus, as projeções já são de uma taxa básica em 7,5% ao final deste ano.

Trabalhadores terão ganho de 4,92% em remuneração do FGTS em 2020

BRASÍLIA (Reuters) - O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira a distribuição de 96% do resultado registrado no balanço do fundo em 2020, proposta que dará aos trabalhadores uma remuneração de 4,92% na aplicação.

Como no ano passado a inflação medida pelo IPCA foi de 4,52%, o ganho real para os cotistas será de 0,4%. Em comparação, a poupança no período rendeu 2,11%.

Em 2020, o resultado auferido pelo FGTS foi de 8,468 bilhões de reais, sendo que a proposta do Ministério da Economia foi de distribuição de 8,129 bilhões de reais.

O depósito dos recursos será feito até o final deste mês, ocorrendo de maneira proporcional ao saldo das contas mantidas pelos trabalhadores na data de 31 de dezembro.

Segundo o governo, cerca de 191,2 milhões de contas serão beneficiadas. Juntas, elas acumulavam 436,2 bilhões de reais ao fim do ano passado.

No ano base de 2019, a remuneração do FGTS foi de 4,9%, ante IPCA de 4,31% e rendimento da poupança de 4,26%.

Vendas no varejo brasileiro crescem 7,2% em julho, segundo ICVA

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro cresceram 7,2% em julho frente ao mesmo período de 2020, conforme dados que descontam a inflação, mostrou nesta terça-feira o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que monitora mensalmente 1,3 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos.

Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, houve aumento de 21,6%. Efeitos de calendário novamente beneficiaram o resultado de julho deste ano. Os números, contudo, mostram desaceleração na base mensal, após expansão real de 9,5% e alta nominal de 23,3% em junho.

De acordo com o chefe de Inteligência da Cielo, Pedro Lippi, o patamar de faturamento do varejo continua, em termos nominais, próximo ao observado no período pré-pandemia. "No entanto, esse crescimento está associado ao aumento da inflação no período", destacou.

Desconsiderando esse efeito, acrescentou, o varejo ainda está cerca de 14% abaixo do patamar observado em 2019.

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Fonte:
Reuters + T&D

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