Chuvas entram pelo Sudeste,e safra-21/22 começa a pegar forma.. Produtores rurais mostram sua força!

Publicado em 01/10/2021 17:00 e atualizado em 01/10/2021 18:02
Tempo & Dinheiro
Edição do Tempo&Dinheiro desta 6a.feira, 1.o de outubro/21, com João Batista Olivi

Wall Street abre outubro em alta por otimismo com economia

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(Reuters) - As ações de Wall Street tiveram forte alta nesta sexta-feira, com o mercado abrindo o quarto trimestre em clima de compras, impulsionado por dados econômicos positivos, progresso na batalha contra a Covid e desenvolvimentos nas negociações em Washington em torno de um projeto de infraestrutura.

Todos os três principais índices de ações dos EUA patinaram no início da sessão, mas passaram a apresentar tendência de alta no fim da tarde, com ações sensíveis a ciclos econômicos liderando os ganhos.

O movimento de alta ganhou força depois que a Casa Branca anunciou que o presidente dos EUA, Joe Biden, está se envolvendo mais nas negociações sobre o projeto de lei de gastos com infraestrutura em debate no Congresso.

Ainda assim, os três índices terminaram abaixo do fechamento da última sexta-feira, caindo entre 1,4% e 3,2% na semana, com o S&P 500 e o Nasdaq Composite apresentando as maiores quedas percentuais semanais desde fevereiro.

"Houve uma recuperação de base ampla hoje. Os mercados não estavam fixados hoje em novos impostos ou na redução de estímulos", disse David Carter, diretor de investimentos da Lenox Wealth Advisors em Nova York.

"Em uma mudança em relação às últimas semanas, não houve grandes notícias de Washington, então os mercados foram forçados a se concentrar em dados econômicos positivos e em um novo medicamento de Covid."

A Merck & Co Inc revelou nesta sexta que um estudo recente mostrou que seu medicamento oral experimental para Covid-19 reduziu o risco de morte e hospitalização em cerca de 50%. Com a notícia, as ações da empresa tiveram alta de 8,4%. [nL1N2QX0OQ]

Dados econômicos divulgados na sexta-feira mostraram aumento nos gastos do consumidor, acelerada atividade fabril e crescimento elevado da inflação, o que pode ajudar a convencer o Federal Reserve (banco central norte-americano) a encurtar seu cronograma de aperto da política monetária.

O índice Dow Jones subiu 1,43%, a 34.326 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,149148%, a 4.357 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,82%, a 14.567 pontos.

Dólar fecha em queda de 1,47%, a R$ 5,3696

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar sofreu nesta sexta-feira a maior queda em três semanas e voltou a ficar abaixo de 5,40 reais, com operadores aproveitando a fraqueza da moeda no exterior para realizar lucros depois de a cotação cravar na véspera sete pregões de alta e fechar no pico em cinco meses.

O dólar à vista caiu 1,47% nesta sexta-feira, a 5,3696 reais, maior desvalorização percentual diária desde 9 de setembro (-1,80%).

O real dividiu com o rand sul-africano o posto de moeda com melhor desempenho global nesta sessão.

O declínio do dólar no dia, contudo, apenas amenizou a alta acumulada na semana, que ficou em 0,47% --a quarta semana consecutiva de ganhos, série positiva mais longa desde a mesma sequência de quatro ganhos entre as semanas findas em 11 de setembro e 2 de outubro de 2020.

Em 2021, o dólar sobe 3,43%.

Ibovespa fecha em alta e retoma faixa dos 112 mil pontos com alívio nos juros futuros e remédio contra Covid-19

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa brasileira abriu o último trimestre de 2021 esboçando recuperação, apoiado no otimismo de agentes do mercado com a sinalização de autoridades monetárias de Brasil e de Estados Unidos que amenizaram temores de uma escalada maior dos juros para conter a inflação.

Além disso, o anúncio de resultados promissores de um remédio contra a Covid-19 também alimentou otimismo nas bolsas, empurrando o Ibovespa, que fechou o dia em alta de 1,73%, aos 112.899,64 pontos. Na semana, porém, o índice caiu 0,34%. Na véspera, cravou o terceiro mês seguido de perda. O giro financeiro da sessão somou 30,2 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, outro membro do Federal Reserve, a presidente da autoridade em Cleveland, Loretta Mester, reforçou a visão de que o Fed só deve subir juro no fim de 2022.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a curva de juros está mais inclinada do que o normal por conta de incertezas fiscais, o que foi lido como sinal de que, levando em conta somente o cenário econômico, há um prêmio na curva e espaço para uma correção, afirmou Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

Com isso, ações de empresas de alto crescimento e das ligadas a consumo e construção, que sofrem mais num ambiente de juros em elevação, se recuperaram.

Em outra frente, a Merck afirmou que uma droga experimental contra Covid-19 reduziu à metade a chance de hospitalização ou morte de pacientes de desenvolver doenças graves.

Além disso, uma bateria de anúncios de empresas domésticas, envolvendo MRV, Banco Inter e Ultrapar repercutiu positivamente nas ações.

DESTAQUES

- BANCO INTER UNIT teve acréscimo de 9,54%, após o banco digital ter anunciado que antecipará para a próxima segunda-feira a divulgação de prévia do terceiro trimestre. O papel acumulou perda de 45% desde a máxima em julho, em meio à piora do mercado e especulações de que o banco faria provisão extra para perdas, o que o Inter negou nesta semana.

- DEXCO ganhou 6,36%, após o Credit Suisse ter elevado o preço-alvo do papel, de 27 para 30 reais. Durante a semana, executivos da companhia citaram cenário otimista para os negócios da companhia neste ano e em 2022, apesar da alta dos juros.

- MRV avançou 3,1%. A construtora anunciou na véspera após o fechamento do mercado que concluiu a venda de um empreendimento na Flórida por 123 milhões de dólares em Valor Geral de Venda (VGV).

- ALLIAR teve incremento de 7,45%. A empresa de diagnósticos médicos anunciou pela manhã a renuncia de Fernando Terni como diretor-presidente, função que será acumulada por Ricardo Dupin, vice-presidente de operações. FLEURY e DASA, potenciais concorrentes a comprar a Alliar, caíram 2,12% e 2,25%, respectivamente.

- PETROBRAS teve avanço de 2,8%. A empresa afirmou que recebeu ofertas pelos campos de Albacora e Albacora Leste, com lances que podem superar 4 bilhões de dólares para ambos os ativos. E que mantém o plano de venda integral de sua fatia na petroquímica Braskem.

- SANTANDER BRASIL evoluiu 4%, puxando a fila da recuperação entre os grandes bancos. ITAÚ UNIBANCO cresceu 2,6%, enquanto BRADESCO foi elevado em 2,5%.

- JBS caiu 1,97%. Pela manhã, chegou a subir após ter anunciado que o BNDESPar cancelou o processo de venda das ações da companhia.

- Fora do índice, ONCOCLÍNICAS disparou 9,4%, após anunciar acordo vinculante para compra de 100% da rival menor Unity numa operação de cerca de 1,1 bilhão de reais.

- BIOMM acelerou 5,5%. A empresa assinou acordo com a CanSino para fornecimento da vacina contra Covid-19 Convidecia no Brasil.

ONS reduz previsão de carga de energia em outubro; vê mais chuvas no Sudeste e Sul

SÃO PAULO (Reuters) - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu nesta sexta-feira a expectativa de carga de energia elétrica no Brasil em outubro para um aumento de 0,8%, a 71.791 MW médios, conforme relatório semanal.

Na semana passada, o operador havia estimado uma alta de 1,3% ante o mesmo mês de 2020.

"As projeções de carga consideram a contínua expansão do setor industrial, ainda que sob efeitos da escassez global de matérias-primas e a depreciação do valor do Real", disse o ONS em nota.

"Além disso, o setor de serviços permanece se recuperando devido à redução das restrições sanitárias contra a Covid-19", acrescentou.

O ONS ainda elevou a projeção de chuvas para hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste a 61% da média histórica, versus 57% na semana anterior.

Já os reservatórios do Sul terão precipitações em 122% da média, versus 93% previstos na semana passada.

Para o Nordeste, as chuvas foram projetadas em 37% da média, abaixo dos 44% da semana anterior.

Brasil tem superávit comercial de US$ 4,3 bi em setembro

BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira teve superávit de 4,3 bilhões de dólares em setembro, queda de 15% pela média diária sobre o mesmo mês do ano passado, desempenho afetado por um aumento mais forte na ponta das importações do que nas exportações.

O resultado, divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Economia, veio abaixo do superávit de 4,5 bilhões de dólares estimado em pesquisa da Reuters com economistas.

Enquanto as importações saltaram 51,9% contra setembro de 2020, a 20 bilhões de dólares, as exportações tiveram um crescimento de 33,3%, a 24,3 bilhões de dólares, sempre pela média diária. Em setembro do ano passado, o superávit comercial foi de 5,1 bilhões de dólares.

Em relação às importações, o destaque ficou com a compra de produtos da indústria de transformação, com alta de 46,6% em setembro sobre um ano antes, a 18 bilhões de dólares.

Dentro do setor, o ministério chamou atenção para o aumento na aquisição de adubos ou fertilizantes químicos (+126,6%, avanço de 47,84 milhões de dólares pela média diária) e de medicamentos e produtos farmacêuticos (+228,8%, alta de 33,97 milhões de dólares pela média diária).

As vendas para o exterior também subiram nas outras categorias: 240% na indústria extrativa, a 1,31 bilhão de dólares e 40,6% na agropecuária, a 450 milhões de dólares.

Na ponta das exportações todos os setores mostraram expansão em setembro. As vendas de produtos de indústria de transformação subiram 36,2%, a 13,22 bilhões de dólares. Na indústria extrativa, a alta foi de 41,1%, a 6,93 bilhões de dólares, e na agropecuária de 12,4%, a 3,97 bilhões de dólares.

No acumulado de janeiro a setembro, a balança comercial registra superávit de 56,4 bilhões de dólares, superior ao saldo positivo de 40,8 bilhões de dólares de igual período do ano passado e ao resultado consolidado de 2020, de superávit de 50,4 bilhões de dólares.Para 2021, o ministério previu que as trocas comerciais ficarão superavitárias em 70,9 bilhões de dólares, abaixo do patamar de 105,3 bilhões de dólares projetado em julho, mas num nível que ainda será recorde.

A revisão foi motivada pela perspectiva de maiores importações (210,1 bilhões de dólares, frente a 202,2 bilhões de dólares antes), enquanto a projeção para as exportações caiu substancialmente: 281,0 bilhões de dólares, sobre 307,5 bilhões de dólares na estimativa de julho.

Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, o último trimestre foi marcado por uma desaceleração nos preços de exportações, o que contribuiu para a mudança nos números.

Ele lembrou que o minério de ferro, importante produto da pauta comercial brasileira, chegou a patamar recorde de 160 dólares a tonelada até agosto, valor que caiu para 120 dólares no último mês.

Quanto às importações, o movimento foi contrário: elevação nos preços dos bens comprados num quadro de demanda interna aquecida, principalmente por commodities energéticas, com destaque para produtos como óleos combustíveis e gás natural liquefeito. Com isso, a previsão para as importações no ano subiu.

"Vivemos uma recuperação da demanda interna por conta do aumento da atividade econômica. Maior atividade econômica demanda mais bens importados, por exemplo partes e peças. Adubos e fertilizantes também, por conta da produção agrícola", complementou Brandão.

Importadores e distribuidores de combustíveis pedem isenção de taxa de importação de etanol

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Importadores e distribuidores de combustíveis no Brasil se preparam para enviar um ofício a um órgão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) no início da próxima semana que pede a isenção de taxa de importação de 20% sobre o etanol anidro, diante da baixa oferta do produto no país.

Um ofício com a demanda já foi enviado ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e ao presidente da Câmara, Arthur Lira, nesta semana, disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.

No documento, visto pela Reuters, as companhias explicam que a isenção permitirá reduzir o custo da gasolina em cerca de 18 centavos de real por litro, com impactos favoráveis ao consumidor.

"Estamos apresentando uma oportunidade para redução imediata no preço da gasolina", disse Araújo.

"Esta sugestão está sendo enviada também para todos os membros do Gecex (Comitê-Executivo de Gestão da Camex). Estamos nos preparativos finais, possivelmente na segunda-feira."

O corte de custos, de acordo com o ofício, poderá representar uma redução para o consumidor final da ordem de 25 centavos de real por litro da gasolina C, vendida nos postos revendedores, dependendo da carga tributária incidente (ICMS) e custos logísticos.

O setor de etanol no Brasil sofre com oferta reduzida devido à quebra de safra no centro-sul. A isenção da taxa de importação sobre o insumo potencialmente beneficiará os Estados Unidos, os maiores produtores de etanol do mundo.

Além da Abicom, participam da iniciativa a Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom), a Ipiranga, do grupo Ultra, e a Vibra Energia.

Com ritmo de alta de 1 ponto na Selic, somos capazes de atingir meta de inflação em 2022, diz Campos Neto

BRASÍLIA (Reuters) -O Banco Central está "muito comprometido" em levar a inflação para meta em 2022 e, com o ritmo de aperto de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, a avaliação é que será capaz de cumprir a missão, defendeu nesta sexta-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Ao participar de webinar promovido pelo Morgan Stanley, Campos Neto reiterou em diversos momentos que a taxa básica de juros ficará no nível que for necessário para o BC entregar a inflação na meta.

"Achamos que temos que atingir as metas de inflação e temos dito que a taxa terminal importa mais que o ritmo (de alta). E a taxa terminal será a que tiver que ser para nós atingirmos a meta", afirmou ele, em inglês.

"Estamos muito comprometidos com (a meta de) 2022. Em nosso modelo, em nosso processo, em nossa visão de pensar e em nossa discussão acerca da tomada de decisão, achamos que, com o ritmo que temos agora e com o instrumento que temos agora, nós somos capazes de atingir a meta. É isso que temos tentado comunicar", complementou.

O BC elevou a Selic em 1 ponto percentual na semana passada, a 6,25%, e indicou que deverá repetir a dose ao fim da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para os dias 26 e 27 deste mês.

Campos Neto reconheceu que o núcleo da inflação está muito acima da meta, com disseminação nos preços, mas frisou que o BC está agindo.

"Não acreditamos em ajustar metas, acreditamos em atingir metas", disse.

Para o presidente do BC, o nível mais alto para a inflação será visto no índice acumulado até setembro, com arrefecimento posterior.

As últimas comunicações da autoridade monetária no sentido de que mira um ciclo mais longo de aperto monetário, em detrimento de um ajuste mais duro nos juros, têm sido feitas em meio a questionamentos do mercado sobre a real capacidade de o BC atingir a meta de inflação em 2022 sem prejudicar o caminho para 2023. Ambos os anos fazem parte do horizonte relevante para a política monetária.

A conta mais recente do mercado para a inflação no ano que vem é de alta de 4,12%, conforme o boletim Focus, ao passo que o BC vê o número em 3,7% em seu cenário básico. A meta para o próximo ano é de IPCA em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Para 2023, economistas projetam elevação do IPCA de 3,25%, em linha com estimativa do BC de 3,2% e com a meta de 3,25%, também com banda de 1,5 ponto.

Ao ser questionado nesta sexta-feira se a inflação em 2023 não ficaria muito abaixo da meta com os esforços que a autoridade monetária teria que fazer para entregar o IPCA no alvo em 2022, Campos Neto respondeu que isso sempre envolve uma troca entre a perspectiva de propagação e a perspectiva de reação à política monetária do BC em termos de credibilidade, e que isso varia em diferentes países.

"No nosso caso, credibilidade (do BC) é chave", respondeu. "Estamos muito fortes em passar a mensagem de que vamos fazer o que precisar ser feito para trazer a inflação para as metas."

Na véspera, tanto Campos Neto quanto o diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, sinalizaram que o BC levará a taxa básica de juros para além do patamar de 8,5% em sua tarefa de domar a persistente inflação no Brasil, com o entendimento de que o nível final da Selic é mais importante do que um eventual endurecimento no ritmo de aperto.

Guedes fala em extensão do auxílio emergencial; assessoria retifica

BRASÍLIA (Reuters) -O ministro da Economia, Paulo Guedes, causou ruído nesta sexta-feira ao mencionar que o auxílio emergencial seria estendido, informação corrigida em seguida por sua assessoria de imprensa.

Ao citar medidas que serão tomadas pelo governo até o fim deste ano, Guedes afirmou que "o ministro João Roma (Cidadania) vai estender o auxílio emergencial".

Em nota divulgada pouco depois, a assessoria de Guedes afirmou que a referência era ao Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família, segundo medida provisória editada em agosto.

O incidente ocorre em meio a dificuldades do Executivo em chegar a uma solução orçamentária que viabilize o reforço ao Bolsa Família, medida vista como peça importante na estratégia de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Nesse cenário, lideranças da Câmara e governo já discutem a eventual prorrogação do auxílio emergencial, previsto para expirar em outubro.

O governo já anunciou que quer elevar o número de beneficiados pelo Bolsa Família e também o valor do pagamento --de uma média de cerca de 190 reais para cerca de 300 reais. Para tanto, conta com a aprovação pelo Congresso da taxação de dividendos, prevista na reforma do Imposto de Renda.

O governo também diz que precisa abrir espaço no teto de gastos e por isso quer alterar a regra de pagamento dos precatórios, despesa discricionária que tem tido crescimento expressivo.

Durante seu discurso, Guedes afirmou que o país terá que fazer uma escolha entre ajudar vulneráveis ou pagar os precatórios de forma imediata e reiterou que o governo precisa da ajuda do Congresso para viabilizar o reforço do Bolsa Família.

Guedes disse que o governo recebeu comandos conflitantes. De um lado, é obrigado a pagar os precatórios "instantaneamente" e, de outro, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo passe a pagar a partir do próximo ano a renda básica de cidadania.

"Se o próprio Supremo nos dá um comando para aumentar a base e o valor da renda básica, ou do auxílio emergencial, e nós estamos passando de 14 para 17 milhões (de beneficiados) e estamos passando (o valor do benefício) de 180 reais para quase 300 reais... esse comando conflita com o comando de pagar os precatórios instantaneamente, então nós temos que escolher", disse Guedes.

O ministro afirmou que aguarda então uma orientação do STF, mas que conta também com a contribuição do Congresso.

"O Congresso aprovando a PEC dos Precatórios e aprovando a reforma do Imposto de Renda, nós temos garantido o Bolsa Família subindo mais de 60%, bem mais do que subiu a comida, o combustível, tudo isso", disse Guedes.

 

Criadores britânicos de porcos pedem ajuda diante de iminência de abate

LONDRES (Reuters) - Criadores de porcos do Reino Unido alertaram nesta sexta-feira para uma crise de carne suína a menos que o governo amenize com urgência uma falta aguda de funcionários de matadouros que deixa mais de 150 mil animais retidos nas fazendas e cria a perspectiva de um abate custoso.

Um êxodo repentino de trabalhadores da União Europeia, ocorrido depois que os lockdowns da Covid-19 diminuíram, ameaça a sobrevivência de muitas fazendas de criação de porcos, e nesta sexta-feira elas pediram aos varejistas que não recorram à carne suína mais barata da UE.

A Associação Nacional de Criadores de Porcos disse que o setor está elevando salários e tentando intensificar o treinamento e a automação desde que a pandemia, combinada às novas regras imigratórias pós-Brexit, passou a afetar um setor que sempre teve dificuldade para empregar.

No meio-tempo, os criadores enfrentam uma grande escassez de açougueiros e carniceiros, o que significa que até 150 mil porcos que já deveriam ter sido abatidos continuam nas fazendas.

A associação, que pediu ao governo que relaxe as regras imigratórias durante seis a nove meses para aliviar o setor, disse que as conversas com o governo chegaram a um impasse.

"Estou recebendo ligações, entra dia, sai dia, de criadores de todo o país que estão em uma situação perigosa por estarem com porcos demais nas fazendas", disse Rob Mutimer, presidente da associação e criador de Norfolk, à Reuters.

Ele disse que o setor sempre soube que perderia trabalhadores europeus depois que o Reino Unido decidiu se desfiliar da UE, mas que a suspensão das regras de viagem da Covid no início deste ano levou muitos, que não voltavam para casa há 18 meses, a partirem em massa.

"O setor de alimentos inteiro não consegue arcar com uma perda de mão de obra tão enorme no curto prazo", disse.

"Sim, o setor precisa treinar ingleses, e precisa se tornar mais automatizado, sabemos disso, e está acontecendo, existe um investimento maciço sendo feito nestas instalações para reduzir a dependência de mão de obra estrangeira."

Mutimer disse que algumas fábricas estão aumentando os salários em 15% e procurando investir mais em tecnologia enquanto encaram o fato de que o setor contou com mão de obra barata durante tempo demais.

Mas por ora, eles precisam que o governo os apoie e que os varejistas continuem comprando.

Britânicos reclamam de postos ainda sem combustível

LONDRES (Reuters) - Muitos postos de combustível do Reino Unido continuavam secos nesta sexta-feira depois de uma semana caótica que testemunhou compras por impulso, pessoas brigando nas bombas e motoristas enchendo garrafas de água com combustível depois que uma escassez aguda de caminhoneiros deixou as cadeias de suprimento à beira do colapso.

A carência de trabalhadores na esteira do Brexit e da pandemia de Covid semeia caos em alguns setores da economia, afetando as entregas de combustível e remédios e deixando até 150 mil porcos retidos em fazendas.

Ministros britânicos insistem há dias que a crise está recuando ou até que terminou, mas varejistas disseram que mais de dois mil postos de combustível estão secos, e repórteres da Reuters em Londres e no sul da Inglaterra disseram que dezenas de bombas ainda estão fechadas.

Filas de motoristas muitas vezes irados se estendiam dos postos ainda abertos na capital inglesa.

"Estou completamente, completamente farto. Por que o país não está pronto para nada?", questionou Ata Uriakhil, taxista afegão de 47 anos e o primeiro de uma fila de mais de 40 carros em um posto fechado da rede Sainsbury's em Richmond.

Ministros dizem que o mundo está enfrentando uma falta generalizada de caminhoneiros e que estão trabalhando para amenizar a crise. Eles negam que a situação seja consequência de um êxodo de trabalhadores vindos da União Europeia na esteira da saída britânica do bloco, e refutam os temores de que o país esteja rumando para um "inverno de descontentamento" de escassez e blecautes.

China celebra data nacional com grande incursão aérea perto de Taiwan

TAIPÉ (Reuters) - A Força Aérea de Taiwan voltou a se acionada nesta sexta-feira para repelir 25 aeronaves chinesas que entraram em sua zona de defesa aérea, disse o Ministério das Relações Exteriores taiwanês, o mesmo dia em que Pequim comemorou o feriado da fundação da República Popular da China.

Reivindicada pelos chineses, Taiwan se queixa há um ano ou mais de diversas missões da Força Aérea chinesa perto da ilha de governo democrático, muitas vezes na parte sudoeste de sua zona de defesa aérea próxima das Ilhas Pratas sob controle taiwanês.

A missão chinesa mais recente envolveu 18 caças J-16 e quatro Su-30, além de dois bombardeiros de capacidade nuclear H-6 e uma aeronave antissubmarino, segundo a chancelaria de Taiwan.

O governo da ilha disse ainda que seu país enviou aeronaves para repelir os aviões chineses, e sistemas de mísseis foram mobilizados para monitorá-los.

As aeronaves chinesas voaram em uma área próxima das Pratas, e os dois bombardeiros se aproximaram mais do atol, de acordo com um mapa divulgado pela chancelaria.

A China não comentou de imediato.

A maior incursão até o momento aconteceu em junho e envolveu 28 aeronaves da Força Aérea chinesa.

A China intensifica sua pressão militar e política para tentar forçar Taiwan a aceitar a soberania chinesa, mas a ilha diz que é um país independente e que defenderá sua liberdade e sua democracia.

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