HOME VÍDEOS NOTÍCIAS METEOROLOGIA FOTOS

Soja: Relação de troca com o KCl, base porto de Paranaguá, tem aumento de 13% em um mês

Publicado em 05/04/2022 11:01 e atualizado em 05/04/2022 14:58
Jeferson Souza
Recuo da soja - principalmente em reais com peso do câmbio - e contínua alta dos fertilizantes continua reduzindo expressivamente a diminuição do poder de compra do produtor brasileiro. Apenas na última semana, alta do cloreto de potássio foi de US$ 100 por tonelada. Fosfatados e nitrogenados continuam também em patamares muito elevados.

Podcast

Entrevista com Jeferson Souza no Bom Dia Agronegócio

Logotipo Notícias Agrícolas

Os preços dos fertilizantes seguem apresentando altas muito intensas e expressivas nos últimos dias e impactando diretamente as relações de troca para os produtores brasileiros. O avanço é tão expressivo que nem mesmo o dólar bem mais baixo ajuda a amenizar a formação das referências no Brasil. Segundo Jeferson Souza, analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, as dificuldades ainda são muitas e poderão se agravar, enquanto a janela de compra dos produtores brasileiros vai se estreitando cada vez mais. 

Somente na última semana, o cloreto de potássio - KCl - registrou uma alta de US$ 100,00 por tonelada, pesando ainda mais sobre a o poder de compra do produtor visando já a safra 2022/23 de soja. São cerca de US$ 1200,00 por tonelada, custo e frete Brasil. 

"A relação de troca explode mais uma vez para o produtor brasileiro porque temos uma combinação complicada de soja em queda e fertilizante em alta", explica Souza. São 41 sacas de soja para uma tonelada de cloreto de potássio, um aumento de 13% em um mês, com referência no porto de Paranaguá. Quando essa relação é colocada no interior do país, ela fica ainda mais cara e parte desse incremento se dá pelos fretes em patamares também muito altos. 

Relação de troca soja x kcl
Relação de troca soja 2022/23 x KCl - Porto de Paranaguá - Gráfico: Agrinvest Commodities

Diante destes números, os produtores ficam ainda mais apreensivos e tentando otimizar seus recursos, como repensando suas práticas de adubação. "Uma máxima que eu tenho escutado é 'vamos reduzir a adubação', e isso como será possível, e cada produtor vai seguir uma linha", explica o analista. "Se isso terá impacto sobre a produtividade é uma boa pergunta e isso veremos neste ano e no ano que vem", completa. 

Entre as principais preocupações de Souza estão a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, os problemas e sanções na Bielorrússia e a China fora do mercado desde outubro. Até mesmo produtores chineses, em importantes províncias produtoras, sofrem com a chegada comprometida de matérias-primas e a circunstância preocupa ainda mais.

"Se a China está com dificuldades de atender seus próprios produtores, ela não deverá voltar tão cedo a exportar", explica o analista. 

E a maior preocupação de Jeferson Souza para o Brasil é o segundo trimestre, onde a oferta poder ficar ainda mais comprometida no país. "Temos que ter muito cuidado, olhar atentamente os line-ups e também nossas importações. Serão números importantes para entendermos essa oferta de fertilizantes daqui pra frente", afirma. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário