Fretes: Preços são até 15% mais altos do que no mesmo período de 22 e tendência é de que sigam elevados
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O mercado de fretes está bastante aquecido no Brasil e, como explicou o pesquisador da ESALQ-LOG, Fernando Bastiani, reflete dois fatores principalmente: as safras recordes e o atraso da colheita do milho. "Estamos de duas a três semanas atrasados em relação ao ciclo passado, reflexo das chuvas do início do ano, que acabou atrasando a safra da soja, e isso com certeza tem impacto no mercado de fretes", diz, durante entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta terça-feira (15).
Ao contrário também do que se observou no ano passado, neste mesmo período e principalmente em setembro, já era possível ver este mercado recuando, coisa que não acontece em 2023. Além disso, os valores não se arrefecem no mesmo ritmo do que o ano passado em função não só dos maiores volumes de milho sendo escoados, mas também mais soja e mais açúcar ao ser comparados com a safra anterior, bem com a demanda maior também por transporte de insumos, em especial fertilizantes.
"A tendência é de que os preços continuem bastante elevados até o final do ano diante deste alto volume que o Brasil ainda precisa escoar. Assim, de maneira geral, nossas estimativas dão conta de que os preços dos fretes devem seguir de 10% a 15% maiores quando comparado com o mesmo período do ano passado, neste segundo semestre", detalha Bastiani.
E ele ainda pontua que os preços do óleo diesel estão menores do que no mesmo período de 2022, o que justifica de forma ainda mais clara que as altas nos frestes estão, primariamente, atreladas às super safras do Brasil.
Como referência, o pesquisador citou a rota Sorriso/MT até o terminal hidroviário de Itaituba/PA fechando julho com média de R$ 315,00 por tonelada, podendo alcançar, em agosto, algo como R$ 330,00.
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