Capim Amargoso resistente ao glifosato exige maior atenção ao controle e produtor deve adotar práticas de manejo diferenciadas

Guilherme Minozzi, pesquisador da Dow AgroSciences, faz um alerta aos produtores para a resistência de plantas daninhas ao glifosato na cultura do algodão, em especial no que diz respeito ao capim amargoso.
Ele destaca que, nos três últimos anos, houve uma grande disseminação do capim amargoso no Cerrado brasileiro, principalmente no Mato Grosso e na região Oeste da Bahia, que são duas das principais regiões produtoras de algodão.
Hoje, independentemente da biotecnologia utilizada pelo produtor, é importante que se realize o manejo integrado de plantas daninhas, utilizando pré-emergentes, de forma a possuir ingredientes ativos diferentes da pós-emergência. Na pós-emergência, é importante que essa aplicação seja feita antes da formação de rizomas, para obter uma eficiência de controle superior, com doses menores, contribuindo também para a rentabilidade.
Além do capim amargoso, há outras espécies resistentes, como a buva e o capim pé-de-galinha. Para realizar o manejo integrado, o produtor precisa conhecer ao máximo os talhões de sua propriedade e também da propriedade dos vizinhos, já que as plantas podem surgir nas margens.
Na cultura da soja, o glifosato há apresenta um exemplo de experiência que pode ser replicada pelo algodão, como lembra Minozzi. Cerca de 15% da produtividade da soja pode ser perdida com a presença de plantas daninhas, o que também pode se aplicar, nas devidas proporções, ao algodoeiro.
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