Boi: Com Operação Carne Fraca, frigoríficos iniciam a semana fora das compras

Publicado em 20/03/2017 17:14
Confira a entrevista de Alex Santos Lopes - Analista da Scot Consultoria
Setor está preocupado com as exportações de carne bovina do Brasil. Nesse início de semana, alguns importantes compradores anunciaram embargo temporário às compras de carne do país. Perspectiva é que o mercado volte a trabalhar os fundamentos nos próximos dias. Demanda permanece enfraquecida no mercado interno.
Em momento de especulação em torno da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, com informações ainda muito desencontradas, o mercado do boi gordo abriu a semana com alguns impactos, incluindo o fato de alguns frigoríficos estarem fora do negócio, como aponta o analista de mercado Alex Santos Lopes, da Scot Consultoria.

 

De acordo com Santos, o mercado está "mais parado do que o habitual". A segunda feira é um dia típico de poucas negociações, mas os frigoríficos parecem analisar a situação da demanda e como este fator vem se aproximando ao longo da semana. Caso haja impacto, poderá haver a decisão de se posicionar em um aumento ou diminuição de compra de matéria prima.

A arroba vem trabalhando de lado nos últimos dias, levando em consideração os outros fundamentos. A demanda mais baixa, decorrência da crise econômica, ainda é o principal fator destacado. Embora os números indiquem recuperação da economia, não houve recuperação consistente de demanda. Com isso, as indústrias também não têm incentivo em intensificar as compras e o escoamento é complicado. Por outro lado, a tendência de mais oferta de fêmeas para o abate é um fator baixista que os pecuaristas devem ficar de olho.

Para os pecuaristas, a margem é menor do que era nos anos anteriores. Existe uma diferença entre 20% na queda do preço da arroba e da valorização do custo de produção.

Alguns países como China, Coreia do Sul, Chile e a União Europeia já declararam embargo a produtos brasileiros, o que pode afetar o mercado do boi e o preço das carnes em geral. Os embargos, porém, ainda não são constituídos e dependem de análise do andamento da operação.

Com isso, o momento é de cautela, como avalia o analista. Assim como a indústria, que aguarda para realizar novos negócios, todo o setor deve acompanhar essa atitude no momento.

 

 

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Por:
Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Eduardo Ferraz Pacheco de Castro Cuiabá - MT

    Eu acho que isso é uma questão de POSICIONAMENTO também! Dos BRASILEIROS, da INDÚSTRIA DA CARNE e dos SUPERMERCADOS ATACADISTAS. Eu acho que o pessoal precisa se POSICIONAR efetivamente... Precisamos responder a TODOS não com palavras, mas com ATITUDES CONCRETAS.

    Eu se fosse Atacadista de Supermercado, da Indústria Frigorífica ou Processador, SINCERAMENTE, eu colocaria a CARNE em "PROMOÇÃO", colocaria a carne pra brigar temporariamente com o Frango, com o Porco.

    E mostraria o que todo BRASILEIRO SABE: que a nossa carne é BOA, SAUDÁVEL, super SABOROSA!

    Proporcionaria à todas as famílias o retorno ao consumo da CARNE. Isso traria MAIS AINDA o CLIENTE para o nosso lado. Sim, o nosso MAIOR CLIENTE que é o BRASILEIRO, o consumidor do dia-a-dia, a DONA DE CASA precisa estar do nosso lado.

    E com esse consumo voltando e a gradual recuperação da economia, haverá um enxugamento do mercado e por consequência a reabertura de NOVAS PLANTAS FRIGORÍFICAS e/ou COOPERATIVAS.

    O negócio tomou uma proporção maior do que realmente é.

    A CARNE BRASILEIRA é um produto nacional, BOM, de qualidade.

    Eu mesmo vou continuar comendo CARNE e estou até feliz pelas outras pessoas que poderão voltar a comprar.

    E obviamente, pra não esquecer: cadeia pros Bandidos!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Faça como eu, va' ao supermercado e compre um pernil desossado e temperado da Sadia, coloque no forno em fogo brando por quatro horas ,, garanto que nunca mais vai prestar atenção a quaisquer polemicas-----Alem disso sugiro que o acompanhamento seja feito com mandioca amarela frita e crocante---Experimente vale a pena ..Viu?

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Tudo se explica com esses fundamentos: "Em seu livro "O Caminho da Servidão", escrito ainda em 1944, Friedrich Hayek explicou que, quanto maiores e mais reguladores se tornassem os governos, maiores e mais poderosas seriam as grandes corporações.

      Para Hayek, quanto maior se tornasse o governo, quanto mais subsídios e protecionismos ele praticasse, mais dominantes seriam as grandes empresas e menos prósperas seriam as pequenas e médias empresas.

      A economia seria cada vez mais dominada por grandes empresas quanto mais poderoso, protecionista e regulador se tornasse o governo.

      Vale enfatizar que Hayek explicou e previu tudo isso em uma época em que havia pouquíssimas corporações. ... Isso é o inicio do artigo que se encontra no link ... http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2652 ... BOA LEITURA !!!

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