Mercado do boi segue pressionado com aumento pontual da oferta.Mas futuro já sinaliza preocupação com disponibilidade de animais

Publicado em 04/07/2017 12:50
Confira a entrevista com Gustavo Figueiredo Analista da AgroAgility
Apesar das incertezas em relação ao futuro da JBS e ao crescimento da demanda no último trimestre do ano, Bolsa em São Paulo reage com percepção de exagero no movimento de queda que levou cotação de outubro para patamares inferiores a R$120,00/@

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Confira a entrevista com Gustavo Figueiredo Analista da AgroAgility

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Gustavo Figueiredo, analista da Agroagility, destaca que o mercado físico do boi gordo ainda está bem pressionado. Em São Paulo, há uma máxima de R$130/@ a vista para descontar e mínimas de R$125/@ para descontar. Alguns frigoríficos possuem escalas bem confortáveis, não somente no estado, como também em Goiás e Mato Grosso.

Em vários estados, a seca vem fazendo efeito sobre a oferta, principalmente no Norte. Assim, essa oferta deve aumentar e pressionar as cotações nos próximos dias.

O JBS também conseguiu alongar as suas escalas, a medida em que as pessoas foram perdendo o medo de vender para o frigorífico e que também foram pagos preços de até R$4/@ acima do conorrente. Por outro lado, a disponibilidade para os concorrentes também aumentou por falta de entrega para a JBS e unidades do Marfrig e do Minerva foram reativadas.

A tendência do mercado físico é continuar pressionado, em função das escalas confortáveis, como visualiza Figueiredo. A percepção de uma alta no mercado futuro vem combinada com o risco de falta de animais por conta do confinamento e da retomada dos frigoríficos.

Para ele, o JBS ainda representa risco, uma vez que não se sabe como está a negociação da empresa com os bancos neste momento, além da impossibilidade de vendas dos ativos. Contudo, a movimentação está normal até o presente momento.

O mês de junho também foi bom para a exportação: a arroba mais barata fez com que o país retomasse o patamar de 100 mil toneladas por mês. O embargo dos Estados Unidos ainda não impacta em volume, mas pode trazer problemas pelo país norte-americano ser uma referência. Entretanto, o mundo é dependente da carne brasileira.

O analista aconselha os produtores a olharem o mercado futuro e o custo dos grãos para analisar se o confinamento irá compensar. Com isso, contas devem ser feitas. Podem ser compradas também opções de call para se defender em uma possível notícia negativa.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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