Arroba do boi dispara em SP e movimento se repete em outras praças, inclusive com estreitamento nos diferenciais de base

Publicado em 24/10/2019 13:39
Gustavo Rezende Machado - Analista da Agrifatto
Frigoríficos já não contam com subprodutos para ter margem positiva. Só a venda da carne garante margem positiva média de 1,7% no ano

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Mercado do Boi Gordo - Entrevista com Gustavo Rezende Machado - Analista da Agrifatto

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No estado de São Paulo, a arroba do boi gordo registrou recentes valorizações nos últimos dias e esse cenário está se repetindo nas demais localidades. Com isso, o diferencial de base está muito estreito entre as regiões.

As cotações futuras indicam que os preços vão continuar com ágio nos próximos meses e o cenário deve continuar com uma conjuntura de oferta e demanda bem apertada. Assim como está sendo observado em São Paulo, os preços nas demais localidades estão aumento com os frigoríficos em busca de matéria-prima.

Segundo o Analista de Mercado da Agrifatto, Gustavo Rezende Machado, os preços estão fortalecidos e renovando as máximas. “As mínimas para o boi gordo em São Paulo estavam em R$ 151,00/@ e nesta terça-feira atingiram os patamares de R$ 157,00/@ e conseguimos máximas de R$ 170,00/@. Além disso, o indicador do Cepea chegou aos R$ 166,45/@”, afirma.

 “No Mato Grosso do Sul tem negócios próximos a R$ 160,00/@. No Mato Grosso está com preços para os animais comuns acima de R$ 152,00/@. Essas altas estão acontecendo de tal maneira que esses diferenciais de base têm ficado mais estreitos e os valores no interior do país estão se aproximando dos patamares vistos em São Paulo”, comenta.

As altas estão apoiadas em uma oferta restrita de animais e nas exportações aquecidas. “Podemos ter também um mercado interno mais fortalecido com o aumento do consumo. Nos próximos meses, não vamos ter animais de pasto e esse cenário altista tende a continuar até os primeiros meses do ano que vem”, ressalta.

Com relação ao confinamento, o analista aponta que a saída dos animais do segundo giro não impactou nos preços da arroba. “Os animais terminados no confinamento foram destinados ao mercado externo e contam os padrões exigidos para a exportação. Outro fator é que os animais já entraram nos confinamentos travados, ou seja, já tinham donos”, relata.

Os meses de outubro e novembro são períodos em que o volume exportado aumenta, mas neste ano podemos ter um volume recorde embarcado em outubro. “O ritmo médio embarcado por dia ficou em 7,7 mil toneladas. Nesta primeira metade do mês embarcamos 108 mil toneladas, se esse volume se mantiver, nós projetamos exportações acima de 175 mil toneladas”, conta.

As margens das indústrias frigoríficas não precisam contar com subprodutos para conseguir margens positivas.   “Na média desse mês de outubro em 1,7% e pegamos o valor da carne no atacado e descontamos o que ela pagou pela a matéria-prima. Isso é uma coisa inédita até 2016 em que tivemos médias anuais de menos 3,00%”, disse o analista.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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