Frigoríficos derrubam preços de compra da arroba do boi em até 20 reais, mas negócios travam

Publicado em 18/03/2020 14:06 e atualizado em 18/03/2020 15:16
Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos
Indústrias tentam se adequar às novas realidades da demanda, por causa do coronavírus, com férias coletivas e pressão nos preços do boi gordo

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Mercado do Boi Gordo - Entrevista com Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos

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Com dificuldade em escoar a carne no mercado e o avanço do coronavírus no Brasil, as indústrias frigoríficas começaram a ofertar valores R$ 20,00 a menos para a arroba do boi gordo. Contudo, a oferta de animais ainda segue restrita na maioria das regiões produtoras e os pecuaristas contam com pastagens de boa qualidade. 

 

De acordo com o analista de mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, as referências registraram um recuo nas cotações da arroba. “A queda nas cotações ainda não está efetivado, pois acompanhamos o aplicativo que faz uma coleta dos preços a nível mundial. Até o momento, não tem confirmação de que os frigoríficos conseguiram confirmar essa queda no preço ofertado”, relata. 

 

Na semana passada, os preços praticados no estado de São Paulo estavam próximos de R$ 200,00/@ a R$ 205,00/@.”Tem lotes de animais que foram abatidos na segunda-feira e foram negociados  a R$ 200,00 por arroba, mas que foram comercializadas a uma semana atrás. Hoje, as indústrias estão ofertando R$ 180,00/@ no estado de São Paulo”, comenta. 

 

Em função da disseminação do coronavírus no Brasil, as indústrias frigoríficas estão enfrentando problemas no escoamento de carne bovina no mercado doméstico. “Diante disso, os países estão fechando as fronteiras, mas a China está voltando ao mercado com um rimo ainda lento devido a falta de containers”, aponta. 

 

O analista aponta que a tendência é que os preços devem  registrar desvalorizações diante do cenário de pandemia. “Pode até ser que tenha uma alta em função de um pico de demanda já que as pessoas estão assustadas. No entanto, esse pico não deve se manter ao longo do mês. Eu não acredito que a pecuária vai passar ilesa com essa situação”, explica Junqueira.

 

Com relação ao fechamento dos portos brasileiros, os estivadores receberam informações e optaram por não ir trabalhar nesta quarta-feira (18). “Talvez pode entrar uma força policial e do exército para não deixar que as atividades no porto para não prejudicar o abastecimento, pois isso só pode agravar a situação. Por isso, eu acredito que isso dificilmente pode acontecer ”, informou.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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