Boi: Escalas de abate em SP registram o maior nível desde outubro do ano passado
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Entrevista com Douglas Coelho - Sócio da Radar Investimentos sobre o Mercado do Boi Gordo
DownloadEm entrevista ao Notícias Agrícolas, o Sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, destacou que as programações de abate registraram um alívio nos últimos dias. “Nós acreditamos que isso é reflexo do aumento da oferta de animais já que as pastagens estão perdendo a qualidade. A média de escala está em seu maior nível desde ano passado, sendo que hoje temos 3,75 dias úteis e foi o maior patamar observado desde 31 de outubro”, comenta.
Historicamente a desova de animais ocorre no final de maio e começo de junho, porém nas últimas últimas a frequência e o volume de precipitações reduziram. “Nós estamos em abril e a cotação da arroba continua remuneradora ao pecuarista, na qual a referência em São Paulo para o boi comum gira ao redor de R$ 196,00/@ e o boi China segue com um ágio de R$ 5,00/@, afirma.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem sustentados e temos um valor em torno de R$ 13,12/kg. “Nós estamos vendo uma movimentação um pouco maior no atacado sem osso em que o mercado está bem enxuto”, relata.
Em função da disseminação do coronavírus muitos eventos foram adiados, mas a expectativa é que no terceiro trimestre tenha um estímulo maior para o consumo de carne bovina. “Se essa tendência ganhar força podemos ter uma demanda muito aquecido com a entrada do 13º salário, eventos e feiras acontecendo”, ressalta.
Do lado da demanda externa, o cenário das exportações de carne bovina in natura é positivo em que os dados da exportação da semana do dia 20 ao 24 de abril reforçaram as estimativas. “Em março embarcamos 125,9 mil toneladas e as projeções para este mês são de 123 mil toneladas. Como houve uma aceleração significativa na última semana, os dados de abril vir a mais do que projetado inicialmente”, diz Coelho.