Carne brasileira para China está 30% mais barata que no final de 2019 mas, com dólar em alta, arroba equivale a R$ 230,00

Publicado em 07/05/2020 14:03 e atualizado em 08/05/2020 08:56
Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos
Mercado segue sem premiação por cota Hilton e boi Europa, enquanto boi China se distancia do valor do boi comum

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Mercado do Boi Gordo - Entrevista com Caio Junqueira - Analista de Mercado da Cross Investimentos

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, destacou que o dólar impacta positivamente nas exportações de carne bovina in natura. “Só que nós precisamos ter um ambiente externo favorável, porém devemos ter um ambiente externo favorável e não temos isso atualmente”, comenta.

Apesar dos preços mais baratos no mercado internacional, os valores da mercadoria em reais estão mais elevados devido ao dólar. “Nós chegamos a negociar a tonelada para a China a US$ 6.700 no final do ano passado. A China ficou ausente das compras até o fevereiro deste ano, mas retomaram as negociações em março em que pagaram US$ 5.400 por tonelada”, relata.

Atualmente, o valor médio negociado na tonelada da carne bovina está próximo de US$ 4.600. “Ainda é um preço atrativo já que equivale um animal cotado a R$ 235,00/@, se comparado com o dólar atualizado em R$ 5,87 no mercado futuro”, ressalta.

Nos últimos meses do ano passado, 27% do total produzido no Brasil foi destinado a exportação em que 60% do volume exportado foi comprado pela a China.“Hoje, as compras Chinesas correspondem a 50% do volume embarcado e nosso share entre mercado interno e externo está ao redor de 25%”, disse Junqueira.

Por conta da epidemia do coronavírus, os frigoríficos não estão ofertando as premiações para o animal Europa e Cota Hilton. “As grandes indústrias não estão precificando o boi Europa e nem estão negociando no mercado a termo, sendo que muitos já deveriam planejar para comprar esses animais do segundo giro do confinamento”, aponta.

Mercado Interno

De acordo com as informações do aplicativo AgroBrazil, as programações de abate estão aumentando gradativamente a  cada semana. “Nós tínhamos um cenário em que as escalas estavam da mão para a boca. Hoje, temos uma média a níveis Brasil de 8 a 12 dias úteis. Algumas indústrias no estado de São Paulo tem escalas preenchidas para o mês inteiro”, conta.

Com relação ao consumo interno, o analista explica que as projeções indicam que a demanda deve reduzir nos próximos dias. “A minha leitura nestes primeiros quarenta dias de pandemia é que as pessoas estão consumindo normalmente a carne, mas se esse movimento vai continuar ou não é uma incógnita”, explica.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Alvaro Andrade Biollo Maringa - PR

    Resumindo em uma linha ... os exportadores estão deitando e rolando sobre nós, produtores, como sempre...

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