Preços baixos da soja incentivam compras da China e demanda tem boa concentração no BR
Embora os últimos números sobre a demanda chinesa por soja sejam bastante positivo - com as compras da nação asiática quase batendo recorde e ficando em 11,4 milhões de toneladas em setembro e 81,9 milhões entre janeiro e setembro - o porém é ainda sobre os preços, que seguem baixos. E como explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, durante entrevista ao Bom Dia Agronegócio, este foi um dos principais fatores que fez com que os chineses estivessem mais ativos no mercado nos últimos meses.
A China está sob monitoramento, com os mercados buscando entender como será a implementação do pacote de estímulos à economia da China, se medidas fiscais serão de fato divulgadas e como tudo isso impactará a segunda maior economia do mundo.
Na Bolsa de Chicago, os preços da soja caminham de lado neste início de semana, observando as chuvas que começam a chegar no interior do Brasil, em especial na faixa central do país, ao passo em que vão criando um ambiente melhor para o plantio da safra 2024/25. Do mesmo modo, a concentração mais forte da China no mercado brasileiro - comprando 25 barcos por aqui na semana passada para a janela de fevereiro a junho - também limita a força dos futuros na CBOT.
O futuro das eleições presidenciais nos EUA também está em foco.
MERCADO BRASILEIRO
Ainda como explica Vanin, o total já comercializado de soja no Brasil chega a 25% - mesmo índice do ano passado - e devendo virar o ano com cerca de 33%, mas abaixo da média histórica de 40% a 45%. E para que haja uma mudança mais brusca nos números ou no ritmo do farmer selling brasileiro, teria que haver um aumento das vendas nos EUA, o que Vanin não acredita que deva acontecer.
"Acredito que temos um 'stand by' para as cotações - tanto prêmios, quanto em Chicgo - e o produtor tem que se manter seus olhos no lucro, principalmente não deixar o que já comprou desmarrado", afirma o analista. "A compra de insumos já andou 100%, quase isso, mas o volume correspondente de soja não veio ao mercado ainda. E o produtor tem que estar ciente disso".
Acompanhe a análise completa de Eduardo Vanin no vídeo acima.
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