Prêmios e alta forte do dólar estão no foco do produtor brasileiro de soja, enquanto nova safra se desenvolve
Prêmios e alta forte do dólar estão no foco do produtor brasileiro de soja, enquanto nova safra se desenvolve
Com a nova safra de soja em andamento, o produtor brasileiro está dividindo suas atenções entre o caminhar das lavouras e as oportunidades de negócio que o mercado ainda vem oferecendo. O clima, os prêmios e o dólar estão no centro do monitoramento e deverão seguir desafiando o sojicultor nos próximos meses.
"Tivemos um início de safra problematizado, falta de chuvas em outubro, falta de chuvas em grande parte do mês de novembro, que atrasaram o calendário em grande parte do país", explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, orientando sobre a comercialização da soja nos próximos meses, em especial em janeiro.
Pereira afirma que janeiro marca o "último mês que antecede o início da colheita volumosa do Brasil. Em fevereiro, 70% das regiões produtoras iniciam o processo de colheita, então a soja vai se tornando mais disponível. Então, janeiro marca o esgotamento da soja disponível de safra velha, e começa a tentativa de originação da safra nova". Com isso, a soja de janeiro pode contar com preços mais saudáveis, já diferente da entrada de fevereiro, quando a sazonalidade para ficar mais negativa e os indicativos podem começar a ceder.
DÓLAR E PRÊMIOS
A Pátria acredita que o dólar tende a continuar se valorizando e já vem trazendo, desde o final da semana passada, um fôlego importante ao mercado brasileiro da soja. "E o mercado (cambial) se mantém sustentado", explica o diretor da consultoria.
Na outra ponta, ele alerta para os prêmios que, da segunda quinzena de fevereiro em diante, podem começar a ceder e tirar ainda mais do preço formado ao produtor do Brasil.
"Há, talvez, uma distorção técnica que alguns promovem em relação ao mercado em Chicago, porque, sazonalmente, os preços em Chicago tendem a subir nesta época do ano. A tendência sazonal é positiva e desconsidera a qualidade das lavouras aqui na América do Sul. A qualidade tem impacto direto nos prêmios no nosso país. A primeira variável a reagir positivamente ou negativamente a uma safra cheia ou quebra de safra no Brasil, na Argentina, são os prêmios de exportação", detalha Matheus Pereira.
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