Ferrugem do café surpreende produtores no Sul de Minas com evolução atípica e mais agressiva

Publicado em 22/06/2015 13:02
Ferrugem do café surpreende produtores no Sul de Minas com evolução atípica e mais agressiva
 
Na região Sul de Minas Gerais, produtores seguem com a colheita do café, porém surpreendidos pela evolução atípica da ferrugem. Este ano o fungo que parecia controlado até o mês de maio, atingiu nos últimos dias mais de 95% de algumas lavouras em Varginha.
 
Para Rodrigo Naves Paiva, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, até o produtor que fez a aplicação de fungicidas no tempo certo, deverá aplicá-lo mais uma vez até o final da colheita.
 
 “O que ocasionou essa pressão foi a evolução da ferrugem de anos anteriores no final dos ciclos. As precipitações em março, juntamente com a temperatura na faixa de 20º a 24º graus, acompanhada de períodos de chuvas e orvalhos, provocou esse índice alarmante”.
 
Contrariamente a outras safras, onde o habitual é que se façam três aplicações de remédios - dependendo da variação do clima - este ano, segundo o agrônomo, a aplicação poderá ocorrer novamente em plena colheita, nos casos em que o fungo atingiu até 65% da lavoura. “Nos casos em que passou deste percentual, não tem mais solução, o produtor deverá colher o café e fazer a triagem após a colheita”.•. 
 
Diante desse cenário, a ferrugem é considerada a doença mais relevante na cafeicultura, segundo Paiva, os fungos causam lesões nas folhas e essas lesões reduzem a área planto sintética, provocando a desfolha. “Quando há redução nas folhas isso interfere diretamente na produtividade do ano seguinte, porque essas folhas que estão caindo é que ajudam na produção da próxima safra. A folha remanescente ajuda tanto na manutenção, como no crescimento do próximo ciclo”, explica.
 
Com isso, o período atual é de índice elevado da ferrugem, porém a tendência é que isso diminua nas próximas semanas. “O pico já foi atingido em abril e maio, portanto essas grandes quantidades de folhas infectadas que caíram, fará da praga um índice menor, bem como a temperatura amena, com menos chuvas e com a chegada do inverno. Em Boa Esperança, MG, por exemplo, o índice já diminuiu para o produtor”.
 
Entretanto, para o agrônomo, o ideal é que o cafeicultor da região fique atento ao relatório mensal desenvolvido para eles, com o aviso fitossanitário de acompanhamento da evolução da ferrugem e de outras pragas. 


 

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Por:
Aleksander Horta//Nandra Bites

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